quinta-feira, 25 de junho de 2015

Garota Exemplar (Gone Girl) - 2014

07/01/2015
Nota: 7.0 / 8.3 (IMDB)
Formato: HD

Direção: David Fincher
Roteiro: Gillian Flynn
Elenco: Ben Affleck (Nick Dunne), Rosamund Pike (Amy Elliot-Dunne), Neil Patrick Harris (Desi Collings), Carrie Coon (Margo Dunne), Tyler Perry (Tanner Bolt), Kim Dickens (Detetive Rhonda Boney), Patrick Fugit (Oficial Jim Glipin), Lisa Banes (Marybeth Elliott), David Clennon (Rand Elliot), Casey Wilson (Noelle Hawthorne), Missi Pyle (Ellen Abbott), Sela Ward (Sharon Schieber), Emily Ratajkowski (Andie), Lola Kirke (Greta), Boyd Holbrook (Jeff), Scoot McNairy (Tommy O'Hara), Leonard Kelly-Young (Bill Dunne), Cyd Strittmatter (Maureen Dunne)




Crítica:
Garota Exemplar critica o poder da mídia e consequentemente da sociedade sobre acontecimentos de comoção nacional e internacional. Nesse caso, a incriminação com inverdades ou fatos deturpados, fazendo julgamentos antecipados de forma que a tire qualquer tentativa de imparcialidade da justiça.

A história começa com o desaparecimento de Amy Dunne, uma esposa conhecida como pessoa exemplar em todos os sentidos. No aniversário de casamento Nick Dunne não prepara nenhum tipo de comemoração, e ao chegar em casa descobre que sua esposa sumiu, e faz a denúncia ao departamento de polícia. Logo nos primeiros indícios da investigação, Dunne passa a ser o principal suspeito, e seu problema aumenta ainda mais quando as informações chegam à impressa.


O que mais contribui para que Dunne seja suspeito é a sua reação aos fatos, ele em nenhum momento mostra tristeza com a perda da esposa, além disso, sua vida conjugal estava longe de ser uma perfeição, prato cheio para imprensa. Aos poucos percebemos que Nick esconde vários segredos, que contribuem para sua acusação. Tudo se confirma quando o diário de Amy é encontrado. Verdade ou mentira? Não importa, a imprensa e a sociedade sabem que ele é o culpado. Para piorar, apesar de negar os fatos, Dunne não nos convence, e às vezes deixa transparecer que não gostaria de ver sua esposa nunca mais, mesmo correndo o risco de ser preso.

Todo o roteiro é muito bem estruturado e nos faz acreditar de desacreditar em Dunne a cada fato exibido, em momento algum conseguimos ter a certeza do que está acontecendo até que seja revelado. E mesmo após ser revelado, ficamos ainda tensos com o desenrolar para o fim da história.


As atuações são excelentes, nos ajuda a desconfiar da ação de um de outro em cada momento. Rosamund Pike fez um de seus melhores trabalhos, conseguimos perceber claramente todas as mudanças de personalidade que sua personagem passa. Mesmo com aquela cara de cera, Ben Affleck fez um bom trabalho, o seu descaso com os fatos fica exposto na sua interpretação.

Não acho o melhor filme do gênero, mas o conjunto bem eficaz de roteiro, direção e atuação, o fizeram ficar acima da média. Vale a pena assistir.

Transcendence: A Revolução (Transcendence) - 2014

07/01/2015
Nota: 5.0 / 6.3 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Wally Pfister
Roteiro: Jack Paglen
Elenco: Johnny Depp (Dr. Will Caster), Morgan Freeman (Joseph Tagger), Rebecca Hall (Evelyn Caster), Kate Mara (Bree), Cillian Murphy (Donald Buchanan), Cole Hauser (Coronel Stevens), Paul Bettany (Max Waters), Clifton Collins, Jr. (Martin), Cory Hardrict (Joel Edmund)

Críticas:
Transcendence - A Revolução é a prova que nem sempre uma boa ideia, com bons atores e uma boa equipe por traz, fazem um excelente filme. A ideia é fazer upload da consciência de um cientista para um supercomputador, se isso fosse possível, quais os benefícios poderíamos ter? Para o papel principal, do cientista, temos Johnny Depp, e a produção ficou a cargo de Christopher Nolan. O diretor é novato, mas é nada menos que Wally Pfister, fotógrafo dos últimos longas-metragens dirigidos por Nolan.

Tem como dar errado? Tem sim!

O filme conta a história de Will Caster, um neurocientista especialista em inteligência artificial. Seu projeto é transferir a consciência de um ser humano para um computador. Tudo vai bem até sofrer um atentado, e para salvar-se, resolve ser cobaia do próprio projeto. Seu corpo é assassinado, mas sua mente está salva. Sua esposa Evelyn, que também é neurocientista e faz parte de sua equipe, passa a se comunicar com o computador e consciência de seu marido, acreditando fielmente que tudo está normal. 


A consciência de Will tem acesso à internet e todos os dados e informações da humanidade, com isso começa um plano para uma sociedade perfeita, assim resolve construir um laboratório gigantesco, numa cidade pouco populosa. Max, um amigo e colega de projeto não acredita fielmente na I.A., e tenta alertar Evelyn de que aquela consciência não é mais Will e sim apenas um computador com todas as informações de sua consciência e da internet. Mas Evelyn prefere não acreditar nisso e continua seguindo os planos de "Will". A partir desse momento o roteiro se perde, e se transforma num O Homem Sem Sombra (Hollow Man) - 2000. O grande cientista vira o vilão, matando todos que vão contra sua ideia. 

As atuações são padrões, até porque a maioria dos atores não tem como demostrarem suas habilidades. Depp passa boa parte da projeção apenas como a voz do computador. Freeman aparece em poucas cenas. Somente Rebecca Hall tem uma participação mais efetiva, mas seu personagem não te exige quase nada. Cillian Murphy e Paul Bettany também não acrescentam muita coisa.


Ainda assim há críticas relevantes no roteiro, como o uso da tecnologia para comunicação com mensagens de texto e a dependência que estamos criando das facilidades tecnológicas.

Uma ficção científica que tinha uma premissa excelente, mas o desenvolvimento do roteiro foi para o caminho errado e praticamente não aproveitando seus atores. Há outros filmes do gênero bem melhor como: A Origem (Inception) - 2010 e Minority Report - A Nova Lei (Minority Report) - 2002.

Transformers: A Era da Extinção (Age of Extinction) - 2014

06/01/2015
Nota: 6.0 / 5.9 (IMDB)
Formato: HD 3D

Direção: Michael Bay
Elenco: Mark Wahlberg (Cade Yeager), Stanley Tucci (Joshua Joyce), Kelsey Grammer (Harold Attinger), Nicola Peltz (Tessa Yeager), Jack Reynor (Shane Dyson), Titus Welliver (James Savoy), Sophia Myles (Darcy Tirrel), Li Bingbing (Su Yueming), T.J. Miller (Lucas Flannery), Thomas Lennon (Chefe de Gabinete), Charles Parnell (Diretor da CIA), Peter Cullen (Optimus Prime - voz), Ken Watanabe (Drift - voz), Robert Foxworth (Ratchet - voz), Mark Ryan (Lockdown - voz)

Crítica:
Como podem fazer quatro filmes de uma mesma franquia, sendo que todos eles são criticados negativamente por todos? É simples, por mais que não gostem, todos assistem. E porque assistir um filme que você sabe que não gosta? Simples também, porque na verdade nós gostamos. E se fizerem dez, vinte filmes, vamos assistir todos. A franquia Transformers é o mais puro entretenimento cinematográfico. Quando vamos ao cinema, queremos diversão, principalmente, e essa franquia nos dá isso de forma satisfatória. Não precisamos de uma história boa, nem grandes atuações. Queremos ver o “pau quebrando”, aqueles robôs transformando e lutando entre si.

Transformers: A Era da Extinção é o quarto filme da franquia, e nada acrescenta, mudam-se os atores, mas a essência continua sendo a ação sem explicação. A história começa 5 anos depois do terceiro filme: Transformers: O Lado Oculto da Lua (Transformers: Dark of The Moon) - 2011. Um inventor de robótica fracassado acaba por achar uma “Scania” velha dentro do um cinema abandonado. A “Scania” é nada mais que Optmus Prime. O que ele estava fazendo lá? Não importa, importante é que acharam ele e a ação vai começar.


A partir disso veremos um filme de ação, cheio de clichês e vários furos no roteiro. Mais uma vez os Autobots vencem a batalha, os humanos ficam contra eles e tudo ficar aberto para um próximo filme.

Chega ser engraçado o introdução dos Dinobots na história, explicações ridículas, ou melhor, sem explicações.

Quem for assistir, tenha tudo isso em mente que irá gostar do filme, mas de qualquer forma temos alguns outros bons filmes do mesmo estilo que nos proporciona uma história melhor, como: Círculo de Fogo (Pacific Rim) - 2013 e Gigantes de Aço (Real Steel) - 2011.