quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mr. Holland - Adorável Professor (Mr. Holland's Opus) - 1995

27/10/2014
Nota: 7.0 / 7.3 (IMDB)
Formato: DVD

Direção: Stephen Herek
Elenco: Richard Dreyfuss (Glenn Holland), Glenne Headly (Iris Holland), Jay Thomas (Bill Meister), Olympia Dukakis (Principal Helen Jacobs), William H. Macy (Gene Wolters), Alicia Witt (Gertrude Lang), Joanna Gleason (Governadora Gertrude Lang), Terrence Howard (Louis Russ), Damon Whitaker (Bobby Tidd), Jean Louisa Kelly (Rowena Morgan), Alexandra Boyd (Sarah Olmstead), Nicholas John Renner (Coltrane "Cole" Holland - age 6), Joseph Anderson (Coltrane "Cole" Holland - age 15), Anthony Natale (Coltrane "Cole" Holland - age 28), Beth Maitland, Balthazar Getty


Crítica:
Mr. Holland - O Adorável Professor conta a história de Glenn Holland, um músico que passa por dificuldades financeiras e não tem tempo para realizar seu maior sonho: compor, assim passa a dar aulas de música em uma escola pública dos EUA. Holland nunca havia lecionado, por isso suas aulas eram extremamamente enfadonha, os alunos não prestavam atenção. Ele se esforça com uma das alunas, dando aula particular e conselhos para que continue tentando e não desista de aprender tocar um insturmento. Mas ele percebe que os alunos precisam de algo diferente para entenderem suas aulas.

Então, Holland, muda a didática. Primeiro começa a ensinar sua teoria e técnica com músicas que os alunos gostam, no caso, rock. Isso faz com que os alunos participem mais. Ele também dedica parte do tempo procurando descobrir o potencial do aluno para determinado instrumento musical, assim as aulas melhoram consideravelmente. 


Mr. Holland consegue o mesmo prazer de compor, dando aulas. Agora tem uma vida feliz, ainda mais com a gravidez de sua esposa. Quando seu filho nasce descobre que ele é portator de uma deficiência auditiva, Cole tem apenas 10% de audição. Este fato o deixa profundamente frustrado, pois não poderá compartilhar sua paixão com seu próprio filho. Assim Holland afasta-se de casa e dedica-se completamente ao trabalho, e torna-se um professor admirável.

O tempo passa e ele descobre que perdeu toda a infância de seu filho. Então resolve abrir o jogo com seu filho, acabam brigando, mas descobre que ele conhece muito bem o pai, sabe o que faz, e conhece as músicas que ele escuta e compõe. Assim, Holland resolve fazer um concerto em homenagem ao filho, nele utiliza a linguagem de sinais para que Cole ententa a múisica por completo.


No fim, Mr. Holland é demitido da escola, que precisar realizar contenções de custo, que retira a disciplina de música do currículo escolar. Seus alunos e ex-alunos resolvem homenageá-lo. No auditório lotado todos se encontram várias gerações de alunos e Holland realiza um último concerto.

O filme é inspirador, mostra que podemos marcar a vida de várias pessoas, sem ser famoso, apenas fazendo o que é correto. A dedicação e persistência nos objetivos traçados para a nossa vida é o que faz sermos reconhecidos, e o retorno é sempre certo e bom. Muitas vezes devemos deixar passar um desejo momentâneo, para não destruir uma, ou várias vidas. Como somos seres humanos, erramos, mas sempre temos a oportunidade de voltar atrás, mudar de opinião e pelo menos amenizar o erro. Precisamos de mais Mr. Holland, e se todos conseguissem seguir metade dos seus ensinamentos, seremos uma socieadade melhor.

P.S.: Assisti ao filme por indicação de um grande amigo, valeu Brodim!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (The Amazing Spider-Man 2) - 2014

08/10/2014
Nota: 6.5 / 7.0 (IMDB)
Formato: HD 3D

Direção: Marc Webb
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci, Jeff Pinkner
Elenco: Andrew Garfield (Peter Parker / Homem-Aranha), Emma Stone (Gwen Stacy), Campbell Scott (Richard Parker), Embeth Davidtz (Mary Parker), Jamie Foxx (Max Dillon/Electro), Dane DeHaan (Harry Osborn/Duende Verde), Paul Giamatti (Aleksei Sytsevich/Rino), Chris Cooper (Norman Osborn), Sally Field (May Parker), Stan Lee (homem que acompanha a formatura), Felicity Jones (Felícia), Colm Feore (Donald Menken), Marton Czokas (Dr. Ashley Kafkar)

Crítica:
Homem-Aranha é um dos heróis mais queridos dos quadrinhos, não é à toa que rendeu cinco filmes, todos com grandes bilheterias. Críticas sempre são feitas, mas tudo baseado nos quesitos técnicos, mas o certo é que o muito bom ver o Aranha pendurado entre os arranha-céus, e enchendo os inimigos de porrada. Isso que o público quer, e os fãs querem ver os quadrinhos criarem movimentos no cinema. Se o filme tiver isso, terá grande bilheteria, a parte técnica fica de lado.


Por mais que Marc Webb tente, vai ser difícil esquecer a primeira trilogia do Homem-Aranha, pois como foi a primeira, ficou marcado. Mas é importante continuar pelo que foi dito acima. O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (The Amazing Spider-Man 2) - 2014 vem para completar bem o primeiro, mas cometeu um pecado básico, encher a história de vilões, e principalmente de sub histórias. Esse vem sendo o erro clássico dos filmes de quadrinho, a quantidade de vilões não interfere, mas é o que provoca as sub histórias.

Gosto muito desse novo Homem-Aranha, mais jovem, divertido e muito próximo dos quadrinhos, mas sua segunda aventura deixou de focar e construir o personagem para mostrar Electro, o principal vilão; Duende Verde; Rhino; e ainda o mistério do sumiço de seus pais. Tudo isso faz o roteiro se perder.


Basicamente a história foco no Aranha tentando desvendar o sumiço dos pais, enquanto os vilões são construídos. Ele tenta cumprir a promessa de ficar longe de Gwen Stacy. Mas o retorno de seu amigo Harry Osborn mostra um pouco mais da companhia Oscorp, de onde surge Electro, alter ego de Max Dillon, um funcionário psicologicamente instável. Dillon sofre um acidente que o transforma em Electro, seus superpoderes envolvem eletricidade e lançamento de raios. A partir daí, o roteiro é bem básico, Electro que destruir o Homem-Aranha, que precisa proteger a cidade e sua amada.

Andrew Garfield melhorou bastante no seu papel, está bem mais natural, passamos a enxegá-lo como o cara teia. Jamie Foxx faz um Max Dillon muito caricato e forçado, e quando se transforma em Electro, seu visual é mais forçado ainda, e ainda lembra o Dr. Manhattan de Watchmen - 2009Dane DeHaan conseguiu construir um ótimo Harry, mas nada mais que isso, provavelmente será desenvolvido num terceiro filme. Paul Giamatti tem participação ínfima, mas excelente, melhor de todos. Com isso já temos dois vilões para o próximo filme, espero que só fique nesses.


Todos os defeitos do filme podemos relevar se focarmos na aventura e na diversão, mas a trilha sonora de quando Electro aparece é extremamente chato, não sei qual foi a intenção, mas com certeza não funcionou.
No geral, o filme é bom, esperamos um terceiro mais divertido e com um roteiro mais linear.

Obs.: Terceiro filme pode não acontecer. (Atualizado em 12/02/2015).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A Hora Mais Escura (Zero Dark Thirty) - 2012

08/10/2014
Nota: 8.0 / 7.4 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Kathryn Bigelow
Roteiro: Mark Boal
Elenco: Jessica Chastain (Maya), Jason Clarke (Dan), Joel Edgerton (Patrick, líder SEAL Team Six), Jennifer Ehle (Jessica), Mark Strong (George), Kyle Chandler (Joseph Bradley), Édgar Ramírez (Larry), James Gandolfini (Diretor da CIA), Chris Pratt (Justin, membro SEAL Team Six), Callan Mulvey (Saber, membro SEAL Team Six), Fares Fares (Hakim), Reda Kateb (Ammar), Harold Perrineau Jr. (Jack), Stephen Dillane (Assessor da Segurança Nacional)

Crítica:
O patriotismo estadunidense não tem fim, em certos momentos vão além da razão. Realizar um filme sobre a morte de Bin Laden deveria ser apenas um desses momentos de pratiotismo, e sem dúvida seria uma história ruim, cheia de clichês com um final que o mundo inteira sabe. Mas é nesse momento que conseguimos separar os bons, dos ruins diretores. Qualquer história, por mais banal que seja, entregue nas mãos certas, é possível realizar um excelente filme.

Foi o que aconteceu com esse A Hora Mais Escura (Zero Dark Thirty) - 2012. A história tinha tudo pra ser chata, com apenas aquele nascionalismo para mostrar ao mundo que eles conseguiram, e que é possível vencer o terrorismo. Mas Kathryn Bigelow conseguir fazer algo surpreendente, mostrar os bastidores dessa caçada e o sofrimento de uma agente da CIA, que por 8 anos persseguia os rastros do terrorista.


O filme nos mostra com aconteceu todo o processo para rastrear o pior terrorista que o planeta já viu. Maya passa anos tentando encontrá-lo, asssim acompanhamos seu amadurecimento e como seu trabalho a consumiu. Antes contra torturar pricioneiros, passa solicitar as torturar tudo com ansia de chegar em seu objetivo principal.

Jessica Chastain dá a Maya um rosto de menina, mas aos poucos mostra o quanto leva a sério seu trabalho e sua obstinação chega a ser doentia. Seu trabalho é impecável, no fim percebemos o quando o governo dos EUA suga seus agentes, a pressão é enorme.


Todo o trabalho é tão bem feito que, a pesar de saber o fato final, ficamos torcendo para que a missão dê certo, e que nada aconteça com Maya. A impressão é de tensão do incício ao fim, e sentimos isso, pois nossa atenção fica fixa em todos os diálogos. O processo de espionagem e sigilo é algo que parece ser ficcional, mas da forma que foi exposto é plausível e real.

Por fim, vale a pena assistir para ver um projeto de aproximadamento 10 anos ser concluído com sucesso.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Rush - No Limite da Emoção (Rush) - 2013

07/10/2014
Nota: 9.5 / 8.2 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Ron Howard
Roteiro: Peter Morgan
Elenco: Chris Hemsworth (James Hunt), Daniel Brühl (Niki Lauda), Olivia Wilde (Suzy Miller), Alexandra Maria Lara (Marlene (Knaus) Lauda), Pierfrancesco Favino (Clay Regazzoni), David Calder (Louis Stanley), Natalie Dormer (Enfermeira Gemma), Stephen Mangan (Alastair Caldwell9), Christian McKay (Alexander Hesketh), Alistair Petrie (Stirling Moss), Julian Rhind-Tutt (Bubbles Horsley), Colin Stinton (Teddy Mayer), Jamie de Courcey (Harvey Postlethwaite), Augusto Dallara (Enzo Ferrari), Ilario Calvo (Luca Cordero di Montezemolo), James Norton (Guy Edwards), Martin J Smith (Jody Scheckter), Rob Austin (Brett Lunger), Tom Wlaschiha (Harald Ertl)


Crítica:
Filmes de esporte sempre me agradam, mas é difícil ver um grande filme sobre esporte, pois são emoções difíceis de traduzir, pois temos todo o sentimento do esportista, dos fãs e espectadores, que são bem diferentes uns dos outros. Alguns esportes foram bastante explorados por Hollywood, como boxe com: Rocky: Um Lutador (Rocky) - 1976, A Luta Pela Esperança (Cinderella Man) - 2005, Hurricane - O Furacão (The Hurricane) - 1999 e o clássico Touro Indomável (Raging Bull) - 1980. O futebol americano trouxe algumas boas produções, mas muitos não focam exatamente no esporte e sim no que o certa, agentes, empresários, e às vezes um pano de fundo. Ainda assim temos boas produções como Duelo de Titãs (Remember the Titans) - 2000, Um Domingo Qualquer (Any Given Sunday) - 1999, Jerry Maguire: A Grande Virada (Jerry Maguire) - 1996.


Mas alguns esportes, Hollywood ainda ignora, como as corridas automobilísticas. O único filme de grande sucesso foi Grand Prix - 1966 da década de 60. De lá pra cá, somente filmes de ação envolvendo automobilismos, nada do esporte em si. Até que em 2013 resolveram realizar um dos melhores filmes de esportes já feitos. Rush - No Limite da Emoção (Rush) – 2013.

O filme conta a história real de Niki Lauda e o James Hunt, dois pilotos que travaram grande disputa pela Fórmula 1 na década de 70. O primeiro, um austríaco racional, metódico, obstinado por uma carreira perfeita e preciso nas pistas. O segundo, um inglês mulherengo, beberrão e agressivo nas pistas, que está ali somente para curtir o momento.

A narrativa é feita na visão de Lauda, começa na fórmula 3 e vai até a temporada da F1 em que tem o acidente que marcou sua carreira. Nessa época os pilotos entravam nas pistas sem saber se sairiam vivos, os acidentes aconteciam em todas as etapas, muitos deles fatais. Vários momentos das pistas são apresentados, pelo menos dois campeonatos inteiros, 1975 e 1976. Cenas de ultrapassagem e bastidores das corridas, como Lauda era participativo na montagem dos carros e como Hunt apenas pegava o carro e dava tudo de si, sem pensar em qualquer consequência. Além disse, a vida particular dos dois pilotos é bem apresentada. Suas esposas, as bebedeiras de Hunt e as neuroses de Lauda com o trabalho, sempre em primeiro lugar.


Grande destaque para a fotografia e o figurino, que retratam de forma perfeita a época. E até a aparência dos dois atores que viveram os personagens principais, Daniel Brühl (Lauda) e  Chris Hemsworth (Hunt), ficou perfeita. Os carros são fiéis às temporadas mostradas.

Os dois atores principais tem atuações excelentes, e a sintonia entre eles, dentro e fora das pistas é inacreditável, nos faz entender o que é competir e respeitar seu adversário, pois por mais que eram rivais, tinha admiração um pelo outro. E as atuações deixa isso evidente
.
Um filme dramático e emocionante, que com certeza entrou para os melhores do gênero.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Caçadores de Obras-Primas (The Monuments Men) - 2014

06/10/2014
Formato: 6.0 / 6.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: George Clooney
ElencoGeorge Clooney (Lt. Frank Stokes), Nick Clooney, Matt Damon (Lt. James Granger), Bill Murray (Sgt. Richard Campbell), John Goodman (Sgt. Walter Garfield), Jean Dujardin (2nd Lt. Jean-Claude Clermont), Bob Balaban (Pvt. Preston Savitz), Hugh Bonneville (2nd Lt. Donald Jeffries), Cate Blanchett (Claire Simone), Sam Hazeldine (Colonel Langton), Dimitri Leonidas (Pvt. Sam Epstein), Grant Heslov (the Army Field Surgeon), Miles Jupp (Major Fielding)

Crítica:
Tudo que envolve a Segunda Guerra Mundial me chama atenção, de tudo que assisti: documentários, filmes e séries, a mais perfeita produção foi Band of Brothers - 2001, em segundo The Pacifc - 2010. Conseguir reproduzir o holocausto que foi essa guerra é algo quase impossível, e essas duas séries foram as que mais aproximaram.

 A premissa da história de Caçadores de Obra-Prima não é visto com bons olhos por mim, pois, como se preocupar com qualquer outra coisa quando milhares de seres humanos são massacrados. Mas é isso mesmo, o filme conta a história de um grupo de soldados formado para recuperar obras primas roubadas pelos nazistas.


O roteiro é bem básico, pois o início conta como o grupo foi formado, depois mostra a estratégia montada para achar e recuperar as obras. Num contexto em que a guerra já caminhava para fim. O foco não é a guerra, e sim a missão. Até mesmo o ponto dramático da história está em cima de uma obra prima rara, que fez um dos soldados morrer tentando recuperá-la, assim vira uma vingança para o restante do grupo conseguir achá-la. Para piorar um pouquinho, há vários momentos em que tentou-se cenas engraçadas, mas não funcionou, ficou forçado e sem graça.

George Clooney está no seu modo automático de sempre, é um grande ator, mas seus personagens tem que encaixar no seu perfil, quando não acontece, com nesse filme, ele se transforma em um ator comum. Bill Murray e John Goodman são atores excepcionais, mas tem cara de comediantes, e por mais que tentem ser sérios não conseguiram passar o drama das situações em que os personagens se encontravam.



O filme é interessante, foi legal saber que uma equipe foi criada para uma missão desse tipo, hoje muitos museus e admiradores da arte são gratos por essa equipe ter recuperado as obras de arte.

Indico outros filmes do gênero, mas pra quem tem tempo, vale a pena assisti-lo.

Maze Runner: Correr ou Morrer (Maze Runner) - 2014

22/09/2014
Nota: 7.5 / 6.9 (IMDB)
Formato: Cinema

Direção: Wes Ball
Roteiro: Noah Oppenheim
Elenco: Dylan O'Brien (Thomas), Thomas Sangster (Newt), Kaya Scodelario (Teresa), Will Poulter (Gally), Ki Hong Lee (Minho), Blake Cooper (Chuck), Aml Ameen (Alby), Alexander Flores (Winston), Jacob Latimore (Jeff), Chris Sheffield (Ben), Randall D. Cunningham (Clint), Joe Adler (Zart), Patricia Clarkson (Chancellor Ava Paige)

Crítica:
Como dito em outras críticas, Hollywood vem tendo a oportunidade de transformar todas as fantasias em algo real no cinema. Os super-heróis estão em nossa casa agora, histórias que atingem todas as idades. Mas ultimamente resolveram focar em histórias especificamente para adolescentes, e por isso, muitas vezes, tornam-se bobas para outras faixas etárias, pois os roteiros são simples e sem novidades. O mais famoso hoje é a Saga Crepúsculo, que rendeu quatro filmes, mas não arrisquei perder meu tempo.

Maze Runner - Correr ou Morrer segue a mesma linha dos teens, mas como a história força o filme ser mais adulto, foge um pouco dos clichês habituais. Para começar, a personagem feminina aparece na segunda metade da projeção, isso já é um diferencial, pois não há aquele romance adolescente. Outro fato é que há violência, não sangrenta e expositiva, mas vários personagens morrem.


Tudo começa com Thomas acordando dentro de um elevador em movimento. Não se lembra de nada, apenas de seu nome, quando o elevador para e abre as portas, vários garotos chegam para recepcioná-lo. Apesar dos garotos lhe explicar toda a situação em que se encontram, nenhum deles se lembra de como foram parar ali. O local é chamado de Clareira, um espaço aberto, gramado e com algumas matas, mas cercado por muros gigantescos com uma porta que se abre todas as manhãs para o Labirinto. Todo mês um novo garoto é entregue pelo elevador. 

Os garotos se organizaram e cada um deles exerce uma função. A principal delas são os corredores, que ficam responsáveis por entrar no Labirinto todas as manhãs e tem achar uma saída, além de mapear o máximo possível onde cada corredor vai dar, a grande dificuldade está nas mudanças que o Labirinto sofre todas as noites. Thomas se mostra um pouco diferente dos outros garotos, pois sua curiosidade o faz perder o medo que existe naquela sociedade. Logo Thomas se torna um corredor, pois, sem permissão, invade o Labirinto e sobrevive uma noite lá dentro, coisa que nunca havia acontecido. Mas tudo começa a mudar mesmo quando o elevador traz, pela primeira vez, uma garota. Depois de vários acontecimentos, a única saída é enfrentar o Labirinto.


Como disse, a história é muito empolgante, e isso o filme fez bem. Não há um só momento de tranquilidade, ficamos atentos durante toda a projeção. As cenas de ação não são muitas, a maioria acontece de noite, pois é quando as bestas do Labirinto aparecem, por isso são encobertas pela escuridão, mas ainda assim se sustentam bem. As atuações estão razoáveis, nada impressionante, Dylan O'Brien que faz Thomas, interpreta bem seu personagem. Um dos clichês desse tipo de história é o vilão entre os heróis, aquele que discorda de tudo que o herói (Thomas) principal diz que é melhor fazer. Normalmente isso funciona, mas depende da interpretação do ator em nos deixar realmente com raiva de suas atitudes, mas não é o que acontece com Will Poulter que interpreta Gally, extremamente chato.

Mas o principal defeito de filme está na forma como o Labirinto foi apresentado, pois esperamos algo surpreendente, claustrofóbico, com vários caminhos que não levam a nada. Além disso, poucas cenas são dentro do dele, a primeira parte se passa toda na Clareira, tudo para explicar tudo que estamos vendo ao espectador, tirando um pouco a surpresa do Labirinto.

De qualquer forma, é uma boa aventura, melhor que alguns filmes de super-heróis que estão produzindo por aí.