sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Espelho, Espelho Meu (Mirror Mirror) - 2012


24/12/2012
Nota: 5.5 / 5.5 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Tarsem Singh
Elenco: Julia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Nathan Lane, Sean Bean, Mare Winningham, Robert Emms, Mark Povinelli, Danny Woodburn, Jordan Prentice, Ronald Lee Clark, Sebastian Saraceno, Martin Klebba, Joe Gnoffo, Bonnie Bentley, Nadia Verrucci

Crítica:
Estamos vivendo uma fase do cinema em que nada se cria, tudo se inspira, ou se baseia. São poucos os filmes que saem com roteiro original. A maioria dos filmes baseados ou inspirados em alguma coisa: fatos reais, quadrinho, livros, refilmagens e chegamos até ao filme que conta a história de como um filme foi realizado, seus bastidores.

Espelho, Espelho meu é mais um filme inspirado/baseado, agora, no conto dos Irmãos Grimm e também no clássico infantil da Disney. Uma satirização do conto A Branca de Neve, com um pouco mais de participação da bruxa.

A introdução é bem legal, resume a história até o ponto em que o filme começa. Conta como Branca de Neve era quando criança, que seu pai, o rei, morre na floresta lutando pelo seu reino e que sua madrasta, a bruxa, torna-se rainha. E assim o filme começa com a bruxa ostentando riqueza e Branca de Neve enclausurada em seu quarto. Tudo corre bem para a bruxa, até eu Branca de Neve resolve investigar o reino e descobre que a cidade está acabada, todos agora estão pobres. Também conhece um príncipe, que sua madrasta deseja para casar-se. Ao descobrir a fuga de Branca de Neve e o desejo do príncipe de conhecê-la, sua madrasta manda matá-la, pois está com receio de perder o reinado. Mas Brighton, o fiel escudeiro da bruxa, não a mata, a deixa na floresta. Assim, Branca de Neve encontra os 7 anões, que a ensina a lutar e utilizar espada. Mas a bruxa descobre que Branca de Neve está viva e manda se dragão para matá-la, e ela descobre não é necessário enfrente o dragão, apenas quebrar o encontrado sobre, e quando o faz, descobre que seu pai não está morto, e sim, sobe efeito de um encantamento. A bruxa volta a ficar velha, Branca de Neve se casa com o príncipe, e o reino volta a ser o que era antes.

Se fosse uma comédia de outras histórias ficaria melhor, mas a história da Branca de Neve merecia um tratamento melhor. Fizeram uma história engraçada, mas poderia ser engraçado, dramático e épico, tinham que ter levado para um lado menos “bobo”, a história é infantil e não “boba”. Tirando esse fato, a comédia tem bons momentos: os anões foram bem retrados e os atores foram ótimos. A ideia das pernas de pau com molas foi genial, uma tirada engraçada e ao mesmo tempo séria e dentro do contexto. A Branca de Neve causa uma estranheza no início, pois suas sobrancelhas focaram exageradas, e nos passa ser uma personagem feia, mas ao longo da projeção a atuação de Lily Collins transforma Branca de Neve em uma pessoa meiga e bonita. A bruxa (Julia Roberts) ficou sensacional, linda como sempre, e bem retrata como uma madrasta má. E o espelho ser realmente um reflexo seu, mas estilizado, foi inteligente.

Vale um bom destaque para os efeitos especiais. Tudo ficou realmente perfeito, as lutas, as paisagens, as tomadas mostrando o reino e principalmente o espelho da bruxa, as entradas no espelho ficaram excelentes.

Considerei uma comédia regular, que pelo enredo, poderia ter se tornado uma aventura espetacular. Existem filmes do gênero bem melhores que esse.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey) - 2012


19/12/2012
Nota: 8.5 / 8.6 (IMDB)
Formato: Cinema 3D

Direção: Peter Jackson
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Graham McTavish, Ken Stott, Andy Serkis, Christopher Lee, Benedict Cumberbatch, Hugo Weaving, James Nesbitt, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Ian Holm, Elijah Wood, Cate Blanchett

Crítica:
O Hobbit – Uma Jornada Inesperada é o filme baseado no livro: O Hobbit de J.R.R. Tolkien. Livro em que a história antecede aos Senhor dos Anéis, e explica um pouco sobre como Bilbo Bolseiro se tornou um Hobbit aventureiro e como conseguiu o Um Anel.

[SPOILER] A história se inicia com o mago Gandalf convidando Bilbo para participar de uma aventura, para recuperar a montanha que os anões moravam, tomada pelo dragão Smaug. Em princípio Bilbo recusa, mas Gandalf marca um jantar na casa de Bilbo, sem que ele saiba, chama todos os 13 anões. A jantar torna-se uma festa, Bilbo fica desesperado, toda a sua dispensa foi esvaziada, mas no final ele resolve participar da aventura.

Durante a jornada enfrentam orcs, lobos, trolls. Em um desses confrontos, fogem para uma caverna, onde aparentemente não havia habitantes, mas logo descobre-se que estão dentro do reino dos Goblins e acabam sendo capturados. Mas com ajuda de Gandalf conseguem escapar e em meia à batalha, Bilbo se perde dentro da caverna. Procurando a saída, encontra uma criatura chamada Smeagol, também conhecido como Gollum, e de forma inesperada encontra o Um Anel (o mesmo que utilizado por Frodo). Mas Smeagol não quer deixá-lo sair, deseja comê-lo, e para conseguir fugir, Bilbo propõe um jogo de adivinhações, em que se ele vencesse, Gollum teria que levá-lo até a saída, e se perdesse, ele poderia devorá-lo. Assim, várias adivinhações foram feitas e Bilbo estava ficando sem inspiração, quando numa jogada trapaceira, pergunta a Gollum o que tem em seu bolso, ele erra todas as respostas, mas após alguns instantes lembra-se do anel perdido e descobre o que Bilbo tinha nos bolsos. Logo, passa a persegui-lo, quando inesperadamente Bilbo cai e o anel entra em seu dedo, imediatamente fica invisível, e com isso, consegue escapar de Smeagol.

Já em campo aberto, Bilbo encontra os anões e Gandalf, mas  logo o grupo se vê perseguido novamente por Orcs, são encurralados na beira de um penhasco, e para fugir sobem nas árvores, mas os lobos as derrubam, ficando apenas na última árvore. Thorin, numa atitude impensada, parte para o confronto contra o líder dos orcs, perde a luta e quando o líder está para matá-lo, Bilbo aparece com a espada Ferroada, e o salva. Todos os anões partem para luta, a derrota é iminente, mas após o chamado de Gandalf, as águias gigantes aparecem para salvá-los. Todos são resgatados e levados para cima de uma colina. O filme termina com todos avistando a montanha dos anões.

Não li o livro, por isso meus comentários sobre a fidelidade da história podem não ser tão relevantes, mas ainda assim vou comentar, pois li o quadrinho, que possuí a maior parte do enredo e poderia até servir de storyboards para Peter Jackson. Tudo que está no quadrinho está no filme, que ainda conta com algumas cenas adicionais, e o máximo que Jackson fez, foi modificá-las um pouco, para dar mais ação e realidade. E isso ajudou bastante, pois a história é um pouco lenta, se igualando ao primeiro dos Senhor dos Anéis.

Vamos aos pontos negativos. Para iniciarmos temos um erro crasso, pensem comigo. O Senhor dos Anéis são divididos em três livros, e foram feitos três filmes, teoricamente um pra cada livro (Peter Jackson misturou as histórias do segundo e terceiro livros). Então por que o Hobbit foi dividido em três filmes? No Senhor dos Anéis temos vários cortes na história para dar mais dinâmica aos filmes e também para encurtá-los, cortes que foram muito bem feitos e com poucas reclamações dos fãs. E foi esse um dos principais erros do primeiro Hobbit e provavelmente da trilogia. [SPOILERS] Muitos fãs reclamaram da falta de Tom Bombadil nos filmes do Senhor dos Anéis, cortado por Jackson, pelo personagem não ter grande relevância para a conclusão da história. Mas no Hobbit foi ao contrário Jackson, para alongar a história, adicionou a mago Radagast, o Castanho, que é bem engraçado e as cenas em que ele aparece são divertidas, mas poderiam ser cortadas sem perda nenhuma para o desfecho da história.

O roteiro ficou sem ritmo, às vezes uma cena demorava demais e tornava o filme muito lento, como o início, [SPOILERS] quando Gandalf convida os anões para um jantar na casa de Bilbo, a fim de convencê-lo a participar da jornada. Isso leva quase uma hora de projeção. Em outras, a cena de ação acontece sem maiores explicações, somente para encher a história, como na luta dos gigantes de pedra. De onde eles vem? Quem são eles? Essa foi a principal falha técnica que percebi.

Outro pondo fraco é o anão Thorin, chefe dos anões na jornada. O ator Richard Armitage demorou a me convencer de que era um superguerreiro, e líder de uma classe. Sua voz me pareceu forçada e suas falas extremamente teatrais. A partir da terceira metade do filme me acostumei, e passei a acreditar na força do chefe dos anões, mas na última cena, entre ele e Bilbo, tudo soa muito forçado novamente.

Agora vamos aos pontos positivos, e posso começar dizendo que os pontos fracos não fazem o filme ser ruim, pois é uma das melhores aventuras cinematográfica que assisti nos últimos anos. Cheguei a achar que talvez fosse melhor que os Senhor dos Anéis, mas antes de tirar essa conclusão, preciso assistir novamente a trilogia e mais uma vez a esse.

Peter Jackson continua o senhor dos efeitos especiais. O filme, em todos os seus momentos, é simplesmente perfeito visualmente, Valfenda; as batalhas dentro das cavernas; os Goblins e principalmente o líder deles; as águias gigantes e Gollum, ficaram sensacionais. As atuações foram boas, principalmente Ian McKellen (Gandalf), todas as vezes que aparece, destoa de todos os outros. E  Martin Freeman (Bilbo Bolseiro) que tem o papel principal, por isso deixou boa impressão, pois se fosse ruim, o filme seria ruim. Mas os anões não ficaram bons, a começar pelo já citado, Richard Armitage (Thorin). Os outros parece que foi por maior culpa do roteiro, não há destaque para eles, simplesmente estão lá para fazer número, assim a atuação não pode ser boa.

De tudo, o que ficou de mais positivo, foi que Jackson colocou praticamente toda a história no filme, com bastantes detalhes. A aventura nos deixa a todo o momento ligado, tanto nas batalhas, quanto nas longas cenas sem ação.

Com certeza vai ser mais uma trilogia, forçada ou não, para ficar na história do cinema, e vamos ver e rever todos os três filmes, pra sempre.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Frankenweenie - 2012


17/12/2012
Nota: 7.0 / 7.5 (IMDB)
Formato: Avião

Direção: Tim Burton
Elenco: Winona Ryder, Catherine O'Hara, Martin Short, Martin Landau, Atticus Shaffer, Tom Kenny, Conchata Ferrell, Charlie Tahan, Robert Capron, James Hiroyuki Liao

Crítica:
Tim Burton está dentro do seleto grupo de diretores que seus filmes devem ser assistidos independentes de gênero ou críticas negativas. Sua filmografia nos mostra uma grade variedade de bons filmes, alguns deles entrando para o conceito de “clássicos”.

Frankenweenie é mais uma animação realizada por ele em stop motion, as outras foram: A Noiva Cadáver (Tim Burton's Corpse Bride - 2005) e O Estranho Mundo de Jack (Tim Burton's The Nightmare Before Christmas - 1993).

O filme foi baseado no romance Frankenstein de Mary Shelley. Considerei uma versão infantilizada, mas com mesma dramaticidade do original. [SPOILERS] O filme conta a história de Victor Frankenstein, um menino que perde seu melhor amigo atropelado por um carro, o cãozinho Sparky. Mas em suas aulas de ciência, com o professor Rzykruski, Victor aprende que os músculos animais se contraem com a eletricidade, assim ele constrói uma máquina para trazer Sparky de volta à vida, utilizando raios de uma tempestade como eletricidade. Assim, Sparky volta, mas seus colegas de classe descobrem tudo e querem fazer o mesmo para ganharem a disputa na feira de ciências. Vários monstros são criados e a cidade vira um caos, até que Victor e Sparky conseguem eliminá-los, mas todos acham que Sparky é um mostro e o perseguem até o tradicional moinho de vento, que pega fogo e quando Victor parece morrer queimado, Sparky salva-o e é aceito por todos.

Por ser uma animação stop motion, ganha vários pontos na minha crítica. O processo é trabalhoso e o resultado é sensacional. Pense que para cada movimento dos personagens é necessário movimentar centímetros da cada boneco e filmar aquela posição estática. É bem parecido com os antigos desenhos, mas tudo feito com bonecos.

A história é bem conhecida, mas agora foi colocada de uma forma bem menos aterrorizante e mais infantil, a começar pelo monstro ser um cachorro e não um humano. Mas isso não fez o filme ficar menos dramático e emocionante. [SPOILER] E a melhor cena é o final no moinho de vento, que não poderia faltar, é bem tradicional, mas dessa vez o monstro sobrevive. O roteiro trouxe uma história de terror para toda família e principalmente para a criançada. Vale a pena assistir.

O Ursinho Ted (Ted) - 2012

07/12/2012
Nota: 6.5 / 7.3 (IMDB)
Formato: Avião

Direção: Seth MacFarlane
Elenco: Mark Wahlberg (John Bennett), Bretton Manley (Jovem John), Mila Kunis (Lori Collins), Seth MacFarlane (Ted), Zane Cowans (Jovem Ted), Joel McHale (Rex), Giovanni Ribisi (Donny), Aedin Mincks (Robert), Patrick Warburton (Guy), Matt Walsh (Thomas), Jessica Barth (Tami-Lynn), Bill Smitrovich (Frank Stevens), Sam J. Jones (Ele mesmo), Norah Jones (Ela mesma), Tom Skerritt (Ele mesmo), Patrick Stewart (Narrador), Ryan Reynolds (Jarred)

Crítica:
A comédia de humor negro, Ted, causou bastante polêmica por trazer um brinquedo infantil com atitudes adultas e politicamente incorretas. Apesar disso, recebeu boas críticas de site especializados, e esses foram os motivos que me levaram assistir ao filme.

John Bennett é uma criança solitária e sem amigos, mas quando ganha de natal um ursinho de pelúcia sua vida muda. Dá o nome de Ted ao ursinho, deseja que ele seja seu melhor amigo e que ganhe vida como um ser humano. Seu desejo se realiza e Ted passa a ter atitudes humanas, falando e brincando com Bennett. Vinte e tantos anos se passam, Ted e Bennett continuam melhores amigos. Bennett agora é um adulto, mas sem uma vida independente, tudo é motivo para faltar ao trabalho, os dois passam mais tempo bebendo cerveja,  fumando maconha e falando palavrão, do que se procurando com as responsabilidades da vida. [SPOILERS] Além disso, a namorada de John não aceita muito bem a amizade dos dois, colocando a culpa em Ted por ele não conseguir amadurecer na vida. Assim, John propõe uma separação de Ted para que os dois tentem a independência, mas tudo acabando dando errado, por coincidências bem exageradas e engraçadas, por fim, o trio acaba ficando juntos e felizes.

Esse é o tipo de comédia que me agrada, pois não são apenas piadas bobas de americanos, tem aquele humor sutil e sacana, mas em alguns momentos tem algumas recaídas. O ponto alto é como Ted foi retratado pelo roteiro, o ursinho falando a agindo como humano é natural para todos os personagens, ninguém questiona, e isso nós faz entrar na história e acreditar que tudo é possível. A dublagem ficou excelente e é outro ponto que dá veracidade ao urso.

Consegui enxergar uma crítica às famílias de hoje, apesar de John não morar mais com os pais, vemos cada dia mais, filhos que não saem de casa ou não conseguem se tornar adultos independentes, sempre se escorando na família, sem conseguir uma carreira profissional estável; deixando os pais com sobrecarga de responsabilidade e retirando deles uma das melhores fases da vida e muitas vezes uma aposentadoria estável para aproveitar o que construíram ao longo dos anos, com a consciência de dever cumprido.

Considerei uma comédia de bom nível, se aproximando de Se Beber Não Case, entre outras semelhantes. ra quem gosta do gênero, é imperdível, para outros, é bem divertido e vale a pena assisti-lo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

007 - Operação Skyfall (Skyfall) - 2012


10/11/2012 - 72
Nota: 7.5 / 8.1 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Sam Mendes
Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade, John Logan
Elenco: Daniel Craig, Judi Dench, Javier Bardem, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Ben Whishaw, Bérénice Marlohe, Albert Finney

Crítica:
007 é o exemplo de franquia de filmes mais bem sucedida do cinema, são 23 filmes com atores principais e diretos diferentes em vários dos filmes. Eles seguem basicamente a mesma linha: espionagem e ação, uns mais, outros menos, e ainda assim conseguem sempre uma grande bilheteria.

Pra mim, existe dois principais fatores que fazem a franquia ir tão bem: o primeiro é não vincular o personagem a um ator, a agente 007 é treinado para assumir essa posição, assim em qualquer momento pode surgir um novo 007; a segunda é não interligar as histórias, aconteceu com Quantum of Solace (2008), mas logo viram que não iria dar certo.

Esse é um exemplo que tem que ser seguido, e repito, pois comentei isso em outras críticas, os filmes de super-heróis devem começar a seguir esse modelo, assim será mais fácil do público acreditar nos heróis e nas histórias quando mudar o ator principal. E por favor, parem de contar a origem dos heróis!

O roteiro do novo 007 manteve o mesmo gênero dos outros filmes, mas dessa vez, ele está mais humano, há menos cenas de ação e mais espionagem, e agora com algumas pontas de drama. [SPOILERS] Há um drama familiar sobre o passado do agente secreto, tanto que as últimas cenas são em sua casa natal.

[SPOILERS] Resumindo a história, tudo começa como sempre, uma cena de ação das mais exageradas, onde 007 persegue um espião que roubou informações sobre os agentes secretos da OTAN infiltrados em organizações terroristas. Na perseguição, 007 é atingido, acidentalmente, por uma colega e é dado com morto. O computador de M é hackeado e seu escritório explode, isso faz 007 voltar de suas férias como morto. Bond volta a perseguir o espião, mata-o e consegue chegar ao seu líder, Raoul Silva, através da Bond girl. James o captura, mas tudo está nos planos de Raoul, sua intenção é aproximar de M para matá-la por vingança. Raoul seria um ex-007 que foi abandono por M em uma missão, torturado e forçado a tentar suicídio. Após salvar M de ser morta, Bond a leva para sua casa natal, Skyfall, para usá-la com isca, atrair Raoul e surpreendê-lo. Após várias trocas de tiro e explosões, 007 consegue matar Raoul com uma faca, mas M morre com os ferimentos provocados por um tiro de Raoul, assim surge um novo M e 007 está pronto para mais uma missão.

A mudança no ritmo da história ficou boa, houve interação entre ação e o drama, não ficou mais aquela sensação de ser um filme só de ação e visual, agora os personagens estão mais bem trabalhados, conseguimos entender os problemas psicológicos de Bond. Inclusive o vilão, interpretado por Javier Baden, foi muito bem trabalhado com sentimentos de vingança e ódio expressados em cada close no seu rosto. Fique surpreendido pela coragem do diretor Sam Mendes e seus roteiristas, pois incluir um vilão gay na trama foi ousado. Baden fez uma interpretação impecável, um gay que mete medo em qualquer machão. A cena em que Raoul alisa Bond é sensacional, ao mesmo tempo engraçado e tenso. Daniel Craig mais uma vez está impecável como Bond, não vi os filmes mais antigos, mas dos que assisti, Craig faz, disparado, as melhores atuações. Ele incorporou todo o estilo que o personagem precisa.

Nesse filme o roteiro começou a definir algumas mudanças que poderemos ver nos próximos. M morreu e seu posto foi ocupado por outro agente, interpretado por Ralph Fiennes, Judi Dench ficou velha para o papel. Em alguns pontos a história deixa entender que Bond também está ficando velho, e realmente Daniel não tem mais cara de mocinho, apesar de se apresentar bastante forte, mas acho que provavelmente num próximo filme ele passe a vez.

Dos três 007 de Daniel Craig, esse ficou em segundo lugar, ainda não superou Cassino Royale (2006), mas foi melhor que Quantum of Solace (2008). Considero que todos os filmes, do agente mais famoso do mundo, devem ser assistidos, de preferência no cinema. É sempre, no mínimo, um bom filme. E Skyfall está dentro dos muito bons.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Fargo - Uma Comédia de Erros (Fargo) - 1996


07/10/2012 - 71
Nota: 7.5 / 8.2 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Joel Coen, Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco: William H. Macy (Jerry Lundegaard), Frances McDormand (Marge Gunderson), Steve Buscemi (Carl Showalter), Peter Stormare (Gaear Grimsrud), Kristin Rudrüd (Jean Lundegaard), Harve Presnell (Wade Gustafson), Tony Denman (Scotty Lundegaard), Larry Brandenburg (Stan Grossman), John Carroll Lynch (Norm Gunderson), Bruce Bohne (Lou), Steve Park (Mike Yanagita)

Crítica:
Os irmãos Coen vem, ao longo dos anos, produzindo bons filmes de diversos gêneros, a maioria muito bem avaliados pelos críticos e público em geral. O auge veio com “Onde os Fracos Não Tem Vez (2007)”, vencedor três Oscares. Mas já em 1996, com “Fargo”, eles haviam mostrado todo seu potencial, quando ganharam seu primeiro Oscar, na categoria de Melhor Roteiro Original.
Fargo conta a história de um gerente de vendas de uma concessionária, Jerry Lundegaard, que se encontra em dívidas, assim, bola um plano para o sequestro de sua esposa, contando que seu sogro, dono da concessionária, ira desembolsar o resgate. Então, Jerry contrata dois marginais para fazer o sequestro, mas logo no início o plano começa a sair errado, várias mortes acontecem e a polícia é envolvida com a policial Marge Gunderson cuidando do caso. A partir disso, os erros viram uma bola de neve e mais mortes acontecem. Com todo o plano furado, Jerry se vê encurralado e a cada vez que tenta arrumar, mais se atrapalha.
Pra quem acompanha a carreira dos Coen, percebe que esse filme foi precursor de toda a sua filmografia. Percebemos claramente em “Queime Depois de Ler (2008)” e “Onde os Fracos Não Têm Vez (2007)” várias semelhanças com “Fargo”, seja de roteiro ou no próprio jeito de filmar.
Realmente o roteiro foi muito bem escrito, a história se fecha e apesar das várias coincidências - uma marca constante dos Coen - não vi furos. As atuações são boas, pois é o tipo de filme que não se exigem muito, mas em vários closes nos atores, pudemos ver o semblante e os trejeitos que nos convencem do desespero e da loucura de algumas situações.
A estupidez humana é o foco da mensagem do filme. É inacreditável o tanto de vezes que assistimos isso na vida real. Temos uma virtude que nenhum outro animal tem: inteligência, mas que muitas vezes não é usada para nada, na verdade, é usada para fazer a imoralidade, sem o menor peso na consciência. Sendo muitas vezes, com coisas pequenas, como furar um fila. Somos criados para levar vantagem, para sermos espertos, independente de ser certo ou errado. E no exagero da estupidez, nos vemos nos matando por coisas fúteis.
Cada vez mais os seres humanos são movidos pela ideologia do capitalismo, fazendo de tudo para se dar bem, conseguir mais e mais dinheiro, seja por ganância ou pelo simples fato do próprio capitalismo criar a situação.
Se cada um fizesse sua parte, tudo poderia começar a melhorar, temos que tentar em primeiro lugar sermos honestos consigo mesmo, esse pode ser o inicio de um caminho melhor.
Minha crítica extrapolou um pouco sobre a estupidez que o filme mostra, mas é essa a linha de pensamento. É um ótimo filme. Recomendo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Deus da Carnificina (Carnage) - 2011


16/09/2012 - 70
Nota: 6.0 / 7.2 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Yasmina Reza
Elenco: Kate Winslet, Christoph Waltz, Jodie Foster, John C. Reilly

Crítica:
Filme escrito e dirigido por Roman Polanski, baseado na peça teatral "God of Carnage", da dramaturga francesa Yasmina Reza. Conta a histórias de dois casais que resolvem se encontrar para discutir sobre o desentendimento e briga entre seus filhos, de aproximadamente 11 anos de idade.
A premissa do filme é muito boa, pois nesse assunto é possível aprofundar bastante, há muita polêmica e normalmente os pais tem opiniões divergentes, principalmente quando se trata de seu próprio filho. É difícil separar o amor num momento desses. Por isso, fiquei curioso para saber em qual lado a história puxaria a discussão. Mas é aí que em minha opinião o roteiro pecou. Ele se aproveita de um fato isolado para fazer críticas à sociedade como um todo, o tema principal é praticamente deixado de lado após os primeiros quinze minutos de projeção. Passando assim, a criticar os relacionamentos dos casais de hoje; a tecnologia, com o uso indiscriminado do celular; o capitalismo, em que o trabalho está sempre acima de qualquer coisa; entre outras. Isso tudo tentando fazer um pouco de comédia, muitas vezes exagerada, tornado as cenas chatas e irreais.
Tinha tudo para ser uma história e discussão muito bacana, mas acabou descambando para outros lados e ainda tirando a seriedade dos assuntos. Não chegou nem a ser bom, um regular para esse filme está ótimo. Minha expectativa era outra.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sucker Punch - Mundo Surreal (Sucker Punch) - 2010


09/09/2012 - 69
Nota: 7.0 / 6.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Carla Gugino, Oscar Isaac, Jon Hamm, Scott Glenn, Gerard Plunkett

Crítica:
Na quarta superprodução de Zack Snyder pudemos ver seu desempenho em um filme com roteiro original, que ele mesmo escreveu. Todos os outros filmes: 300, Watchmen e Legend of the Guardians - The Owls of Ga'Hoole, foram baseados ou adaptados.
Um drama visualmente com referências aos mangás e aos games. A história começa em funeral, onde se vê Babydoll acompanhando o enterro de sua mãe, com seu padrasto ao fundo com um sorriso no rosto. Em casa, o padrasto demonstra suas intenções sobre a herança e o que pretende fazer com Babydoll e sua irmã, mas um acidente acaba por ajudá-lo e seus planos mudam e Babydoll vai para em um hospício.
Babydoll passará por uma lobotomia, mas antes disso ela precisa encontrar um jeito de fugir, assim, ela se vira para sua mente e em fantasias surreais passa a enxergar o hospício como um bordel e suas apresentações (dança sensual) passam a ser missões militares ao redor de guerra fictícias: samurais, primeira guerra mundial, robôs, orks, são alguns de seus adversários nas batalhas.
É preciso fazer um esforço para gostar do filme, principalmente pelo visual fetichista e da forma ficcional com que o filme trata assuntos sérios. Lobotomia era uma cirurgia cerebral muito utilizada na época para curar esquizofrenia. Hoje não é mais utilizada devido aos efeitos colaterais, que tornava a pessoa incapaz o resto da vida.
Numa analogia, o filme lembra muito a história por trás de outro filme, Ilha do Medo. Mas como foram usados temas exagerados da ficção para contar a história. Muitas pessoas não gostaram principalmente os críticos. Acredito que quem gosta de Ilha do Medo, deve gostar de Sucker Punch. A essência é a mesma.
Há alguns fatores que levam o enfraquecimento da história. As cenas das batalhas são essencialmente demonstração de ação, computação gráfica e técnicas de filmagem. Se forem retiradas não interfere em nada, mas visualmente são impecáveis.
O destaque nas atuações vai para Oscar Isaac, que faz o cafetão do bordel e o médico chefe do manicômio.
Realmente gostei do filme, esperava coisa pior, pelas críticas negativas, mas consegui entrar no filme e entender a mensagem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Chico Xavier - 2010

19/08/2012 - 68
Nota: 7.0 / 6.8 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Daniel Filho
Elenco: Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Matheus Costa, Tony Ramos, Christiane Torloni, Giulia Gam, Letícia Sabatella, Luís Melo, Pedro Paulo Rangel, Giovanna Antonelli, André Dias, Paulo Goulart, Cássia Kiss, Cássio Gabus Mendes, Rosi Campos

Crítica:
Chico Xavier conta a história do médium brasileiro que deu nome ao filme, baseado no livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior. Chico Xavier psicografou livros e cartas, e viveu uma vida cheia de polêmicas e dúvidas sobre seu dom. O enredo cobre desde sua infância, em Pedro Leopoldo, até a velhice, numa entrevista concedida ao programa Pinga Fogo da TV Tupi em 1972.
O roteiro mostra a história indo e vindo, entre a cronologia de sua vida e a entrevista. Três atores fizeram o papel de Chico. Todas as interpretações foram excelentes, mas Nelson Xavier se destacou por ficar praticamente idêntico fisicamente. Parece que todos os fatos importantes foram colocados no filme: os problemas familiares e psicológicos; toda a desconfiança da imprensa do país e da igreja católica. Deixou claro que o padre da cidade era totalmente contra o espiritismo, e que jornalistas fizeram de tudo para “desmascarar” Xavier. Mas foi tudo em vão, o povo acreditava nele, e isso o fez ser o maior médium do Brasil.
Mediunidade é um assunto muito polêmico, pois são fatos fáceis de descrença para os mais ateus, mas ao mesmo tempo, são palavras que confortavam pessoas carentes de explicações e de justificativas pela perda de seus entes queridos. Não acreditar é muito simples, difícil é explicar como Chico Xavier citava nomes e fatos particulares de pessoas que, teoricamente, ele nunca havia visto. Como fazer um “teatro” durante uma vida inteira, com milhares de pessoas? Como é possível escrever mais de 400 livros sobre assuntos diferencias e alguns bastante técnicos, sem ter praticamente nenhuma instrução? Há rumores de que ele conversava com as pessoas antes de escrever as cartas dos parentes falecidos, e também de que lia muitas obras dos autores dos livros que psicografava.
O certo é que sempre haverá dúvidas sobre sua mediunidade. De qualquer forma Chico Xavier foi um ser humano extraordinário, seja pelo dom ou pelo poder de enganar as pessoas. Mas o mais importante é que ele viveu dedicado a ajudar as pessoas, confortá-las de suas perdas, e nunca requereu um crédito, financeiro ou fama, para si próprio. Seria ótimo se todos nós fingíssemos ter poderes, e enganar as pessoas para ajudá-las.

domingo, 19 de agosto de 2012

Minha Coleção


Caros leitores,

gostaria de explicar um pouco sobre meu fanatismo com filmes, e mostrar que vai muito além de assistir e comentar filmes.

Como vocês podem perceber, todos os filmes que assisto, faço um comentário, e em todos os posts coloca as informações sobre o filme. Algumas dessas são pra mim mesmo: o número após a data é o seqüencial do filme que assisti no ano; e o Formato é qual tipo de mídia ou onde assisti ao filme. Em muitos deles o formato é DVD e Blu-ray, e todos fazem parte da minha coleção particular.

Por isso digo que ainda não deixei de lado minha coleção de DVDs, venho sempre assistindo, e pretendo ver todos, pois tenho muita coisa boa, com bons extras. Assistindo saberei o que serve eu passar pra frente e o que continuará fazendo parte da coleção.

Ao longo dos anos minha coleção foi mudando de estilo e hoje coleciono coisas relacionadas aos filmes, seja ela DVD, Blu-ray, CD, boneco, roupa, tudo, desde que o visual seja interessante. Minha coleção é para eu e as pessoas que frequentam minha casa verem e pegarem. Assim não tenho mais filmes, tenho edições especiais dos filmes em DVD e Blu-ray, com gift sets, coleções completas dos filmes sequenciais, tudo com muitos extras.

A história da minha coleção começou quando eu comprava apenas DVD de todos os filmes que eu gostava, saia o DVD na loja e eu já comprava. Não importava o gênero: drama, suspense, comédia, se gostava, eu comprava. Também comprava filmes baratos, promoção de lojas americanas e outras. R$ 9,90, levava tudo.

Depois passei a perceber que não assistia nem metade dos filmes que eu comprava, e muito menos aqueles que eram ótimos, mas eu já tinha visto. Assim passei a comprar apenas filmes que tinha certeza que assistiria novamente. Mas mesmo esses eu não assistia. Então passei a comprar apenas edições que tivessem extras, que faria um diferencial para eu assistir novamente o filme. Foi depois disso que comecei a acertar minha coleção. Somente edições especiais, edições do diretor, tudo com bastante extras.

Com o lançamento do Blu-ray, fiquei deslumbrado, comecei a recomprar todos os filmes. Filmes que havia comprado em DVD, ou acabado de assistir, mas muito mais rápido do que eu pensei, lembrei que já havia cometido esse erro. Passei a comprar Blu-ray com gift sets ou algum que seja coleção completa de filmes ou séries.

Logo depois do Blu-ray, veio o WDTV, que ajudou mais ainda a transformar minha coleção em “coisas sobre filmes”. WDTV é um aparelhe que se conecta à TV e a um HD externo (USB). Ele consegue ler qualquer tipo de vídeo digital e passar para TV, também suporta todos os tipos de áudio. Interessante é que os filmes disponíveis na Internet estão todos em alta definição, com imagem superior aos DVD. Mas a principal vantagem do WDTV é a forma como ele apresenta os filmes disponíveis no HD externo. Todas as informações dos filmes são visíveis com um design bem agradável: sinopse, imagem do pôster do filme, elenco, direção, duração, nota do IMDB, estúdio, tamanho do arquivo, tipos de áudio, idiomas. Navega-se pelos filmes utilizando as imagens dos pôsteres. Ou seja, eu tenho uma filmoteca pessoal. Assim, tenho assistidos aos filmes em alta definição pelo WDTV e depois aos extras do DVD. Com o WDTV a necessidade se ter o filme fisicamente acabou, tenho o filme em alta definição, em 3D, imagem perfeita para ver quando quiser.


Por tanto, minha coleção é para eu vê-la, meus amigos verem, me sinto bem de ver minhas “coisas de filmes”, sinto bem quando alguém vê e faz algum comentário, um elogio, ou mesmo quando me chamam de doido. Agora estou fazendo pesquisas e juntando dinheiro para comprar uma TV de 55 polegadas ou mais, com a melhor tecnologia disponível.

Vejam abaixo, algumas fotos da minha coleção. Tudo está um pouco entulhado, mas é que estou ficando sem espaço. Vou comprando e às vezes nem lembro que não tem espaço para exibir as coisas. Mas num futuro próximo, se tudo der certo, terei espaço de sobra.









terça-feira, 14 de agosto de 2012

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises) - 2012


09/08/2012 - 67
Nota: 9.0 / 8.9 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Gary Oldman, Anne Hathaway, Tom Hardy, Marion Cotillard, Mathew Modine, Joseph Gordon-Levitt, Ben Mendelsohn, Nestor Carbonell, Morgan Freeman e Michael Caine.

Crítica:
[SPOILER do início ao fim]
Batman: O Cavaleiro das Trevas Resurge é o filme que fecha a trilogia Nolan do super-herói. A história se passa oito anos após o segundo filme, Batman: O Cavaleiro das Trevas. Nesse tempo, a lei Dent colocou fim à máfia e todo o crime organizado, aparentemente tudo está tranquilo em Gothan, Batman está desaparecido e Bruce Wayne está recluso em sua mansão. Até que acontecimentos estranhos chamam atenção de um novo personagem, John Blake, um policial que desconfia dos grandes problemas que estão por vir. Assim, resolve procurar o Sr. Wayne, lhe conta os novos acontecimentos, e confessa que sabe de sua identidade secreta. Bruce agora está fora de atividade, fraco fisicamente e mentalmente, mas ainda assim resolve investigar o assunto. Nesse ínterim, uma mulher misteriosa rouba um colar que pertenceu à mãe de Bruce, e suas digitais. Em seus arquivos, Batman descobre que se trata de Selina Kyle, a Mulher Gato dos quadrinhos, muito bem interpretada e retratada por Anne Hathaway, dessa vez acertaram na personagem. Seus trajes foram feitos sem exageros, trazendo-a para a realidade do expectador. Não há origem, ela simplesmente aparece em Gothan numa festa na mansão Wayne, e nesse momento rouba o colar. É caracterizada como uma ladra sexy, que não quer saber em estar ao lado de ninguém, só pensa em se dar bem, não importando com as consequências. E algumas vezes ajuda o Batman. Suas atitudes vão interferir diretamente na história, para o bem e para o mal. Interessante é que o nome Mulher Gato não é citado em nenhum momento. As digitais roubadas são entregues à Bane, vilão apresentado nas cenas iniciais do filme. Tom Hardy fez um grande trabalho com Bane. Uma grata surpresa, pois ele teve que compensar a falta de expressão com os diálogos, e discursos, tudo que ele fala é aterrorizante. Vários minutos com sua origem foram cortados, e o importante é que não fez diferença. Ele é um cara muito inteligente, extremamente forte e cruel, mata por matar, não deixa nenhum cúmplice vivo. Suas intenções são: matar o Batman e exterminar Gothan City. Christian Bale encara o Batman mais uma vez com grande atuação, emoção e incorporação. Dessa vez um Batman fraco e acabado, que nos faz lembra o quadrinho “O Cavaleiro das Trevas”, em que ele está velho e aposentando, mas é forçado a voltar. Interessante ver Bale novamente magro e depois forte, não sei se foram efeitos especiais, mas de qualquer forma ficou ótimo. Gary Oldman volta como James Gordon, mas sua participação é a menor de todos os filmes, mas sempre importante. Foi bom não aparecer tanto, pois assim os outros personagens puderam ter uma participação maior.
Christopher Nolan mais uma vez construiu uma história concisa, um roteiro com pouquíssimos furos. A trilogia programada por ele foi finalizada, fazendo mais referências ao primeiro filme, e todo o ciclo é completamente fechado. Se repararmos bem, o roteiro seguiu a mesma linha dos outros filmes. Uma cena inicial de ação, seguido pela apresentação do vilão. Batman novamente fazendo um treinamento e vencendo seus medos. Um vilão causando o caos. Ou seja, foi feito para não errar, sem tentativas de surpreender cinematograficamente, diferentemente do que fez com o Coringa, e com todo o primeiro filme. Mas é claro, só foi parecido com os outros, porque teve os outros. O clima também mudou um pouco, agora tudo é realmente tenso. Em O Cavaleiro das Trevas, o Coringa torna a desgraça engraçada, conseguimos rir quando alguém morre. Nesse não, é tudo tenso, não conseguimos rir, não relaxamos hora nenhuma. Bane mata sério, falou merda, fez errado, ele mata, com prazer e fúria, sem gracinhas. O vilão é Bane, mas Ras Al Gul e Liga das Sombras ainda assombram Gothan. Historicamente Ras Al Gul é um dos vilões mais importantes do Batman. Foi introduzido mais um veículo utilitário do Batman, a “Batnave”. E raparem que o “Batmovel” não é utilizado por ele em nenhum momento. É preciso o expectador ficar atento aos saltos no tempo, pois a história se passa ao longo de 80 dias, e na segundo metade da projeção há saltos de meses. Isso dá mais veracidade aos acontecimentos. Mas não há dificuldades para acompanhar, pois os diálogos nos informam o que se passou. As de lutas ficaram um pouco teatrais, telegrafadas. Não ficou ruim, mas não seti firmeza nos socos e chutes. Parece que não há dor, nem sangue. O combate “medieval” entre os policiais e a gang de Bane ficou um pouco fora de contexto, pois os policiais estavam com armas comuns e os outros estavam com o arsenal do Batman. Tinha que ter acontecido um massacre. E as armas tecnológicas nem aparecem. O final foi um dos momentos mais interessantes, onde tivemos a reviravolta na história, mostrando o verdadeiro vilão, Talia al Ghul. Marion Cotillard é Miranda Tate e Talia al Ghul. Filha de Ra's Al Ghul ela aparece como membro da Wayne Enterprises, mas somente nos minutos finais se revela, causando a maior surpresa. E afirma vir para terminar o trabalho do pai. A atuação de Marion foi excelente, em momento algum desconfiei de Tate. E a surpreendente aparição de Robin. Joseph Gordon-Levitt é John Blake ou Robin, isso mesmo, o policial novato que ajuda Batman em praticamente todo o filme é o Robin. Mas isso fica só na nossa imaginação, pois a revelação acontece apenas no final. Ainda temos o sonho do Alfred se realizando e a certeza que Batman está mais vivo do que nunca. Gordon pode afirmar isso com certeza, basta acender seu holofote. E esse é o principal detalhe deixado por Nolan, apesar de fechar sua trilogia, a história ficou aberta para outros filmes. Muito bom desde que as pessoas certas sejam escolhidas novamente, caso contrário, é melhor começar um novo ciclo. Principalmente com a intenção da DC em lançar o filme da Liga da Justiça, um novo Batman mais voltado para trabalhar com um grupo de super-heróis fantasiosos seria a melhor escolha.
Ao longo de oito anos acompanhamos a construção de uma história épica, tudo muito bem pensado e produzido. Agora não podemos falar mais em Batman sem lembrar-se dessa trilogia, e os filmes não poderão mais ser considerados separadamente. São três filmes em um. Isso mostra que se pode fazer filmes de super-heróis realísticos, com bons roteiros, boas atuações e com excelente retorno financeiro. Fica de exemplo para as várias produções que são realizadas pensando apenas em dinheiro e não conseguem passar de um filme. Basta os estúdios dar liberdade para diretores, roteiristas e atores trabalharem com todo seu potencial. Assistirei essa trilogia pelo menos uma vez por ano.

50% (50/50) - 2011


30/07/2012 - 66
Nota: 7.5 / 7.9 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Jonathan Levine
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Seth Rogen, Anna Kendrick, Bryce Dallas Howard, Anjelica Huston, Serge Houde, Andrew Airlie, Matt Frewer, Philip Baker Hall

Crítica:
O filme é um drama sobre câncer. Baseado em fatos reais. Adam é um cara que tem uma vida relativamente boa, tem um trabalho e mora com sua linda namorada. Tem um grande amigo, pra todos os momentos. Tudo parece feliz até que ele descobre ter câncer. E nada e está tão ruim que não possa piorar, seu amigo Kyle descobre que, Rachael, sua namorada está o traindo.
Como todo filme sobre doença a história é bem triste e procura mostrar qual é o comportamento de um jovem com uma doença mortal. Além dos problemas comuns que todos temos. [SPOILER] Mas o roteiro tentou tratar com naturalidade todo esse drama, e nos mostra que é possível viver feliz e otimista. Há boas cenas de comédia, proporcionadas por Kyle (Seth Rogen), que é daqueles caras que tudo está bom sempre e faz piada até com a desgraça dos outros. Foi uma experiência bacana, pois sabemos que estamos sujeito a esse tipo de doença e que muitas vezes reclamamos da vida sem ter razão.
Apesar de ser um tema bem batido, gostei da forma realista de como a história foi contada. Pra quem curte o tema, é um bom filme.

Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight) - 2008


28/07/2012 (3ª vez) - 64
Nota: 10.0 / 8.9 (IMDB)
Formato: Blu–Ray

Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Jonathan Nolan, Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Morgan Freeman

Crítica:
Batman: O Cavaleiro das Trevas é o filme que continua a trajetória do super-herói da DC Comics. A história se passa pouco tempo após o fim do primeiro filme, Batman Begins. Agora Gothan City está mais tranquilo e o novo promotor público, Harvey Dent, vem se tornando referência contra o crime organizado e a máfia. Batman vê em Dent seu substituto, que não precisa esconder o rosto. Mas tudo vem a perder com o aparecimento do Coringa.
Tudo foi produzido nos mínimos detalhes para não falhar em nada. O roteiro é consistente e sem furos. As atuações são excelentes, Heath Ledger realmente rouba a cena, e o Batman quase passa a ser coadjuvante. A sincronia entre a ação, suspense e drama ficou excelente. O Coringa, inspirado no quadrinho A Piada Mortal, encontra-se louco, maníaco, querendo ver o caos acontecer. Ele chega a confessar ao Batman que um não existe sem o outro. A única coisa que mudaria é a troca das atrizes que interpretaram Rachel Dawes. Katie Holmes, em Batman Begins, mostrou ser a escolha certa para a personagem. Maggie Gyllenhaal não é ruim, mas Holmes é bem melhor. Tanto que em Cavaleiro das Trevas Rachel teve bem menos importância, [SPOILER] e acho que por isso ela morreu no final.
Considero esse filme o melhor de super-herói de todos os tempos, pois é a terceira vez que o assisto. Hoje já não vejo nenhuma cena ou parte ruim no filme, tudo pra mim é quase perfeito. Com certeza vou revê-lo inúmeras vezes.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Batman Begins - 2005


28/07/2012  (3ª vez) - 63
Nota: 10.0 / 8.3 (IMDB)
Formato: Blu–Ray

Direção: Christopher Nolan
Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan
Elenco:  Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Cillian Murphy, Tom Wilkinson, Morgan Freeman

Crítica:
Havia assistido a esse filme no cinema e mais um vez quando comprei o DVD, me lembrava da história, mas não mais dos detalhes. E fique surpreendido, pois achei o filme no mesmo nível de Batman: O Cavaleiro das Trevas.
O filme conta a história da origem do Batman, pelo que vi não segue nenhum quadrinho em específico, mas se baseia em vários deles. E até deixa alguns furos dos quadrinhos sem tentar arrumá-los. Como exemplo temos a cena da morte do Sr. e Sra. Wayne. Porque eles saem pelos fundos do teatro, sendo que Gotham é um cidade perigosa?
O principal vilão é Has-Al-Gul, como secundário temos o Espantalho. Toda a história é muito bem estrutura e concisa. Nolan fez um grande trabalho para manter a história real e nos contar todo o drama de Bruce Wayne, e tudo que o Batman traz só por existir.
As atuações são muito boas, mas ninguém precisa se esforçar tanto. Depois poderemos perceber, ao assistr   Cavaleiro das Trevas, que a troca da atriz Katie Holmes por Maggie Gyllenhaal foi pior. Holmes é uma atriz que chama mais atenção, em todos os aspectos.
É um filme para ver e rever todo ano.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Música Nunca Parou (The Music Never Stopped) - 2011


24/07/2012 - 62
Nota: 8.0 / 7.3 (IMDB)
Formato: HD

Elenco: J. K. Simmons, Lou Taylor Pucci, Scott Adsit, Max Antisell, Julia Ormond, Mía Maestro, Tammy Blanchard, Cara Seymour
Direção: Jim Kohlberg
Roteiro: Gwyn Lurie, Gary Marks

Crítica:
Inicialmente achei que o filme contava um pouco da história do Grateful Dead, mas ao assisti-lo descobri que não. Na verdade o filme é uma homenagem aos grandes músicos da década de 60. Mas esse é o pano de fundo do filme, o filme na verdade é um drama sobre o relacionamento de pais e filhos  que aconteceram naquela época, briga, divergências, quebra de conceitos, tudo que sabemos que aconteceu, mas dessa vez é focado no relacionamento familiar. É sempre bom ver os acontecimentos daquela época, saber que tudo aquilo serviu de molde para o que somos hoje.
[SPOILER] O filme mostra um ex-musico que saiu de casa brigado com pai após desentendimentos sobre a guerra do Vietnã.  O pai reencontra o filho 20 anos depois, hospitalizado com um tumor cerebral. Após a cirurgia seu filho passa a ter amnésia. Mas eles descobrem que com a música ele volta lembrar-se dos acontecimentos da década de 60, mas apenas quando escuta as músicas. Assim o filme se desenrola com pais e filhos fazendo descobertas sobre o passado do filho e sobre o que os pais fizeram e que realmente influenciaram o filho.
É um filme triste, mas que vale a pena ver, pelas músicas e por saber que nem tudo que passamos para nossos filhos é levado por eles para vida inteira e que muitas vezes nossos filhos discordarão da gente, e teremos que aceitar isso.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man) - 2012


22/07/2012 - 61
Nota: 7.5 / 7.6 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Marc Webb
Roteiro: James Vanderbilt, Alvin Sargent, Steve Kloves

Elenco: Andrew Garfield, Rhys Ifans, Emma Stone, Sally Field, Martin Sheen, Denis Leary, Campbell Scott, Irrfan Khan


Crítica:
Mais um reboot. Quando eles vão parar de dar reboot nos filmes de super herói e contar a origem deles.
Já temos Batman, Superman, Hulk e agora o Homem Aranha. Sei que os filmes são muito lucrativos, mas já chega de recontar histórias, eles mudam um pouquinho, mas é sempre a mesma coisa.
O Espetacular Homem Aranha conta mais uma vez como Peter Parker se transformou no Homem Aranha, mas dessa vez há um mistério sobre o que aconteceu com seus pais.
Isso nos faz acreditar que será contato em um segundo filme. A principal mudança da primeira trilogia para esse filme é a forma como o Homem Aranha é mostrado. Agora ele está mais humano, cheio de problemas pessoais, igual todos nós temos, e a história foca bastante nisso. O início do filme é bem drama, mostrando todos os problemas psicológicos que o Aranha tem, tendo que assimilar o sumiço dos pais, morte do tio e o poder em suas mãos. Ficou tudo focado diretamente nos problemas de Peter Parker. Achei que isso ótimo, trás o personagem para perto do espectador.
Alguns detalhes também fizeram a diferença, agora o Aranha tem um lançador de teias, as teias não nasceram nele. Mas eles poderiam ter explorado isso no filme, pois o mais bacana é ele se virar quando a teia acaba.
As atuações ficaram boas, mesmo nível da primeira trilogia.
Resumindo, o filme é mais do mesmo, por isso, desnecessário. Pra mim a única utilidade é dar continuidade ao personagem, mas não é preciso sempre recontar sua origem para dar continuidade a um personagem com ator diferente. Basta fazer uma história bacana e fazer o filme com se o personagem sempre existiu. Tipo 007. Nenhum de seus filmes depende um do outro o agente sempre existiu, e sempre enfrenta um vilão diferente. É isso que tem que ser feito com os super heróis.
De qualquer forma o filme é divertido e é sempre bom assistir filmes de super heróis.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Onde o Amor Está! (Country Strong) - 2010


26/06/2012 - 59
Nota: 7.0 / 5.9 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Shana Feste
Roteiro: Shana Feste
Elenco: Gwyneth Paltrow, Tim McGraw, Garrett Hedlund, Leighton Meester

Crítica:
Não gosto muito dos filmes de comédia romântica, todos eles começam e terminam da mesma forma. Um casal está bem, tem uma briguinha, parece que tudo vai terminar triste, mas eles voltam a ficar juntos e vivem felizes para sempre. Está cheio desse tipo de filme. Mas as mulheres gostam, então vez ou outra escolho um filme de romance pra ver, pra agradar a patroa, mas sempre procuro um romance misturado com drama, pois assim o filme é melhor. É bom lembrar que já paguei língua algumas vezes com os filmes: Moulin Rouge, Três Vezes Amor, 500 Dias com Ela, Diário de uma Paixão e principalmente Simplesmente Amor.
Escolhi esse filme por causa disse, tem romance, mas é um drama. E ainda mais, é sobre música, mesmo sendo música country gosto de ver tudo sobre música, normalmente gosto dos filmes. E esse não foi diferente, gostei, mas claro que não é o melhor filme que já vi. Não li muita coisa sobre o filme, mas parece que as músicas foram feitas para o filme, a principal concorreu ao Oscar como melhor música original.
O filme conta a história da cantora country Kelly Canter, que tenta se reerguer depois de passar algum tempo internada por causa do alcoolismo e depressão. Gwyneth Paltrow faz a cantora, com atuação muito boa, diga-se de passagem. Essa cantora conhece mais dois cantores countrys, um homem, Beau Hutton, e uma mulher, Chiles Stanton, e os coloca para abrir seus shows em uma nova turnê. Tudo vai bem até Kelly Canter ter uma recaída. O romance gira em torno do triangulo amoroso Kelly Canter, Beau Hutton, e Chiles Stanton. Com o marido de Canter, James Canter, entrando nesse bolo também.
Achei o filme muito legal, as músicas me surpreenderam, algumas são boas, outras são bem ruins, mas de uma forma geral foi legal escutar as músicas. Pra quem gosta de música country o filme é muito recomendado, pra que não gosta é mais do mesmo.

Prometheus - 2012


17/05/2012 - 52
Nota: 8.5 / 7.7 (IMDB)
Formato: Cinema 3D

Direção: Ridley Scott
Elenco: Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Idris Elba, Guy Pearce, Logan Marshall-Green, Sean Harris, Rafe Spall, Kate Dickie, Patrick Wilson

Crítica:
Prometheus prometeu, mas não cumpriu. Tinha tudo para o cinema voltar a ver um grande filme de terror e suspense, acho que a expectativa foi grande demais, e por isso achei que ficou devendo. Mas veja, não falei que o filme é ruim. O filme é muito bom, melhor do que a maioria dos filmes que estão saindo por aí.
Achei a base da história bem parecida com a do primeiro Alien, mas com muito mais ação e por isso ele passou a ser comparado mais com as sequências dos Alien.
[SPOILERS] Temos mais uma vez uma mulher como heroína, temos mais uma vez um robô com cara de humana, e também os personagens que estão lá só para morrer.
A primeira metade do filme é muito boa, Alien puro, a história vai nos apresentando os personagens, e contando o que está acontecendo, com bastante mistério e suspense.Mas quando eles tem o primeiro contato com os Aliens, o filme muda, vira ação pura.
O filme começa com uma cena estranha, um cara quase albino tomando um liquido esquisito, seu corpo começa a derreter ele cai de uma cachoeira. Assim a cena mostra o DNA se misturando com o DNA dos seres existentes na água. Achei genial. Logo depois a história se inicia com um casal de arqueólogos descobrindo escrituras e pinturas ao redor do mundo, e todas elas com a mesma interpretação. Um convite extraterrestre para visitar outro planeta e descobrir de onde viemos, quem nos criou e por que. Assim, a história já pula para o espaço, uma nave com vários tripulantes começando a acordar da hibernação. Apenas um o robô estava acordado. Logo ao pousar no planeta eles avista uma superfície estranha, parecendo uma capsula oval gigante. Então saem da nave e vão de encontro aos Aliens, a partir disso a ação começa, mortes, suspense e terror. O filme fica bem comum.
Outra coisa estranha é que os personagens tomam várias atitudes que ficam sem explicação, parecendo que algumas partes foram deixadas para o segundo filme, ou tiveram que ser cortados e estarão numa possível versão do diretor.
Muitas críticas ruins, mas no final das contas o filme é muito bom e vale a pena ver. O 3D ficou muito bom, só escurece um pouco, pois o filme já é escuro.

Dead Space - Resultado (Dead Space - Aftermatch) - 2011


13/06/2012 - 51
Nota: 6.5 / 5.4 (IMDB)
Formato: iPod

Direção: Mike Disa
Elenco: Ricardo Chavira, Yorgo Constantine, Curt Cornelius, Charlotte Cornwell

Crítica:
Dead Space – Aftermatch é continuação do filme Dead Space: Downfall e do primeiro joga da séria Dead Space. A ordem cronológica seria: 1º - Dead Space: Downfall, 2º Dead Space (Game), 3º - Dead Space: Aftermatch, 4º Dead Sapce 2 (Game). E sei que Dead Space 3 (Game) está em produção.
Toda a história está ficando um pouco chata, pois a base está sendo sempre a mesma, uma equipe vai ao espaço para encontrar a nave perdida, saber o que aconteceu com a tripulação e trazer para terra o objeto encontrado no espaço. E sempre acabam se dando mal. Dessa vez a história mudou um pouquinho, pois tripulantes são encontrados vivos, mas a maioria está com sequelas do contato feito com o artefato alien, alucinações, delírios. Assim, todos passam por uma bateria de exames e testes que farão eles viver ou morrer. A história toda é contato pela visão de cada tripulante do que aconteceu, são flashbacks de cada um. Achei bem legal a forma adotada pelo roteiro. Mais uma vez, pra quem acompanha os games, o filme é bem legal, pra que não acompanha o filme será bem ruim.

Twin Peaks - Piloto (Twin Peaks) - 1990


12/06/2012 - 59
Nota: 7.5 / 9.1 (IMDB)
Formato: DVD

Direção: David Lynch e Mark Frost
Elenco: Kyle Maclachlan, Michael Ontkean, Richard Beymer, Lara Flynn Boyle

Crítica:
Estou sempre em dúvida com meus DVDs, por isso tento sempre assistir alguma vez ou outra.
Twin Peaks é uma das séries mais conceituada de todos os tempos, pelo que li, ela foi algo parecido com Lost no início da década de 90. Comprei essa coleção muito barato, é uma edição especial com todos os episódios, mais um disco de extras. Excelente!
O piloto de Twin Peaks se mostrou bastante promissor, a história é toda em torno de um mistério, a morte de Laura Palmer. Inicia com apresentação dos personagens principais e logo depois o fato misterioso, o corpo de Laura Palmer é encontrado enrolado em um plástico à beira do rio. Assim, o xerife da cidade começa a investigação. Com o desenvolver da história percebe-se que a série é um drama, mas com algumas pontas de comédia, alguns personagens são bem excêntricos. Os próximos episódios vão mostrar como se desenrola a investigação. E aos poucos vai apresentando novos personagens. O melhor é que tudo fica em torno de descobrir o assassino, mas em nenhum momento o roteiro te deixa desconfiar de alguém, tudo é muito bem tramado. Pelo piloto a série é realmente excelente, mas temos que levar em consideração a época.
Farei outra crítica quando terminar de assistir a série.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Perseguição (The Grey) - 2011


07/06/2012 - 48
Nota: 4.5 / 7.0 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Joe Carnahan
Roteiro: Joe Carnahan
Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Joe Anderson, James Badge Dale

Crítica:
Nossa, mas que filme ruim. Lian Nelson, meu amigo, você é muito melhor do que isso, escolha melhor seus filmes. O filme tem uma premissa excelente, e tinha tudo para ser bom.
A história conta como um grupo de sobreviventes de um acidente aéreo. O acidente acontece em montanhas geladas, onde o frio é provavelmente abaixo de zero. E para piorar as coisas ainda existem lobos assassinos de humanos. E esse foi o problema. O filme é bom até os sobreviventes saírem dos destroços do avião. Depois disso o foca fica com os lobos, que são cientificamente impossíveis de existir, e ainda são bem mal feitos digitalmente. O filme fica fraco e ridículo, o roteiro incoerente. “Temos que  matar os lobos, um por um”, ao final do filme você descobre que só um lobo foi morto por eles.
Realmente não recomendo, perda de tempo.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um Novo Despertar (The Beaver) - 2011


05/06/2012 - 47
Nota: 6.5 / 6.7 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Jodie Foster
Roteiro: Kyle Killen
Elenco: Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence, Michelle Ang

Crítica:
Assisti a esse filme porque gosto do Mel Gibson, apesar dos problemas pessoais, o considero um grande ator, e melhor ainda como diretor. Sempre vou assistir aos filmes que ele está envolvido.
O filme conta a história de um pai de família em total depressão, onde seu filho não o suporta e tenta nunca ser igual ao pai, sua filha não entende muito bem o que está acontecendo, pois é muito nova para compreender e sua mulher que não agüenta mais, e o expulsa de casa. Mas tudo muda quando ele encontra um muppet (marionete) em uma lixeira. Um boneco de castor. Assim ele passa a conversar com o Castor, e faz com que todos a sua volta conversem com o Castor e não mais com ele. Logo vemos que com o Castor não existe mais depressão, mas quem vai agüentar conversar e se referir sempre a um boneco.
É um drama bem pesado, mas com momentos engraçados. A atuação de Gibson é excelente. Gostei do filme, e recomendo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um Método Perigoso (A Dangerous Method) - 2011


30/05/2012 - 46
Nota: 7.0 / 6.6 (IMDB)
Formato: HD

Direção: David Cronenberg
Elenco: Michael Fassbender, Keira Knightley, Viggo Mortensen, Sarah Gadon, Vincent Cassel

Crítica:
Um drama romântico que tenta nos contar um pouco da história da psicanálise, sobre Sigmund Freud, Carl Jung e Sabina Spielrein, em meio ao romance entre Carl Jung e Sabina Spielrein. Está longe de ser um ótimo filme, mas mesmo pra quem não tem interesse nenhum em psicanálise ou em Freud, é legal conhecer um pouco da história e como eles faziam sua experiências, e tiravam suas conclusões. [SPOILER] Interessante saber que Spielrein foi tratada por Jung, por supostos problemas mentais, e assim passou a se interessar pela psicanálise e mais tarde se tornou um das maiores psicanalistas do mundo. Também foi triste saber que ele morreu junto com suas duas filhas, assassinadas pelos nazistas. Legal saber que Carl Jung discordava totalmente de Freud em alguns pontos de vista e no filme fica claro que Freud não aceita isso muito bem, provavelmente porque Jung  estava certo.
Keira Knightley está ótima, um papel bem difícil, muitas vezes parecendo totalmente louca. Viggo Mortensen e Michael Fassbender não precisaram se esforçar tanto para seus papeis.
Gostei do filme, mas não pra qualquer um, acho que é um tema muito específico.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

30 Minutos ou Menos (30 Minutes or Less) - 2011


29/05/2012 - 45
Nota: 5.0 / 6.2 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Michael Diliberti
Elenco: Aziz Ansari, Danny McBride, Jesse Eisenberg, Michael Peña, Nick Swardson

Crítica:
Assisti esse filme porque foi o primeiro que achei com 1h30 de duração. E também estava a fim de ver uma comédia pra relaxar, além disso, gosto do Jesse Eisenberg, ele fala rápido e seus filmes tem que prestar bastante atenção. Mas dessa vez eu errei feio. Nosso que filme chato e bobo.
Jesse Eisenberg faz um entregador de pizza fracassado, que se envolve com dois idiotas que o forçam a roubar um banco. Os motivos pra tudo são tão ridículos que não chegam nem ser engraçados. Tem cenas que parecem até com Todo Mundo em Pânico e outros do gênero. Realmente não recomendo.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Hanna - 2011


25/05/2012 - 44
Nota: 7.5 / 6.9 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Joe Wright
Roteiro: Seth Lochhead
Elenco: Saoirse Ronan, Cate Blanchett, Eric Bana

Crítica:
Um tema batido, mas que sempre gostamos de assistir. Um personagem que é treinado para matar e desenvolve suas habilidades e torna-se uma arma mortal. É assim que o filme começa com Hanna finalizando seu treinamento sem seber porque e pra que. Com o desenrolar do filme sua história vai sendo contada, com ela sempre sendo perseguida por vários agentes que querem capturá-la. Vale lembrar que Hanna é uma pré-adolescente. Gostei muito do filme, da história e da atuação de Saoirse Ronan. A única coisa que não ficou boa e era essencial, foram a cenas de luta, ficou muito teatral, coreografado demais. Não chega a estragar o filme, mas ficamos sem acreditar que eles estão batendo mesmo. De qualquer maneira acho que é um bom filme e que vale a pena assisti-lo.

Dead Space: A Queda (Dead Space: Downfall) - 2008


25/05/2012 - 43
Nota: 7.0 / 6.2 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Chuck Patton
Vozes: Kirk Baily, Jeff Bennett, Bruce Boxleitner, Jim Cummings, Grey DeLisle, Nika Futterman, Kelly Hu, David Allen Kramer, Maurice LaMarche, Phil Morris, Bob Neill, Shelly O'Neill, Jim Piddock, Kevin Michael Richardson, Lia Sargent, Hal Sparks, Keith Szarabajka

Crítica:
Quem acompanha os games do PS3 vai saber sobre esse filme. Ele é baseado na história de um game de PS3, na verdade é o prelúdio do primeiro jogo.
No jogo uma expedição vai ao encontro de uma nave que se perdeu no espaço para saber o que acontece e se há sobreviventes, mas lá não encontram ninguém vivo somente formas alienígenas assassinas.
Já o filme conta a história do que aconteceu com essa nave, como as alienígenas foram parar lá e porque todos morreram. Pra quem acompanha o jogo o filme é bem legal e tem muito suspense e sangue igual ao jogo. Vale a pena assistir, pra que jogou o game.

Contágio (Contagion) - 2011


21/05/2012 - 42
Nota: 6.5 / 6.8 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Steven Soderbergh
Elenco: Matt Damon, Laurence Fishburne, Marion Cotillard, Kate Winslet, Elliott Gould, Jude Law, John Hawkes, Enrico Colantoni, Bryan Cranston, Jennifer Ehle, Gwyneth Paltrow

Crítica:
Mais um filme de epidemia, um tema batido, mas com essa quantidade de bons atores achei que poderia ser algo diferente, e foi, mas foi diferente pra pior. Os atores não tiverem tempo em cena para trabalhar bem, todos apareceram, mas muito rapidamente. Outra coisa que não ficou muito bom foi o fato de o filme parecer um documentário. Eles buscaram fazer todos os passos que aconteceria se uma epidemia tomasse conta do planeta. Focaram no desenvolvimento científico para achar a vacina e na busca de como a epidemia se espalhou, paciente zero.
É legal ver que uma epidemia poderia matar muitos, mas os humanos são capazes de não deixar sua raça acabar. Não desse jeito. Acho que tem filmes melhores, não vale a pena ver.

Drive - 2011


20/05/2012 - 41
Nota: 7.0 / 8.0 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Nicolas Winding Refn
Elenco: Ryan Gosling, Albert Brooks, Carey Mulligan, Ron Perlman, Oscar Isaac, Bryan Cranston, Christina Hendricks, Kaden Leos.

Crítica:
Filme esquisito, uma mistura do personagem sem nome de Clint Eastwood nos filmes de faroeste com Taxi Driver.
Um motorista caladão, com vida secreta entra na vida de sua vizinha, quando o marido sai da prisão e precisa de ajuda para resolver uma última dívida. Assim o motorista resolve ajudá-lo.
O filme é bem lento até o motorista e o marido se juntarem, depois dissa o pau quebra, o filme fica bem violento, com mortes bem cruas, e as cenas mostram tudo. Gostei do filme, mas achei a nota do IMDB um pouco alta. Para quem gosta do gênero é um ótimo filme.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Minha Estatística de Filmes Assistidos

Caros leitores,

Achei uma planilha que não atualizava há muito tempo. Atualizei e como curiosidade vou disponibilizá-la.

ANO
TOTAL DE FILMES
TOTAL NO CINEMA
NÚMERO DE DIAS
2003
56
13
192
2004
194
65
365
2005
198
74
365
2006
187
56
365
2007
178
33
365
2008
109
26
365
2009
108
23
365
2010
120
35
365
2011
76
5
365
2012
40
14
135

TOTAL
1266
344
2747
MÉDIA POR DIA
0,39 
0,11
325
MÉDIA ANUAL
142
39


Conclusões:

1- Desde de julho de 2003 assisti 1266.
2- Em média assisto 142 filmes por ano.
3- Em média assisto 1 filme a cada 3 dias, 10 filmes por mês.
4- Em média vou ao cinema 39 vezes por ano.
5- Em média vou ao cinema a cada 10 dias, 3 vezes por mês.
6- Em 2005 assisti 198 filmes, isso dá 1 filme a cada 2 dias.
7- Em 2005 fui ao cinema 74 vezes, isso dá 1 filme a cada 5 dias. Assim fui ao cinema 6 vezes por mês.