sexta-feira, 26 de julho de 2013

Guerra Mundial Z (World War Z) - 2013

24/07/2013
Nota: 7.5 / 7.2 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Marc Foster
Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Drew Goddard, Damon Lindelof
Elenco: Brad Pitt (Gerry Lane), Mireille Enos (Karen Lane), James Badge Dale (Capitão Speke), Daniella Kertesz (Segen)

Crítica:
Há dois tipos de filmes de zumbis: os que levam a sério e realmente é um filme de terror, e os que vão para o gênero comédia. Eu, particularmente, prefiro os que levam a sério, como: Extermínio (28 Days Later) - 2002 e Eu Sou a Lenda (I Am Legend) - 2007. Mas não quer dizer que não gosto das comédias, pois há bons filmes desse gênero, como: Zumbilândia (Zombieland) - 2009 e Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead) - 2004.

Guerra Mundial Z entre no gênero de que gosto mais, terror e suspense de verdade, sem comédia. [SPOILERS...] Como todo filme de zumbi, esse começa explicando como o vírus se espalha e como infecta as pessoas. É interessante que a cenas inicias procuram nos trazer para uma realidade possível. Gerry e sua família estão tomando café da manhã enquanto acompanham o noticiário mostrando coisas estranhas acontecendo pelo mundo, dizendo que um vírus vem se espalhando e infectando as pessoas de forma estranha com se fosse raiva (doença de cachorro). Logo depois saem de casa no carro da família sem levar a séria as notícias, como fazemos sempre com noticiários, sempre achamos que algo longe da gente, ou que nunca acontecerá conosco, coisas só de televisão.


No meio do congestionamento começam as confusões. Quando eles percebem a correria, Gerry consegue uma brecha e arranca o carro seguindo um caminhão que destrói tudo pela frente, até serem atingidos por outro carro, num choque bastante realístico. A família sai do carro e corre para se esconder num motorhome, enquanto veem os zumbis correrem para todos os lados e atacando as pessoas. Gerry tenta reparar tudo, até quanto tempo um humano demora a se transformar em um zumbi. Eles encontram um supermercado e entram para pegar comida e remédio, pois uma de suas filhas é asmática. Após saírem, percebem que o motorhome foi levado, assim procuram refúgio em prédios residenciais próximos. Dentro de um dos prédios acabam encontrando outra família em dos apartamentos. Gerry entra em contato com um amigo do governo que disponibiliza um helicóptero para buscá-los no terraço do prédio ao amanhecer. De manhã eles saem em silêncio absoluto, mas logo encontram muitos zumbis, e descobrem que o barulho os atrai. Ainda assim conseguem entrar no helicóptero e são levamos para um porta aviões no oceano.

Gerry é convocado para uma missão, por sua experiência em guerras, mas rejeita imediatamente. Sob ameaça de sua família ser retirada do porta aviões, ele é obrigado a fazer o que estão pedindo, acompanhar um cientista na procura da cura do vírus.


Nesse contexto, Gerry viaja por vários países, sempre enfrentando zumbis, com alguns de seus colegas morrendo, mas procurando recolher o maior número de informações e tentando conectá-las para que ache alguma forma de cura. Uma das imagens que não sai de sua cabeça é que em alguns momentos os zumbis não mordiam certos tipos de pessoas. No meio da multidão eles desviavam dela como se fosse um obstáculo fixo e não a atacavam. Assim, Gerry junta as várias peças de informações e como num sexto sentido, descobre que essas pessoas eram doentes, e o vírus sabia, de alguma forma, que precisa de um corpo saudável para se desenvolver, por isso não atacavam doentes. Mas qual é a doença?  Precisa ser uma doença curável, claro! O fim do filme se passa na tentativa de Gerry chegar até o laboratório onde estão todos os tipos de doenças e na tentativa de identificar um que vá funcionar. Será preciso fazer um teste, que poderá ser mortal. [FIM SPOILERS]


Filmes desse gênero precisam ter um suspense muito bem elaborado para que o terror funcione com maior realismo. E é isso que acontece em Guerra Mundial Z, além de boas cenas de ação, o suspense em momentos certos é bem explorado, nos deixando sempre apreensivos, e mesmo sabendo que algo está para acontecer, somos surpreendidos com sustos em várias cenas.

Isso é sensacional. Brad Pitt não teve muito trabalho para atuar, dramaticamente não foi muito exigido, mas cumpriu bem seu papel, pois ele é praticamente o protagonista do filme, uma má atuação estragaria o filme.

O roteiro também ficou bom, bem conciso e sem furos. A ideia de doenças humanas funcionarem com um escudo contra os zumbis não é inovador, mas foi muito bem colocado. Serviu também para dar abertura para uma sequência, pois a cura ou vacina não foi encontrada. Outro ponto importante foi como os zumbis foram concebidos, o que chamam de zumbis velozes, pois em vários outros filmes eles andam lentamente e cambaleantes. Nesse não, eles correm muito rápido, isso dá mais suspense ao filme, nos faz torcer para que eles não alcancem os personagens. Mas ainda assim deram uma explicação de porque os zumbis ficam lentos e cambaleantes.

Pra mim, Guerra Mundial Z entrou na lista dos melhores filmes de zumbi, e espero que eles terminem a trilogia.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Homem de Aço (Man of Steel) - 2013

18/07/2013
Nota: 8.0 / 7.7 (IMDB)
Formato: Cinema 3D

Direção: Zack Snyder
Roteiro: David S. Goyer
Elenco: Henry Cavill (Kal-El / Clark Kent / Superman), Amy Adams (Lois Lane), Michael Shannon (General Zod), Antje Traue (Faora), Russell Crowe (Jor-El), Ayelet Zurer (Lara Lor-Van), Laurence Fishburne (Perry White), Kevin Costner (Jonathan Kent), Diane Lane (Martha Kent), Harry Lennix (General Swanwick), Christopher Meloni (Coronel Hard), Richard Schiff (Dr. Emil Hamilton), Mackenzie Cinza (Jax-Ur)

Crítica:
Dramático e épico. Essa foi a essência do novo Superman. Todos os que trabalham ou trabalharam com esse super-herói tem bastantes dificuldades em compor esse personagem, pois grande parte dessa dificuldade passa por seus poderes infinitos. Como ele é praticamente invencível, fica difícil achar vilões a altura, assim, como é possível trazer problemas para um herói que todos sabemos que nunca perderá a batalha ou nunca morrerá? Dentro dos quadrinhos isso é mais fácil, pois as possibilidades são imensas, e nessa mídia, não há a preocupação em trazer o personagem para nossa realidade, tudo pode ser sobrenatural, e uma ficção absurda.

O primeiro, Superman - 1978, e segundo, Superman II - 1980, filmes com Christopher Reeve encarnando o personagem principal, foram ótimos, mas são mais próximos dos quadrinhos, a ideia é de uma aventura, sem muita dramaticidade, mas teve seus méritos.

Outra dificuldade é deixar o roteiro sem furos, sem cenas fisicamente impossíveis. Como no primeiro filme, quando o Superman faz a terra girar ao contrário e o tempo voltar no passado. Funcionou bem na época, mas para a realidade de hoje o público não aceita esse tipo de cena.


A ideia de O Homem de Aço é justamente tentar trazer o Superman para nossa realidade, tarefa extremamente difícil por tudo que disse acima. A primeira mudança, muita assertiva por sinal, está no foco que o roteiro deu para o drama que existe por ele ser uma pessoa com tantos poderes e não poder externá-los, isso é demonstrado nos primeiros minutos do filme. O drama vem para tentar responder algumas perguntas. Como continuar sendo um homem do bem com tantos poderes? Como segurar o impeto de por ajudar alguém que está em perigo? Como aguentar o famoso bullying das pessoas que convive? Além disso, Kal-El é um extraterrestre, mais um drama explorado pelos roteiristas. Onde estão seus pais? De onde ele vem? Ele está sozinho em um mundo que desconhece.

E para quem consegue entrar nos filmes e viver o personagem, o tema mais importante desenvolvido no roteiro foi a possibilidade da humanidade descobrir que existem extraterrestres na Terra, e que são extremamente poderosos. Quais são as consequências disso? Qual será a reação das pessoas? Os E.T.’s vem para fazer o bem ou mal? De que lado Superman está?

Tudo isso vem na tentativa de humanizar o Superman, para que nós, espectadores, pudéssemos acreditar na sua existência, e em minha opinião, acertaram.

Também importante, foi a decisão que precisava ser feita na escolha do ator que interpretaria o Superman. Acredito ter sido a escolha mais difícil do projeto, pois é preciso ter cara de Superman para que o público acredite nele. Por enquanto a escolho foi acertada, Henry Cavill fez uma boa interpretação, tanto em cenas dramáticas, quanto nas de ação. O roteiro ajudou um pouco, pois ainda não foi preciso a interpretá-lo como o Clark Kent do Planeta Diário. Transformar o Superman em um cara bobo é algo quase que impossível. E esse é o maior mérito de Christopher Reeves.


O Homem de Aço conta novamente a origem do Superman, dessa vez as cenas em Kripton são muito mais extensas explicativas, o contexto todo é formado para entendermos porque o planeta explodiu e os conflitos que havia internamente entre os governantes de Kripton. Mas logo no início notei um furo no roteiro. [SPOILERS...] O planeta iria acabar, todos iriam morrer, tanto que Jor-El envia seu filho para Terra na esperança dele dar continuidade ao Kryptonianos. Então porque aprisionar o General Zod e seus soldados na zona fantasma, em vez de deixá-lo morrer em Kripton.

Após as cenas iniciais em Kripton, partimos para Terra, mas em vez de vermos Kal-El ainda bebê, a cena nos mostra ele adulto num cargueiro de caranguejos, trabalhando como um homem qualquer, e logo vemos Superman em ação, ainda sem seu traje, mas salvando vidas em um incêndio na plataforma de petróleo. As cenas voltam ao passado mostrando ele ainda adolescente em mais um momento que precisar utilizar seus poderes para ajudar os humanos. O roteiro vai e volta no passado, mostrando suas habilidades, mas também o drama das consequências de cada vez que as pessoas veem ele utilizando-se de seus poderes. Com os conselhos de seu pai, ele vai crescendo convivendo com esse drama, sua responsabilidade aumenta a cada dia, e percebemos que vai chegar a hora de todos conhecerem sua verdade.


Até que ele precisa salvar a vida de uma repórter, Lois Lane (Amy Adams), que passa a investigar sua vida, até encontrá-lo novamente. Ele a convence de não  publicar nenhuma reportagem e não contar a ninguém.
Mas logo os humanos verão, de forma radical, que não estão sozinhos no universo. Zod interrompe todas as transmissões sonoras para avisar que veio buscar o seu compatriota, Kal-El. E caso ele não se entregue, destruirá a todos. Superman entrega-se a Zod, mas não satisfeito, sequestra Lois, e leva-os para uma nave de Kripton, onde o Superman perde seus poderes, mas Lois ajuda-o a fugir.

Depois de toda a parte dramática, as batalhas começam. Apesar de ter achado um pouco exagerado, fico pensando se uma luta entre dois caras superpoderosos acontecesse realmente. Concluí que o resultado não seria muito diferente do que o filme mostrou. Destruição total de prédios, carros, ruas, civis e soldados morrendo. Realmente épico. Ao final ainda acompanhamos mais um ato dramático do filho de Kripton, ele acaba matando o último sobrevivente de sua terra natal, tendo certeza que agora é o único Kriptoniano do universo. [FIM SPOILERS]


Mais uma vez os críticos detonaram um filme só por esperar mais dele. Todos tinham grande expectativa, pois Superman é um dos heróis mais conhecidos dos quadrinhos, e por ser um personagem que falhou recentemente nos cinemas. Além disso, os dois grandes nomes envolvidos, Zack Snyder e Christopher Nolan, eram certeza de que o filme seria perfeito.

Realmente o filme não foi perfeito, está longe disso, mas tenho a certeza que dessa vez o público se identificou com o personagem, e ele está bem mais próximo de nós.
Esse filme teve a importante missão de trazer o personagem de volta ao cinema, de forma real e humana, como foi feito com Batman em Batman Begins - 2005.

Temos que lembrar que foi depois de O Cavaleiro das Trevas Ressurge (Dark Knight Rises) - 2012, último filme da trilogia Batman de Nolan, que demos o real valor ao primeiro filme, que é de longe o pior da série, mas sabemos que sem ele, os outros dois não existiriam. E novamente, é essa a intenção de Christopher Nolan.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

João e Maria: Caçadores de Bruxas (Hansel and Gretel: Witch Hunters) - 2013

14/07/2013
Nota: 6.5 / 6.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Tommy Wirkola
Roteiro: Tommy Wirkola, DW Harper
Elenco: Jeremy Renner (Hansel), Cedric Eich (Hansel jovem), Gemma Arterton (Gretel), Alea Sophia Boudodimos (Gretel jovem), Famke Janssen (Muriel), Peter Stormare (Xerife Berringer), Pihla Viitala (Mina), Thomas Mann (ator) (Ben), Derek Mears (Edward), Monique Ganderton (Bruxa dos Doces), Rainer Bock (prefeito Englemann), Bjørn Sundquist (Jackson), Zoë Bell (bruxa de altura), Joanna Kulig (bruxa ruiva), Ingrid Bolso Berdal (bruxa chifres), Thomas Scharff (o pai de Hansel e Gretel), Kühnel Kathrin (Adrianna)

Crítica:
Baseado em um conto infantil dos irmãos Grimm, que se modificou ao longo do tempo, João e Maria: Caçadores de Bruxas não tem nada para crianças.

[SPOILERS...] Nessa história João e Maria são adultos e se transformam em caçadores de bruxas, após passarem pela traumática casa de doces de uma bruxa que eles mesmos mataram quando crianças, e acabam por seguir esse destino, transformando-se em caçadores de bruxas, para não deixar que outras sequestrem crianças.
Assim, são contratados para investigar o sumiço de várias crianças de uma cidade. Logicamente bruxas estão envolvidas, inclusive uma das mais poderosas, Muriel (Famke Janssen).


A história se desenrola com lutas bem sangrentas entre João, Maria e as bruxas. Nesse contexto eles descobrem que existem bruxas boas, que não ficam fisicamente deformadas, e que inclusive sua mãe era uma delas e por isso morreu queimada. [FIM SPOILERS]

A idéia da história é excelente, mas tentaram levar para o lado adulto super exagerado. Gosto muito de histórias infantis que são levadas a sério e moldadas para incluir o público adulto. Mas não gosto dos exageros nesses temas, pois deixa o público infantil de lado, e pra mim, esse não é o objetivo. Temos ótimos filmes que fizeram isso com sabedoria: Oz: Mágico e Poderoso (Oz: The Great and Powerful) - 2013 e Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) - 2010.


Como filme adulto, ficou parecendo uma aventura infantil do Tarantino: exagero nas lutas com mortes reais e bastante sangue. O roteiro nos prende a atenção, pois a ação acontece há todo momento. O rostinho de mocinha de Gemma Arterton (Maria) dá um toque especial ao controverso infantil/adulto, pois ela parece angelical, mas mata as bruxas com todo ódio e frieza de uma assassina. Jeremy Renner está no auge, sua atuação conclui a estigma que foi criada em torno dos seus últimos personagens: Aaron Cross em O Legado Bourne (The Bourne Legacy) - 2012 e Gavião Arqueiro em Os Vingadores (The Avengers) - 2012.


Por fim, considero um filme divertido, mas temos outros melhores do gênero. De qualquer forma valeu a pena ter assistir, principalmente por ser baseado numa história que fez parte da minha infância.

O Homem da Máfia (Killing Them Softly) - 2012

13/07/2013
Nota: 7.0 / 6.3 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt (Jackie Cogan), Scoot McNairy (Frankie), Ben Mendelsohn (Russell), Richard Jenkins (Driver), James Gandolfini (Mickey), Ray Liotta (Markie Trattman), Sam Shepard (Dillon), Slaine (Kenny Gill), Vincent Curatola (Johnny Amato), Max Casella (Barry Caprio), Trevor Long (Steve Caprio)

Crítica:
Tenho uma lista de atores que qualquer coisa que eles fazem eu assisto, Brad Pitt é um deles. Por ter feito tantas atuações memoráveis sempre acredito que ele pode me surpreender. Algumas delas vão ficar para sempre na história do cinema, com em: Kalifornia - Uma Jornada ao Inferno (Kalifornia) - 1993, Seven - Os Sete Pecados Capitais (Se7en) - 1995, Os 12 Macacos (Twelve Monkeys) - 1995, Clube da Luta (Fight Club) - 1999. E até mesmo em comédias com: Queime Depois de Ler (Burn After Reading) - 2008. Eu citei os que eu mais gosto, essa lista poderia ser maior se analisarmos as premiações e a repercussão que o filme causou na época.


Essa é a principal explicação para eu assistir esse filme. [SPOILERS...] Pitt faz o papel do assassino de aluguel Jackie Cogan, mas no caso, não é contratado para matar qualquer um, sua missão é matar os envolvidos em um assalto. Por duas vezes um grupo de mafiosos é assaltado durante a jogatina semanal de cartas. A primeira vez ninguém soube quem era o culpado, mas num momento de embriaguês Markie Trattman (Ray Liotta), confessa o roubo num tom de brincadeira, ninguém realmente acredita nele, apesar das desconfianças. No entanto, um novo assalto acontece, mas dessa vez os mafiosos querem a morte dos culpados, o primeiro a morrer é Trattman, pois na desconfiança, é eliminado assim mesmo. A partir disso a história se volta para Jackie Cogan na caçada aos verdadeiros assaltantes. [FIM SPOILERS]


A roteiro é bem simples, mas o que se destaca é a forma como Cogan encontra seus perseguidos, e se mostra um frio assassino. As mortes, tiros, brigas são bem reais, mostra sangue, deformação e estrago que uma bala faz na cabeça das pessoas. Lembrou muito Drive - 2011 e um pouco de Infiltrados (The Departed) - 2006, claro que com menos recurso cinematográfico. A violência explícita e real é um diferencial para o filme. Existem melhores do gênero, mas não foi perda de tempo, gostei bastante.


O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook) - 2012


12/07/2013
Nota: 8.5 / 7.9 (IMDB)
Formato: HD

Direção: David O. Russell
Roteiro: David O. Russell
Elenco: Bradley Cooper (Patrick "Pat Jr." Solitano), Jennifer Lawrence (Tiffany Maxwe), Robert De Niro (The Father), Jacki Weaver (Dolores Solitano), Chris Tucker (Danny), Julia Stiles (Veronica), Anupam Kher (Dr. Patel), Brea Bee (Nikki), Shea Whigham (Jake Solitano), John Ortiz (Ronnie), Paul Herman (Randy)

Crítica:
Depois que o Oscar passou a ter 10 indicações para melhor filme, começamos a ter algumas surpresas nessa categoria. Isso ajudou aos críticos acabarem com algumas injustiças que aconteceram anteriormente. Ainda acontece, mas com menos frequência, pois agora há espaço para os filmes de ação, aventura, super-herói e comédias românticas.

O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook) - 2012 é, teoricamente, uma comédia romântica, mas com um fundo dramático muito grande. [SPOILERS...] O filme conta a história de Pat Jr., um cara com problemas de bipolaridade, que acaba de sair de uma internação de 8 meses de tratamento. Volta para casa dos pais e busca reatar seu casamento. Logo percebemos que Pat ainda não está cem por cento curado, algumas de suas atitudes ainda são inexplicáveis. Na maioria das vezes acontece quando escuta a música de seu casamento ou quando fica nervoso e passa a escutar a música, mesmo que não está tocando. Tudo isso vem da traumática separação com sua esposa, pois chegando em casa, ao som da música do seu casamento, encontra sua esposa e um professor, colega de trabalha, transando no banheiro. Num surto de ódio, Pat espanca seu colega até quase a morte.


Em busca de reatar com sua esposa, Pat visita um amigo, que poderá ajudá-lo, lá conhece Tiffany, que também passa por problemas emocionais, pois seu marido morreu recentemente, e ela se tornou uma compulsiva sexual. Os dois iniciam uma amizade estranha, onde um, procura ajudar o outro. É então que Tiffany propõe a Pat a ensaiar dança para um concurso, e se aceitasse, levaria uma carta para sua ex-esposa. [FIM SPOILERS]

O conflito chaga até a família de Pat quando seu pai, viciado em apostas, perde bastante dinheiro, e culpa o filho por não ter ido ao jogo, e isso ser a causa da derrota do time. No meio da discussão Tiffany chega, e também acaba sendo acusada pelo pai de Pat, mas ela prova que se Pat tivesse ido ensaiar, provavelmente seu time ganharia. Pat Sr. concorda e faz uma nova aposta, mas dessa vez não seria apenas na vitória do seu time, mas também uma nota 5.0 no concurso em que Pat e Tiffany disputaria, uma aposta dupla. O final é sensacional, por isso não comentarei.


Mesmo sendo bem dramático, pela situação emocional que os persongens enfrentam, o filme é uma comédia romântica, e considero um dos melhores que vi desse gênero. O diretor David O. Russell deve ser muito valorizado, ainda mais por ser o roteirista, pois ele soube colocar três gêneros: drama, comédia e romance, numa sintonia que nunca havia visto num filme. Nas atuações o destaque vai para Bradley Cooper, excelente, surpreendente, nos faz entrar na cabeça e entender os dramas do personagem. Robert De Niro está muito bem, assumindo sua velhice nesse papel. Jennifer Lawrence, indicada ao Oscar por Inverno da Alma (Winter's Bone) - 2011, mostrou que sua indicação anterior não foi atoa. Além disso, está linda.


Esse é o tipo de filme que toda mulher gosta, pois termina com todos felizes para sempre, como na maior parte das comédias românticas. Sou um dos maiores críticos desse tipo de filme, mas dessa vez, a história nos faz querer que isso aconteça e o final realmente é excepcional. É um filme para se assistir com uma mulher do lado.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Universidade dos Monstros (Monsters University) - 2013

02/07/2013
Nota: 7.5 / 7.8 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Dan Scanlon
Roteiro: Robert L. Baird, Daniel Gerson, Dan Scanlon
Elenco: John Goodman, Billy Crystal, Steve Buscemi, Jennifer Tilly, Kelsey Grammer, Frank Oz, Dave Foley, Julia Sweeney, Peter Sohn, Joel Murray, Ken Jeong, Rob Riggle, J. B. Smoove, John Ratzenberger

Crítica:

De todas as animações da Pixar, para mim, Monstros S.A. (Monsters, Inc) - 2001 é a melhor de todas. Sempre considerei a ideia de sua história genial, pois quem nunca olhou de baixo da cama, ou dentro do armário para ver se não tinha alguma coisa lá. E eles deram uma explicação para esse medo que a maioria das crianças tem.


Nessa onda de fazer sequência para suas melhores animações, os monstros assustadores de criança entraram na fila, mas em vez de uma continuação, resolveram fazer um prelúdio.


[SPOILERS...] A história conta como os amigos Sulley e Mike se conheceram, muito antes de trabalharem juntas na fábrica de sustos. Tudo começa com Mike se inscrevendo na universidade, onde um dos principais cursos é o de assustadores. Muito dedicado, Mike se destaca pelos seus estudos e ideias inovadoras, mas sua capacidade de assustar é ineficaz, pois é muito bonitinho para ser assustador. Sulley também é um dos calouros do curso, mas por vir de uma família tradicional de assustadores, não tem problemas algum para assustar, e por isso acha que não precisa de estudar os métodos de sustos. Os dois acabam criando uma rixa, e numa aula prática acabam se envolvendo em um acidente, por tentarem um ser melhor que o outro, e acabam expulsos do curso. Assim, a única forma que Mike encontra para provar ser um grande assustador, é na olimpíada de sustos, sua equipe é composta somente por "nerds", e por Sully, que inevitavelmente precisou entrar para equipe. Assim a diretora do curso o faz uma proposta, caso sua equipe vença a disputa, eles voltam para o curso, caso percam, serão banidos da universidade.


E é assim que a história continua, com as provas e a equipe de Mike e Sully vencendo-as, ora por sorte, ora pelos treinamentos realizados ao longo da olimpíada. Mike sempre estudando todas as possibilidades e técnicas, e Sully com seu talento natural. E por traz mostrando como a amizade dos dois vai se formando aos poucos. [FIM SPOILERS]


É pleonasmo dizer em filmes da Pixar que a computação gráfica, os efeitos especiais estão excelentes, mas é sempre bom reforçar tudo que é perfeito. Impecável. O roteiro ficou dentro da expectativa, não é surpreendente como o primeiro filme, pois trata de assuntos já batidos do cinema, como amizade, redenção etc., mas que todos nós gostamos. Depois dos fracos Carros 2 (Cars 2) - 2011 e Valente (Brave) - 2012, podemos perceber que a Pixar está começando a voltar para o caminho que os fizeram ser os melhores.

E no fim do filme podemos ver rapidamente como os dois conseguiram o emprego na fábrica de sustos.

Extremamente divertido para adultos e principalmente crianças. Vale a pena conferir.