terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Marte Precisa de Mães (Mars Needs Moms) - 2011


08/12/2013
Nota: 8.5 / 5.3 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Simon Wells
Roteiro: Simon Wells, Wendy Wells
Elenco: Seth Green, Joan Cusack, Tom Everett Scott, Elisabeth Harnois, Dan Fogler, Mindy Sterling, Ryan Ochoa, Robert Ochoa, Raymond Ochoa, Liam Wells, Edgar Wells, Dee Bradley Baker

Crítica:
Depois de assistir esse filme três vezes no mesmo dia, comecei adorá-lo. Sua história é simples, roteiro tradicional com os requisitos básicos para todo espectador gostar. Além disso, o filme agrada criança e adultos.

[SPOILERS...] A base da história gira em torno de Milo, um pré-adolescente normal, que tem uma vida tranquila, até sua mãe ser abduzida para o planeta marte. A vida familiar em Marte não existe mais, as mulheres dominaram o planeta. E tem uma a supervisora como o ditador do planeta. Os homens são exilados para uma espécie de lixão, e as mulheres controlam tudo, até o exército. Mas não tem mais conhecimentos para cuidar das suas crianças, por isso precisam das mães humanas, para pegarem seus conhecimentos e transferir para as marcianas.


A mãe de Milo é selecionada, e levada à Marte, mas Milo consegue se adentrar à nave espacial. Em Marte, desesperado, ele precisa achar sua mãe e voltar para Terra. Logo se depara com os primeiros habitantes do planeta, parecendo índios, tenta comunicação, mas não consegue. Um residente humano o localiza, e leva-o para sua base secreta. É Gribble, um homem que também teve sua mãe raptada, mas não conseguiu salvá-la, e mora ali desde então. Gribble perdeu um pouco do senso da realidade, parece meio maluco, e isso torna o personagem sensacional. Os dois se juntam na missão de salvar a mãe de Milo e fugir de Marte.

Em meio a essa missão, eles conhecem a marciana Ki, que por ter acessos aos arquivos de terráqueos, passa a falar a nossa língua e nosso cultura da época hippie. Por isso ela está disposta a ajudar Milo encontrar sua mãe. [FIM SPOILERS]


Esses são os três personagens principais, e nesse contexto a aventura se desenvolve tradicionalmente, com clichês e dramas emocionais que estamos acostumados a ver em outros filmes. Mas não vejo isso como uma coisa que denigre o filme, e na verdade ajuda bastante, pois é tudo que esperamos, ver Milo salvar sua mãe.

Mas de tudo, o mais interessante do filme é a mensagem por trás da história. A importância das nossas mães na vida de cada um. Ela é tudo, sem ela não estaríamos aqui. Para ilustrar isso, existe um texto que circula na Internet, que não sei o autor, mas é simplesmente perfeito. Recebi com o nome de "Mães más". Leia abaixo:


“Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar.

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). 

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se o passeio foi bom (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos nos esforçando e pedindo a Deus que nos ajude a sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi. 

EU ACHO QUE ESTE DEVE SER UM DOS GRANDES MALES DO MUNDO DE HOJE: A INSUFICIÊNCIA DE MÃES MÁS!

Aquelas que já são mães, que não se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta!"


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi) - 2001


24/11/2013
Nota: 7.5 / 8.6 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Hayao Miyazaki
Roteiro: Hayao Miyazaki
Elenco: Rumi Hiragi, Miyu Irino, Mari Natsuki

Crítica:
Toda criança tem uma imaginação fértil, nos sonhos, mais ainda. Nesse sentido, podemos trazer um pouco A Viagem de Chihiro para nossa realidade, pois é uma aventura bem próxima dos nossos sonhos, com criaturas completamente diferentes e mais malucas que podemos imaginar. Mas tudo é uma máscara para críticas.

[SPOILERS...] O filme inicia mostrando a família de Chihiro, uma menina de 10 anos, viajando de carro para a nova cidade onde vão morar. Seus pais estão bastante empolgados, mas ela ainda está resistente, por deixar seus amigos para trás. Chegando próximo à nova casa, seu pai se perde e acaba entrando num caminho errado. Passando por um caminho dentro de uma floresta, acabam se deparando com um túnel estranho. Seus pais ficam curiosos, largam o carro e se adentram ao túnel. Chihiro, com muito medo, tenta convencê-los de que era melhor voltar. Ao chegar do outro lado, se deparam com uma cidade abandonada. Já na cidade, encontram um estabelecimento com um banquete preparado, tudo fresquinho, recém preparado. O pai e mãe de Chihiro resolvem experimentar e começam a devorar a comida, mas Chihiro resolve explorar a cidade e acaba se encontrando com um garoto, Haku, que a orienta sair da cidade antes do anoitecer. Mas quando Chihiro volta para encontrar seus pais, leva um susto, eles foram transformados em porcos. Assim, inicia-se a aventura de Chihiro, que agora precisa sobreviver nessa cidade misteriosa e cheia de criaturas horríveis, além de achar uma maneira de salvar seus pais.


Seu primeiro objetivo agora é seguir a instruções de Haku, que a orienta seguir para as caldeiras, e arrumar uma forma de trabalhar, pois é o único jeito de um humano não ser morto. Chegando na caldeira depara-se com Kamaji, um forma humana com vários braços. Ele a aconselha procurar Yubaba, a bruxa dona do estabelecimento, que depois descobrimos se tratar de uma casa de banhos. Sua aparência é humana, mas é gigante, e com uma cabeça maior ainda. Depois de muita insistência, Yubaba concede a Chihiro um trabalho, deverá ser ajudante de Lin, na limpeza da banheira.

No dia a dia da casa de banhos Chihiro conhece o Sem Rosto, um fantasma negro, que usa uma máscara indígena como rosto. Para entrar na casa de banhos, Chihiro deixa a porta aberta, e ao se adentrar, Sem Rosto para a ser tratado com hospede, sendo idolatrado por todos os funcionários, pois sua gorjeta é em pepitas de ouro. Mas Sem Rosto não é tão gentil, pois sua personalidade se transforma de acordo com o comportamento das pessoas em sua volta, e a ganância dos funcionários, o faz se transformar numa criatura ruim e assustadora. Sem Rosto passa a comer alguns funcionários, e passa a modificar seu corpo. Como comeu um sapo, suas pernas passam a ser iguais a de sapo.


Em paralelo a isso, Chihiro descobre que Haku é na verdade um dragão, e que está extremamente ferido, pois foi enfeitiçado. A partir disso, Chihiro precisa salvá-lo, ao mesmo tempo em que Yubaba a obriga dar um jeito em Sem Rosto, pois passou a comer tudo que encontra pela frente.
Chihiro consegue fazer Sem Rosto comer um remédio de ervas, e só assim ele vomita tudo que comeu e volta a sua forma original. Agora Chihiro precisa chegar até a casa de Zeniba, irmã de Yubaba, feiticeira e vive num pântano distante da casa de banhos. Durante o trajeto, Haku melhora e vai ao encontro de Chihiro. Com os conselhos de Zeniba, os dois voltam e conseguem derrotar Yubaba. Chihiro salva seus pais, e todos retornam pelo túnel.

No fim, fica a dúvida, foi tudo um sonho/imaginação, ou tudo realmente aconteceu? Detalhes nas últimas cenas dão a resposta. [FIM SPOILERS]

Hayao Miyazaki é de uma imaginação incomum, esse é o seu primeiro filme que assisto, mas sei que seus outros filmes são tão criativos quanto esse. A história parece sem pé, nem cabeça, mas é linear e se analisar bem, é cheia de analogias, e mensagens subliminares.


No início os personagens nos mostram características que percebemos em todos os seres humanos: curiosidade, ao mostrar os pais de Chihiro querendo ver o que há além do túnel; medo, de Chihiro ao perceber o túnel escuro e o temor pelo que pode estar do outro lado; e certa ganância externada pela gula, quando os pais de Chihiro encontram a comida e sem qualquer dúvida começa a comer sem parar. Temos uma crítica à escravidão, pois todos os funcionários da casa de banhos são escravos; e ao totalitarismo com a bruxa Yubaba, dona do estabelecimento.

E pra mim, o principal, que no meio de tantas coisas ruins ainda há possibilidade de ser bom, de procurar fazer as coisas certas, ajudar o próximo. Mostra que devemos fazer nossa parte por um mundo melhor, que se cada um de nós fizer um pouco, poderemos mudar as pessoas, ou pelo menos mostrar que há outras possibilidades.

Filme genial.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Jack, o Caçador de Gigantes (Jack the Giant Slayer) - 2013

17/08/2013
Nota: 7.5 / 6.3 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Bryan Singer
Roteiro: Darren Lemke, Christopher McQuarrie e Dan Studney
Elenco: Nicholas Hoult, Ewan McGregor, Eleanor Tomlinson, Stanley Tucci, Ian McShane, Bill Nighy, Ewen Bremner, Warwick Davis, John Kassir, Eddie Marsan

Crítica:
Hollywood está aproveitando a tecnologia cinematográfica para realizar todos os filmes impossíveis de se fazer antigamente. Todas as aventuras de heróis, contos de fada, infantil ou não, estão indo parar na “telona”. 

Jack, o Caçador de Gigantes, pra gente seria melhor, João e o Pé de Feijão, é mais uma das aventuras infantis a chegar ao cinema. E outra vez, levando a sério a história e tornando-a bastante adulta. Algo parecido foi realizado com o fraco João e Maria: Caçadores de Bruxas (Hansel and Gretel: Witch Hunters) - 2013. Mas dessa vez eles souberam dosar a violência e os exageros para mostra que o filme é adulto.


Mortes acontecem, e não é nada igual Disney, morrem e nós somos informados como morreram, mas sem espirrar sangue na tela. A história é bem tradicional a que conhecemos, Jack entra em uma aventura na terra de gigantes que moram nas núvens para salvar a princesa. Não há nada

demais na história, é apenas a aventura que faz o filme ficar bom, além de podermos ver nossos contos de fada tornar-se realidade.


Há vários clichês, que os críticos odeiam, mas que nós adoramos, faz parte da diversão. Mas o ponto forte do filme são os efeitos especiais, os gigantes ficaram perfeitos, mesmo quando há o contato com humanos. Em momento algum duvidamos ou percebemos que eles são digitais, algo semelhante ao Hobbit - Uma Jornada Inesperada (2013). 

Considerei uma aventura muito boa de ver, e até para rever.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Guerra Mundial Z (World War Z) - 2013

24/07/2013
Nota: 7.5 / 7.2 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Marc Foster
Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Drew Goddard, Damon Lindelof
Elenco: Brad Pitt (Gerry Lane), Mireille Enos (Karen Lane), James Badge Dale (Capitão Speke), Daniella Kertesz (Segen)

Crítica:
Há dois tipos de filmes de zumbis: os que levam a sério e realmente é um filme de terror, e os que vão para o gênero comédia. Eu, particularmente, prefiro os que levam a sério, como: Extermínio (28 Days Later) - 2002 e Eu Sou a Lenda (I Am Legend) - 2007. Mas não quer dizer que não gosto das comédias, pois há bons filmes desse gênero, como: Zumbilândia (Zombieland) - 2009 e Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead) - 2004.

Guerra Mundial Z entre no gênero de que gosto mais, terror e suspense de verdade, sem comédia. [SPOILERS...] Como todo filme de zumbi, esse começa explicando como o vírus se espalha e como infecta as pessoas. É interessante que a cenas inicias procuram nos trazer para uma realidade possível. Gerry e sua família estão tomando café da manhã enquanto acompanham o noticiário mostrando coisas estranhas acontecendo pelo mundo, dizendo que um vírus vem se espalhando e infectando as pessoas de forma estranha com se fosse raiva (doença de cachorro). Logo depois saem de casa no carro da família sem levar a séria as notícias, como fazemos sempre com noticiários, sempre achamos que algo longe da gente, ou que nunca acontecerá conosco, coisas só de televisão.


No meio do congestionamento começam as confusões. Quando eles percebem a correria, Gerry consegue uma brecha e arranca o carro seguindo um caminhão que destrói tudo pela frente, até serem atingidos por outro carro, num choque bastante realístico. A família sai do carro e corre para se esconder num motorhome, enquanto veem os zumbis correrem para todos os lados e atacando as pessoas. Gerry tenta reparar tudo, até quanto tempo um humano demora a se transformar em um zumbi. Eles encontram um supermercado e entram para pegar comida e remédio, pois uma de suas filhas é asmática. Após saírem, percebem que o motorhome foi levado, assim procuram refúgio em prédios residenciais próximos. Dentro de um dos prédios acabam encontrando outra família em dos apartamentos. Gerry entra em contato com um amigo do governo que disponibiliza um helicóptero para buscá-los no terraço do prédio ao amanhecer. De manhã eles saem em silêncio absoluto, mas logo encontram muitos zumbis, e descobrem que o barulho os atrai. Ainda assim conseguem entrar no helicóptero e são levamos para um porta aviões no oceano.

Gerry é convocado para uma missão, por sua experiência em guerras, mas rejeita imediatamente. Sob ameaça de sua família ser retirada do porta aviões, ele é obrigado a fazer o que estão pedindo, acompanhar um cientista na procura da cura do vírus.


Nesse contexto, Gerry viaja por vários países, sempre enfrentando zumbis, com alguns de seus colegas morrendo, mas procurando recolher o maior número de informações e tentando conectá-las para que ache alguma forma de cura. Uma das imagens que não sai de sua cabeça é que em alguns momentos os zumbis não mordiam certos tipos de pessoas. No meio da multidão eles desviavam dela como se fosse um obstáculo fixo e não a atacavam. Assim, Gerry junta as várias peças de informações e como num sexto sentido, descobre que essas pessoas eram doentes, e o vírus sabia, de alguma forma, que precisa de um corpo saudável para se desenvolver, por isso não atacavam doentes. Mas qual é a doença?  Precisa ser uma doença curável, claro! O fim do filme se passa na tentativa de Gerry chegar até o laboratório onde estão todos os tipos de doenças e na tentativa de identificar um que vá funcionar. Será preciso fazer um teste, que poderá ser mortal. [FIM SPOILERS]


Filmes desse gênero precisam ter um suspense muito bem elaborado para que o terror funcione com maior realismo. E é isso que acontece em Guerra Mundial Z, além de boas cenas de ação, o suspense em momentos certos é bem explorado, nos deixando sempre apreensivos, e mesmo sabendo que algo está para acontecer, somos surpreendidos com sustos em várias cenas.

Isso é sensacional. Brad Pitt não teve muito trabalho para atuar, dramaticamente não foi muito exigido, mas cumpriu bem seu papel, pois ele é praticamente o protagonista do filme, uma má atuação estragaria o filme.

O roteiro também ficou bom, bem conciso e sem furos. A ideia de doenças humanas funcionarem com um escudo contra os zumbis não é inovador, mas foi muito bem colocado. Serviu também para dar abertura para uma sequência, pois a cura ou vacina não foi encontrada. Outro ponto importante foi como os zumbis foram concebidos, o que chamam de zumbis velozes, pois em vários outros filmes eles andam lentamente e cambaleantes. Nesse não, eles correm muito rápido, isso dá mais suspense ao filme, nos faz torcer para que eles não alcancem os personagens. Mas ainda assim deram uma explicação de porque os zumbis ficam lentos e cambaleantes.

Pra mim, Guerra Mundial Z entrou na lista dos melhores filmes de zumbi, e espero que eles terminem a trilogia.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Homem de Aço (Man of Steel) - 2013

18/07/2013
Nota: 8.0 / 7.7 (IMDB)
Formato: Cinema 3D

Direção: Zack Snyder
Roteiro: David S. Goyer
Elenco: Henry Cavill (Kal-El / Clark Kent / Superman), Amy Adams (Lois Lane), Michael Shannon (General Zod), Antje Traue (Faora), Russell Crowe (Jor-El), Ayelet Zurer (Lara Lor-Van), Laurence Fishburne (Perry White), Kevin Costner (Jonathan Kent), Diane Lane (Martha Kent), Harry Lennix (General Swanwick), Christopher Meloni (Coronel Hard), Richard Schiff (Dr. Emil Hamilton), Mackenzie Cinza (Jax-Ur)

Crítica:
Dramático e épico. Essa foi a essência do novo Superman. Todos os que trabalham ou trabalharam com esse super-herói tem bastantes dificuldades em compor esse personagem, pois grande parte dessa dificuldade passa por seus poderes infinitos. Como ele é praticamente invencível, fica difícil achar vilões a altura, assim, como é possível trazer problemas para um herói que todos sabemos que nunca perderá a batalha ou nunca morrerá? Dentro dos quadrinhos isso é mais fácil, pois as possibilidades são imensas, e nessa mídia, não há a preocupação em trazer o personagem para nossa realidade, tudo pode ser sobrenatural, e uma ficção absurda.

O primeiro, Superman - 1978, e segundo, Superman II - 1980, filmes com Christopher Reeve encarnando o personagem principal, foram ótimos, mas são mais próximos dos quadrinhos, a ideia é de uma aventura, sem muita dramaticidade, mas teve seus méritos.

Outra dificuldade é deixar o roteiro sem furos, sem cenas fisicamente impossíveis. Como no primeiro filme, quando o Superman faz a terra girar ao contrário e o tempo voltar no passado. Funcionou bem na época, mas para a realidade de hoje o público não aceita esse tipo de cena.


A ideia de O Homem de Aço é justamente tentar trazer o Superman para nossa realidade, tarefa extremamente difícil por tudo que disse acima. A primeira mudança, muita assertiva por sinal, está no foco que o roteiro deu para o drama que existe por ele ser uma pessoa com tantos poderes e não poder externá-los, isso é demonstrado nos primeiros minutos do filme. O drama vem para tentar responder algumas perguntas. Como continuar sendo um homem do bem com tantos poderes? Como segurar o impeto de por ajudar alguém que está em perigo? Como aguentar o famoso bullying das pessoas que convive? Além disso, Kal-El é um extraterrestre, mais um drama explorado pelos roteiristas. Onde estão seus pais? De onde ele vem? Ele está sozinho em um mundo que desconhece.

E para quem consegue entrar nos filmes e viver o personagem, o tema mais importante desenvolvido no roteiro foi a possibilidade da humanidade descobrir que existem extraterrestres na Terra, e que são extremamente poderosos. Quais são as consequências disso? Qual será a reação das pessoas? Os E.T.’s vem para fazer o bem ou mal? De que lado Superman está?

Tudo isso vem na tentativa de humanizar o Superman, para que nós, espectadores, pudéssemos acreditar na sua existência, e em minha opinião, acertaram.

Também importante, foi a decisão que precisava ser feita na escolha do ator que interpretaria o Superman. Acredito ter sido a escolha mais difícil do projeto, pois é preciso ter cara de Superman para que o público acredite nele. Por enquanto a escolho foi acertada, Henry Cavill fez uma boa interpretação, tanto em cenas dramáticas, quanto nas de ação. O roteiro ajudou um pouco, pois ainda não foi preciso a interpretá-lo como o Clark Kent do Planeta Diário. Transformar o Superman em um cara bobo é algo quase que impossível. E esse é o maior mérito de Christopher Reeves.


O Homem de Aço conta novamente a origem do Superman, dessa vez as cenas em Kripton são muito mais extensas explicativas, o contexto todo é formado para entendermos porque o planeta explodiu e os conflitos que havia internamente entre os governantes de Kripton. Mas logo no início notei um furo no roteiro. [SPOILERS...] O planeta iria acabar, todos iriam morrer, tanto que Jor-El envia seu filho para Terra na esperança dele dar continuidade ao Kryptonianos. Então porque aprisionar o General Zod e seus soldados na zona fantasma, em vez de deixá-lo morrer em Kripton.

Após as cenas iniciais em Kripton, partimos para Terra, mas em vez de vermos Kal-El ainda bebê, a cena nos mostra ele adulto num cargueiro de caranguejos, trabalhando como um homem qualquer, e logo vemos Superman em ação, ainda sem seu traje, mas salvando vidas em um incêndio na plataforma de petróleo. As cenas voltam ao passado mostrando ele ainda adolescente em mais um momento que precisar utilizar seus poderes para ajudar os humanos. O roteiro vai e volta no passado, mostrando suas habilidades, mas também o drama das consequências de cada vez que as pessoas veem ele utilizando-se de seus poderes. Com os conselhos de seu pai, ele vai crescendo convivendo com esse drama, sua responsabilidade aumenta a cada dia, e percebemos que vai chegar a hora de todos conhecerem sua verdade.


Até que ele precisa salvar a vida de uma repórter, Lois Lane (Amy Adams), que passa a investigar sua vida, até encontrá-lo novamente. Ele a convence de não  publicar nenhuma reportagem e não contar a ninguém.
Mas logo os humanos verão, de forma radical, que não estão sozinhos no universo. Zod interrompe todas as transmissões sonoras para avisar que veio buscar o seu compatriota, Kal-El. E caso ele não se entregue, destruirá a todos. Superman entrega-se a Zod, mas não satisfeito, sequestra Lois, e leva-os para uma nave de Kripton, onde o Superman perde seus poderes, mas Lois ajuda-o a fugir.

Depois de toda a parte dramática, as batalhas começam. Apesar de ter achado um pouco exagerado, fico pensando se uma luta entre dois caras superpoderosos acontecesse realmente. Concluí que o resultado não seria muito diferente do que o filme mostrou. Destruição total de prédios, carros, ruas, civis e soldados morrendo. Realmente épico. Ao final ainda acompanhamos mais um ato dramático do filho de Kripton, ele acaba matando o último sobrevivente de sua terra natal, tendo certeza que agora é o único Kriptoniano do universo. [FIM SPOILERS]


Mais uma vez os críticos detonaram um filme só por esperar mais dele. Todos tinham grande expectativa, pois Superman é um dos heróis mais conhecidos dos quadrinhos, e por ser um personagem que falhou recentemente nos cinemas. Além disso, os dois grandes nomes envolvidos, Zack Snyder e Christopher Nolan, eram certeza de que o filme seria perfeito.

Realmente o filme não foi perfeito, está longe disso, mas tenho a certeza que dessa vez o público se identificou com o personagem, e ele está bem mais próximo de nós.
Esse filme teve a importante missão de trazer o personagem de volta ao cinema, de forma real e humana, como foi feito com Batman em Batman Begins - 2005.

Temos que lembrar que foi depois de O Cavaleiro das Trevas Ressurge (Dark Knight Rises) - 2012, último filme da trilogia Batman de Nolan, que demos o real valor ao primeiro filme, que é de longe o pior da série, mas sabemos que sem ele, os outros dois não existiriam. E novamente, é essa a intenção de Christopher Nolan.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

João e Maria: Caçadores de Bruxas (Hansel and Gretel: Witch Hunters) - 2013

14/07/2013
Nota: 6.5 / 6.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Tommy Wirkola
Roteiro: Tommy Wirkola, DW Harper
Elenco: Jeremy Renner (Hansel), Cedric Eich (Hansel jovem), Gemma Arterton (Gretel), Alea Sophia Boudodimos (Gretel jovem), Famke Janssen (Muriel), Peter Stormare (Xerife Berringer), Pihla Viitala (Mina), Thomas Mann (ator) (Ben), Derek Mears (Edward), Monique Ganderton (Bruxa dos Doces), Rainer Bock (prefeito Englemann), Bjørn Sundquist (Jackson), Zoë Bell (bruxa de altura), Joanna Kulig (bruxa ruiva), Ingrid Bolso Berdal (bruxa chifres), Thomas Scharff (o pai de Hansel e Gretel), Kühnel Kathrin (Adrianna)

Crítica:
Baseado em um conto infantil dos irmãos Grimm, que se modificou ao longo do tempo, João e Maria: Caçadores de Bruxas não tem nada para crianças.

[SPOILERS...] Nessa história João e Maria são adultos e se transformam em caçadores de bruxas, após passarem pela traumática casa de doces de uma bruxa que eles mesmos mataram quando crianças, e acabam por seguir esse destino, transformando-se em caçadores de bruxas, para não deixar que outras sequestrem crianças.
Assim, são contratados para investigar o sumiço de várias crianças de uma cidade. Logicamente bruxas estão envolvidas, inclusive uma das mais poderosas, Muriel (Famke Janssen).


A história se desenrola com lutas bem sangrentas entre João, Maria e as bruxas. Nesse contexto eles descobrem que existem bruxas boas, que não ficam fisicamente deformadas, e que inclusive sua mãe era uma delas e por isso morreu queimada. [FIM SPOILERS]

A idéia da história é excelente, mas tentaram levar para o lado adulto super exagerado. Gosto muito de histórias infantis que são levadas a sério e moldadas para incluir o público adulto. Mas não gosto dos exageros nesses temas, pois deixa o público infantil de lado, e pra mim, esse não é o objetivo. Temos ótimos filmes que fizeram isso com sabedoria: Oz: Mágico e Poderoso (Oz: The Great and Powerful) - 2013 e Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) - 2010.


Como filme adulto, ficou parecendo uma aventura infantil do Tarantino: exagero nas lutas com mortes reais e bastante sangue. O roteiro nos prende a atenção, pois a ação acontece há todo momento. O rostinho de mocinha de Gemma Arterton (Maria) dá um toque especial ao controverso infantil/adulto, pois ela parece angelical, mas mata as bruxas com todo ódio e frieza de uma assassina. Jeremy Renner está no auge, sua atuação conclui a estigma que foi criada em torno dos seus últimos personagens: Aaron Cross em O Legado Bourne (The Bourne Legacy) - 2012 e Gavião Arqueiro em Os Vingadores (The Avengers) - 2012.


Por fim, considero um filme divertido, mas temos outros melhores do gênero. De qualquer forma valeu a pena ter assistir, principalmente por ser baseado numa história que fez parte da minha infância.

O Homem da Máfia (Killing Them Softly) - 2012

13/07/2013
Nota: 7.0 / 6.3 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt (Jackie Cogan), Scoot McNairy (Frankie), Ben Mendelsohn (Russell), Richard Jenkins (Driver), James Gandolfini (Mickey), Ray Liotta (Markie Trattman), Sam Shepard (Dillon), Slaine (Kenny Gill), Vincent Curatola (Johnny Amato), Max Casella (Barry Caprio), Trevor Long (Steve Caprio)

Crítica:
Tenho uma lista de atores que qualquer coisa que eles fazem eu assisto, Brad Pitt é um deles. Por ter feito tantas atuações memoráveis sempre acredito que ele pode me surpreender. Algumas delas vão ficar para sempre na história do cinema, com em: Kalifornia - Uma Jornada ao Inferno (Kalifornia) - 1993, Seven - Os Sete Pecados Capitais (Se7en) - 1995, Os 12 Macacos (Twelve Monkeys) - 1995, Clube da Luta (Fight Club) - 1999. E até mesmo em comédias com: Queime Depois de Ler (Burn After Reading) - 2008. Eu citei os que eu mais gosto, essa lista poderia ser maior se analisarmos as premiações e a repercussão que o filme causou na época.


Essa é a principal explicação para eu assistir esse filme. [SPOILERS...] Pitt faz o papel do assassino de aluguel Jackie Cogan, mas no caso, não é contratado para matar qualquer um, sua missão é matar os envolvidos em um assalto. Por duas vezes um grupo de mafiosos é assaltado durante a jogatina semanal de cartas. A primeira vez ninguém soube quem era o culpado, mas num momento de embriaguês Markie Trattman (Ray Liotta), confessa o roubo num tom de brincadeira, ninguém realmente acredita nele, apesar das desconfianças. No entanto, um novo assalto acontece, mas dessa vez os mafiosos querem a morte dos culpados, o primeiro a morrer é Trattman, pois na desconfiança, é eliminado assim mesmo. A partir disso a história se volta para Jackie Cogan na caçada aos verdadeiros assaltantes. [FIM SPOILERS]


A roteiro é bem simples, mas o que se destaca é a forma como Cogan encontra seus perseguidos, e se mostra um frio assassino. As mortes, tiros, brigas são bem reais, mostra sangue, deformação e estrago que uma bala faz na cabeça das pessoas. Lembrou muito Drive - 2011 e um pouco de Infiltrados (The Departed) - 2006, claro que com menos recurso cinematográfico. A violência explícita e real é um diferencial para o filme. Existem melhores do gênero, mas não foi perda de tempo, gostei bastante.


O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook) - 2012


12/07/2013
Nota: 8.5 / 7.9 (IMDB)
Formato: HD

Direção: David O. Russell
Roteiro: David O. Russell
Elenco: Bradley Cooper (Patrick "Pat Jr." Solitano), Jennifer Lawrence (Tiffany Maxwe), Robert De Niro (The Father), Jacki Weaver (Dolores Solitano), Chris Tucker (Danny), Julia Stiles (Veronica), Anupam Kher (Dr. Patel), Brea Bee (Nikki), Shea Whigham (Jake Solitano), John Ortiz (Ronnie), Paul Herman (Randy)

Crítica:
Depois que o Oscar passou a ter 10 indicações para melhor filme, começamos a ter algumas surpresas nessa categoria. Isso ajudou aos críticos acabarem com algumas injustiças que aconteceram anteriormente. Ainda acontece, mas com menos frequência, pois agora há espaço para os filmes de ação, aventura, super-herói e comédias românticas.

O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook) - 2012 é, teoricamente, uma comédia romântica, mas com um fundo dramático muito grande. [SPOILERS...] O filme conta a história de Pat Jr., um cara com problemas de bipolaridade, que acaba de sair de uma internação de 8 meses de tratamento. Volta para casa dos pais e busca reatar seu casamento. Logo percebemos que Pat ainda não está cem por cento curado, algumas de suas atitudes ainda são inexplicáveis. Na maioria das vezes acontece quando escuta a música de seu casamento ou quando fica nervoso e passa a escutar a música, mesmo que não está tocando. Tudo isso vem da traumática separação com sua esposa, pois chegando em casa, ao som da música do seu casamento, encontra sua esposa e um professor, colega de trabalha, transando no banheiro. Num surto de ódio, Pat espanca seu colega até quase a morte.


Em busca de reatar com sua esposa, Pat visita um amigo, que poderá ajudá-lo, lá conhece Tiffany, que também passa por problemas emocionais, pois seu marido morreu recentemente, e ela se tornou uma compulsiva sexual. Os dois iniciam uma amizade estranha, onde um, procura ajudar o outro. É então que Tiffany propõe a Pat a ensaiar dança para um concurso, e se aceitasse, levaria uma carta para sua ex-esposa. [FIM SPOILERS]

O conflito chaga até a família de Pat quando seu pai, viciado em apostas, perde bastante dinheiro, e culpa o filho por não ter ido ao jogo, e isso ser a causa da derrota do time. No meio da discussão Tiffany chega, e também acaba sendo acusada pelo pai de Pat, mas ela prova que se Pat tivesse ido ensaiar, provavelmente seu time ganharia. Pat Sr. concorda e faz uma nova aposta, mas dessa vez não seria apenas na vitória do seu time, mas também uma nota 5.0 no concurso em que Pat e Tiffany disputaria, uma aposta dupla. O final é sensacional, por isso não comentarei.


Mesmo sendo bem dramático, pela situação emocional que os persongens enfrentam, o filme é uma comédia romântica, e considero um dos melhores que vi desse gênero. O diretor David O. Russell deve ser muito valorizado, ainda mais por ser o roteirista, pois ele soube colocar três gêneros: drama, comédia e romance, numa sintonia que nunca havia visto num filme. Nas atuações o destaque vai para Bradley Cooper, excelente, surpreendente, nos faz entrar na cabeça e entender os dramas do personagem. Robert De Niro está muito bem, assumindo sua velhice nesse papel. Jennifer Lawrence, indicada ao Oscar por Inverno da Alma (Winter's Bone) - 2011, mostrou que sua indicação anterior não foi atoa. Além disso, está linda.


Esse é o tipo de filme que toda mulher gosta, pois termina com todos felizes para sempre, como na maior parte das comédias românticas. Sou um dos maiores críticos desse tipo de filme, mas dessa vez, a história nos faz querer que isso aconteça e o final realmente é excepcional. É um filme para se assistir com uma mulher do lado.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Universidade dos Monstros (Monsters University) - 2013

02/07/2013
Nota: 7.5 / 7.8 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Dan Scanlon
Roteiro: Robert L. Baird, Daniel Gerson, Dan Scanlon
Elenco: John Goodman, Billy Crystal, Steve Buscemi, Jennifer Tilly, Kelsey Grammer, Frank Oz, Dave Foley, Julia Sweeney, Peter Sohn, Joel Murray, Ken Jeong, Rob Riggle, J. B. Smoove, John Ratzenberger

Crítica:

De todas as animações da Pixar, para mim, Monstros S.A. (Monsters, Inc) - 2001 é a melhor de todas. Sempre considerei a ideia de sua história genial, pois quem nunca olhou de baixo da cama, ou dentro do armário para ver se não tinha alguma coisa lá. E eles deram uma explicação para esse medo que a maioria das crianças tem.


Nessa onda de fazer sequência para suas melhores animações, os monstros assustadores de criança entraram na fila, mas em vez de uma continuação, resolveram fazer um prelúdio.


[SPOILERS...] A história conta como os amigos Sulley e Mike se conheceram, muito antes de trabalharem juntas na fábrica de sustos. Tudo começa com Mike se inscrevendo na universidade, onde um dos principais cursos é o de assustadores. Muito dedicado, Mike se destaca pelos seus estudos e ideias inovadoras, mas sua capacidade de assustar é ineficaz, pois é muito bonitinho para ser assustador. Sulley também é um dos calouros do curso, mas por vir de uma família tradicional de assustadores, não tem problemas algum para assustar, e por isso acha que não precisa de estudar os métodos de sustos. Os dois acabam criando uma rixa, e numa aula prática acabam se envolvendo em um acidente, por tentarem um ser melhor que o outro, e acabam expulsos do curso. Assim, a única forma que Mike encontra para provar ser um grande assustador, é na olimpíada de sustos, sua equipe é composta somente por "nerds", e por Sully, que inevitavelmente precisou entrar para equipe. Assim a diretora do curso o faz uma proposta, caso sua equipe vença a disputa, eles voltam para o curso, caso percam, serão banidos da universidade.


E é assim que a história continua, com as provas e a equipe de Mike e Sully vencendo-as, ora por sorte, ora pelos treinamentos realizados ao longo da olimpíada. Mike sempre estudando todas as possibilidades e técnicas, e Sully com seu talento natural. E por traz mostrando como a amizade dos dois vai se formando aos poucos. [FIM SPOILERS]


É pleonasmo dizer em filmes da Pixar que a computação gráfica, os efeitos especiais estão excelentes, mas é sempre bom reforçar tudo que é perfeito. Impecável. O roteiro ficou dentro da expectativa, não é surpreendente como o primeiro filme, pois trata de assuntos já batidos do cinema, como amizade, redenção etc., mas que todos nós gostamos. Depois dos fracos Carros 2 (Cars 2) - 2011 e Valente (Brave) - 2012, podemos perceber que a Pixar está começando a voltar para o caminho que os fizeram ser os melhores.

E no fim do filme podemos ver rapidamente como os dois conseguiram o emprego na fábrica de sustos.

Extremamente divertido para adultos e principalmente crianças. Vale a pena conferir.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Depois da Terra (After Earth) - 2013

16/06/2013
Nota: 4.5 / 4.9 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan, Gary Whitta
Elenco: Will Smith (Cypher Raige), Jaden Smith (Kitai Raige), Isabelle Fuhrman (Rayna), Kristofer Hivju (Chief Security), Gabriel Casta (Ranger), Mohamed Daha (Ryan), Zoe Kravitz (Senshi Raige), Sophie Okonedo (Faia Raige), David Denman (McQuarrie), Lincoln Lewis (Bo)

Crítica:
Sou fã do cinema e sempre procuro valorizar a inovação, as pessoas que tentam a todo custo fazer algo diferente sem pensar somente no retorno financeiro. Admiro muito M. Night Shyamalan, que é um diretor inovador, apesar da maioria de seus filmes ser grandes produções visando grandes lucros, ele coloca neles algo diferente, com críticas profundas ao mundo de hoje, seja político, ético ou moral. Temos como exemplo Os Sinais (Signs) - 2002, que nada tem haver com ETs, apesar do filme inteiro eles estarem envolvidos; e A Vila (The Village) - 2004, que um crítica à sociedade e a moral em que vivemos.

Em seus últimos filmes ele vem trazendo essa crítica, mas não conseguiu fazer roteiros que sejam concisos a ponto de ser ao mesmo tempo surpreendente e inovador, normalmente está chato e sem qualquer nexo com a realidade plausível.

Nesse, a crítica é que o planeta Terra de alguma forma se rovoltou contra os humanos, numa anologia com os anticorpos, lutando contra um vírus letal. Quase uma continuação de Fim dos Tempos (The Happening) - 2008, que nos trouxe uma das situações mais ridículas do cinema, os persongens correndo do ar/vento. 
Tirando a boa ideia crítica da história, o restante do filme é realmente fraco. Começando pela atuação de Jaden Smith, que diferentemente de seu pai, ainda não sabe atuar com a realidade necessária para nos fazer acreditar em seus personagens, seu melhor trabalhar ainda era criança, em À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness) - 2006. o restante de sua filmografia é bem fraca. Will Smith vem tentando de todas as forma transformar seu filho num grande ator, mas está muito longe disso ainda. Mais uma prova que talento não se passa de pai para filho.


[SPOILERS...] Jaden faz um recruta de soldado, Kitai, num futuro distante, onde os humanos foram obrigados a se mudar para outro planeta, pois a Terra ficou inabitável. Kitai vem treinando para ser efetivado como guerreiro, seguindo os passos de seu pai. O velho clichê de conflito entre pai e filho. Em uma das missões seu pai resolve levá-lo, mas acabam sofrendo um acidente e a nave acaba caindo na Terra. Coincidentemente só sobrevivem pai e filho.

A partir disso, esperamos que o filme vá ganhar mais ação e melhorar consideravelmente, mas é justamente o contrário que acontece. As sequencias dramáticas entre os dois são extremamente chatas. Aogra Kitai precisa cruzar a floresta para chegar na cauda da espaçonave e acionar o sinalizador que chamará o resgate, para isso terá que enfrentar os habitantes de Terra, que segundo a história evoluíram para exterminar os humanos. Assim, ele sai para a jornada monitorado por uma câmera pelo pai. Além disso, um monstro, que foi criado por uma raça alienigena para matar humanos escapou, durante a queda, e o obstáculo mais perigoso para Kitai. Esse é o pretexto do filme.


Agora vem os erros crassos do roteiro. Esse monstro allienigena foi criado para exterminar humanos, mas não tem olhos e os detecta pelo cheiro de um hormônio liberado quando os seres humanos estão com medo ou em pânico. Em determinado momento um animal ajuda Kitai na sua jornada, mas não evoluiram para matar homens? Esse são só os piores erros, mas ao longo da história precebemos mais algumas pequenas erros, sem explicação alguma. [FIM SPOILERS]

Antes de escrever a crítica, tentei de todas as formas imaginar explicações para tudo de ruim que o filme tem, mas não encontrei nenhuma. Shyamalan está se superando cada vez mais, o diretor de O Sexto Sentido (The Sixth Sense) - 1999 está se tornando um dos piores diretores de sua geração.

Realmente foi uma perda de tempo assistir esse filme.

domingo, 16 de junho de 2013

Star Trek - Além da Escuridão (Star Trek Into Darkness) - 2013

30/05/2013 - 23
Nota: 7.5 / 8.3 (IMDB)
Formato: Cinema 3D

Direção: J. J. Abrams
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman, Damon Lindelof
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Karl Urban, Zoë Saldaña, Simon Pegg, John Cho, Anton Yelchin, Benedict Cumberbatch, Alice Eve, Bruce Greenwood, Peter Weller

Crítica:
A cada filme J. J. Abrams prova mais seu valor, mesmo não sendo filmes perfeitos, são sempre bem executados, desde o roteiro, até os efeitos especiais. Depois do grande sucesso da série Lost, ele provou sua capacidade com o primeiro Star Trek - 2009, com um roteiro excelente, trouxe de volta uma das séries mais famosas da TV. A forma como o roteiro trouxe de volta os personagens foi genial, com o pretexto de viagem no tempo, fez com que todas as histórias anteriores continuassem válidas e liberando os futuros filmes de qualquer situação do passado. Assim, esse segundo Star Trek pode contar com uma história totalmente original.

A história se passa pouco tempo depois dos acontecimentos do primeiro, e mostra o jovem Kirk em uma missão num dos planetas ainda sem evolução tecnológica, sendo apenas uma cena de ação para iniciar o contexto verdadeiro do filme.


Vários atentado vem acontecendo com a Enterprise e Capitão Kirk é recrutado para buscar o assassino de vários de seus colegas, sendo um deles, o amigo e mentor "...". A trama de baseia nessa perseguição, viajando no espaço entre os planetas e espaçonaves.

O ponto fraco é não ter muitas explicações fundamentadas para os poderes, e reais motivos do vilão. Ele simplesmente tem superpoderes e precisa de qualquer forma salvar sua família, que está hibernando. Fora isso, o filme é muito bom, com excelentes cenas de ação e impecáveis efeitos especiais. Chama também atenção para o drama emocional entre Kirk e Spock, onde é há o confronto entre a emoção e a razão respectivamente.


Outro ponto positivo tem haver com o filme ser uma sequência, pois eles fizeram o que venho dizendo sobre os filmes de super-heróis, de a história ser independente, somente respeitando o que se passou nos filmes anteriores. Ou seja, é possível trocar atores e fazer qualquer tipo de história sem que o público estranhe o filme. Isso funciona há anos com 007.

Por fim, considero um bom filme de ficção espacial, vale a pena assistir e espero que mais sequências desse nível sejam feitas.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Homem de Ferro 3 (Iron Man 3) – 2013

24/05/2013 - 22
Nota: 7.0 / 7.7 (IMDB)
Formato: Cinema 3D

Direção: Shane Black
Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Guy Pearce, Ben Kingsley, Rebecca Hall, Don Cheadle, James Badge Dale, Stephanie Szostak, William Sadler, Dale Dickey, Ty Simpkins, Miguel Ferrer e a voz de Paul Bettany

Crítica:
A segunda fase dos Vingadores iniciou-se com Homem de Ferro 3 (Iron Man 3) - 2013. A saga do playboy multimilionário, Tony Stark, continua, dessa vez com maior envolvimento de seu par romântico, Pepper Potts, e as várias referências, não mais aos futuros filmes e sim, aos acontecimentos passados nos filmes anteriores, principalmente em Vingadores (Avangers) – 2012.

[SPOILERS...] A história se inicia com Tony Stark em um evento científico, antes de se tornar o Homem de Ferro, onde um cientista “nerd” tenta convencê-lo de se reunir para ouvir suas novas descobertas científicas, mas é claro que Stark o ignora. Voltando aos tempos de hoje, Tony encontra-se em seu laboratório, criando mais uma de suas armaduras, a inovação agora é fazer com que um simples gesto manual faça com que as peças da armadura venham em sua direção  cobrindo seu corpo. Além disso, há a possibilidade da armadura montar sem que haja um corpo, funcionando como um robô.


Logo depois, é apresentado o novo vilão. Vários ataques terroristas estão acontecendo pelo mundo e todos são assumidos, através de vídeos, pelo chefe de uma organização, semelhante à al-Qaeda. Mandarim se mostra um impiedoso e fanático religioso. Seus ataques são feitos por ex-militares estadunidenses, mas seus corpos nunca são encontrados. Em um desses ataques, Happy Hogan, segurança de Stark fica bastante ferido. Revoltado, Stark promete vingança, e em entrevista, chama Mandarim para um confronto. A mansão de Tony é atacada por vários helicópteros e mísseis. Assim, Stark começa uma investigação sobre  Mandarim, seus reais motivos e seu próximo alvo: o presidente dos EUA. [FIM SPOILERS

Fazer sequencias intermináveis de filmes é uma tarefa muito difícil, conseguir colocar o herói sempre em perigo, sem que seja uma repetição dos filmes anteriores, são poucos os que conseguem. Vimos isso na trilogia Batman: Batman Begins - 2005, Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight) - 2008 e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises) - 2012. Já com o Homem-Aranha não foi a mesma coisa, percebemos que o terceiro filme da trilogia, Homem-Aranha 3 (Spider-Man 3) - 2007 foi o pior deles e por isso resolveram dar um reboot na sequencia. O mesmo aconteceu com Homem de Ferro 3, que é de longe, o pior dos três filmes.


Homem de Ferro 3 se mantem à altura dos anteriores quando falamos de efeitos especiais, cenas de ação e a força para nos prender a atenção. Mas no que diz respeito à história, o roteiro deixa muito a desejar. Aquelas cenas cômicas, e a irreverência de Tony Stark estão bem chatas agora. Ainda adicionaram um drama forçado, em que Stark tem ataques de ansiedade ao lembra-se dos acontecimentos de Nova York, ou seja, a referência aos Vingadores foi passada desse forma, o que ficou horrível. Há também os poderes do exército vilão, que em nenhum momento explica-se como eles explodem e voltam, e como são derrotados, as vezes com um tiro muito forte, as vezes com uma queda grande. A personagem Maya Hansen (Rebecca Hall) não explica ao que veio, poderia ser totalmente cortada.


O que ficou de positivo foi a maior participação de Pepper Potts, secretária e par romântico de Tony Stark. Gwyneth Paltrow pode mostrar um pouco de seu potencial, e dar uma direção melhor para a personagem. Robert Downey Jr. está no modo automático, interpretando bem, mas sem acrescentar nada, e até, como dito anteriormente, com piadinhas sem graça, que deixa as cenas mais chatas do que são. Ben Kingsley fez um trabalho impecável, nos convence do início ao fim, mas a reviravolta que há com seu personagem, eu, particularmente, não gostei.

De qualquer maneira, é um filme divertido, para se ver no cinema, mas acho que a Marvel ainda poderia levar mais a sério seus filmes de super-herói, mesmo sabendo que com a Disney por trás, isso vai ser cada vez mais difícil.

Obs. 1: Há uma cena adicional após os créditos.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

The Beatles Anthology - 1995

Nota: 9.0 / 9.3 (IMDB)
Formato: DVD

Direção: Geoff Wonfor, Bob Smeaton
Produção: Neil Aspinall, Chips Chipperfield
Elenco: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr

Crítica:
The Beatles Anthology foi um projeto documental realizado sobre a maior banda de rock de todos os tempos: The Beatles. Uma série de documentários foi lançado para televisão, e conta com os integrantes remanescentes da banda: Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, que se juntaram em 1994 para gravar entrevistas, que juntadas com velhas entrevistas de John Lennon, contam toda a história do grupo, desde a formação, até o fim da banda. Várias imagens inéditas dos Beatles são mostradas, além de músicas completas em shows.

Como parte do projeto, foram lançados três álbuns duplos, onde incluí algumas músicas inéditas e outras músicas já conhecidas, mas em versões diferentes. Dentre as músicas inéditas, a maioria foi gravada na época que a banda estava junta, mas não haviam sido lançadas. Porém duas músicas foram mixadas especialmente para os álbuns: Free as a Bird e Real Love.

Posteriormente, um livro de mesmo nome foi lançado, contemplando as entrevistas e imagens inéditas.


02/03/2013 - Primeiro Episódio - 13
O primeiro episódio conta infância do quarteto, onde nasceram, quem eram seu pais, onde estudavam e como se conheceram. Além de contextualizar como era a situação cultural e musical de Liverpool na época.

Tem alguns fatos marcantes nesse início. Paul e John se conheceram em um festival, quando Paul viu John apresentando e cantando, logo percebeu que poderia ser o músico que estava procurando para sua banda, logo depois já estavam tocando juntos. John sugeriu o amigo Geoge, que também integrou à banda. Eram três guitarristas, e o mais interessantes é que fizeram várias apresenteações sem baterista. Na primeira formação, tiveram passagens rápidas pela banda: Stuart Sutcliffe (baixista) e Pete Best (baterista). Stuart não fez muitos shows, não era bom músico, assim Paul assumiu o baixo. Pete participou mais, mas nas primeiras gravações do primeiro disco foi substituido por Ringo, que já havia tocado várias vezes com os Beatles.

Os Beatles eram de Liverpool, mas o destaque inicial foi dado em Hamburgo (Alemanha), tocando em vários pubs. O sucesso os trouxe de volta pra casa, e seus shows passaram a ser requisitados em Liverpool, principalmente no Cavern Club, onde tocaram dezenas de vezes.

O episódio termina com as primeiras sessões para gravação do primeiro disco. Love Me Do havia alcançado os primeiros lugares nas rádios e revistas especializadas.



15/03/2013 – Segundo Episódio - 15
O segundo episódio conta o início da ascensão dos Beatles, e termina com o desembarque, pela primeira vez, nos EUA.

Com o sucesso espontâneo de Love Me Do e o primeiro disco Please Please Me, os Beatles saíram para turnês intermináveis pela Europa, tudo dentro de uma vã, parecendo uma Kombi. Contam que em uma das viagens o vidro a vã quebrou, estava muito frio, eles se amontoaram um em cima do outro, e o primeiro de cima tinha direito a tomar doses de uísque, mas ainda assim tinham que revezar.

Mostra também as primeiras experiências com a fama, não podiam mais sair para qualquer lugar, seus shows passaram a ser só gritaria, as mulheres ficavam histéricas. Mais interessantes foram os shows realizados na França, em que o público, diferentemente dos outros países, era predominantemente de homens. Em certos momentos chegaram a pensar que se tratava de gays.

Durante esses shows, eles foram batendo recordes e suas músicas ficando sempre em primeiro lugar nas rádios inglesas e européias, chegaram a colocar quatro músicas em primeiro lugar. Mas nos EUA ainda não haviam emplacado nenhuma delas. O empresário da banda, Brian Epstein, tentou de todas as formas colocar uma de suas músicas nas paradas estadunidense, mas nenhuma das que chegaram em primeiro lugar na Inglaterra, conseguiu emplacar nos EUA. Esse era o medo em fazer uma turnê por lá, mas como sabemos isso foi questão de tempo. A turnê foi agendada e coincidentemente nos dias que antecederam a viagem, eles conseguiram o primeiro lugar, que foi essencial para o sucesso dos Beatles no novo mundo.

A segunda parte termina com os Beatles desembarcando no aeroporto Internacional John F. Kennedy com uma multidão esperando por eles.



30/04/2013 – Terceiro Episódio - 21
O terceiro episódio conta como foi a turnê dos Beatles pelos EUA e depois pelo mundo. Os Beatles desembarcam no aeroporto J.F. Kennedy em meio a uma multidão e são levados para o hotel, onde tudo está preparado para uma coletiva. Interessante é que são feitas perguntas ridículas, como: “vocês usam perucas?”. Eles eram metidos a comediantes, todas as perguntas, idiotas ou não, eram respondidas de forma engraçada, ou fazendo uma piada.

A primeira apresentação aconteceu no Ed Sullivan Show, no dia em que se registrou a maior audiência já registrada nos EUA. Dizem que nos minutos em que os Beatles se apresentavam, não foram registrados nenhuma ocorrência policial nos EUA.

Eles conseguiram colocar várias músicas nos primeiros lugares das rádios estadunidenses, seus shows ficavam lotados, era quase impossível ouvir suas músicas pelo barulho e gritaria de suas fãs.

Ao voltar para Inglaterra, foram recebidos da mesma forma que nos EUA, milhares de pessoas foram ao aeroporto para recepcioná-los. Mas logo continuaram com a turnê mundial, e é nesses shows que aconteceu um dos fatos que poucos sabem, a formação da banda foi alterada. Ringo precisou fazer uma cirurgia para retirada das amídalas, e não compareceu aos shows em Amsterdã e Hong Kong, foi substituído por Jimmy Nicol, um ótimo baterista de Londres. Inicialmente George não queria seguir com a turnê: “Se o Ringo não fizer parte do grupo, não são os Beatles. Não entendo por que devemos ir nessa turnê”. Brian Epstein e George Martin tiveram que convencê-lo de que a turnê deveria prosseguir. Na Austrália Ringo voltou para ao grupo. Ao fim da turnê, o grupo volta para Liverpool, sua terra natal.

Nessa mesma época os Beatles realizaram seu primeiro longa metragem, seguindo a onda de filmes dos rock stars estadunidenses, em que o principal deles é Elvis Presley. O primeiro filme é A Hard Days Night, lançando juntamente com o disco de mesmo nome.