domingo, 14 de setembro de 2014

O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) - 2013

27/05/2014
Nota: 8.0 / 8.4 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter
Elenco: Leonardo DiCaprio (Jordan Belfort), Jonah Hill (Donnie Azoff (baseado em Danny Porush), Margot Robbie (Naomi Lapaglia), Matthew McConaughey (Mark Hanna), Kyle Chandler (Patrick Denham), Rob Reiner (Max Belfort), Jon Bernthal as Brad Bodnick), Jon Favreau (Manny Riskin), Jean Dujardin (Jean-Jacques Saurel), Cristin Milioti as Teresa Petrillo), Christine Ebersole (Leah Belfort), Shea Whigham (Capitão Ted Beecham), Jake Hoffman (Steve Madden), Katarina Cas (Chantalle Bodnick), P. J. Byrne (Nicky "Rugrat" Koskoff), Kenneth Choi (Chester Ming), Joanna Lumley (Tia Emma), Spike Jonze (Dwayne), Brian Sacca (Robbie Feinberg), Ethan Suplee (Toby Welch), Martin Klebba (Frank Berry), Madison McKinley (Heidi)

Crítica:
O filme conta a história verídica de Jordan Belfort, um ex-corretor de ações de uma empresa de Wall Street, chegou a fazer milhões, mas caiu em um ciclo de fraudes e acabou preso.

Em 1987, Jordan Belfort consegue estabelecer-se como corretor de ações de uma grande empresa. Nela tem suas primeiras experiências com o mundo das ações, mas a empresa quebra no dia da famosa segunda-feira negra, 19 de outubro de 1987, quando aconteceu queda de mais de 22.61% das ações da Bolsa de Valores de Nova Iorque.


Com essa experiência, Belfort passa por uma corretora pequena, lá conhece Donnie Azoff, com quem faz amizade e começa a ganhar seus primeiros milhões de dólares. Percebendo seu potencial, Belfort chama Azoff para montarem sua própria corretora, e assim o fazem. Seu estilo de venda agressivo faz a Stratton Oakmont uma empresa de bilhões, crescendo cada dia mais.

Seus discursos e festas para os funcionários são inflamados e convincentes a ponto de todos realizarem tudo o que for preciso para o trabalho. As festas eram regadas à bebidas, drogas e sexo. Tudo bem extravagante, sexo explícito e até dentro do elevador da empresa.

É incrível como o dinheiro faz as pessoas perderem noção de todas as regras sociais e valores das coisas.
Tudo isso faz Belfort acabar com o primeiro casamento. Casa-se novamente com Naomi LaPaglia, com quem tem um filha. Mas nem isso o faz parar com as orgias e excesso nas drogas.

As coisas começam a ficar ruins quando o FBI começa a investigar Belfort e sua empresa, onde o agente Patrick Denham fica como responsável pelas investigações. Para assegurar seu patrimônio, Belfort abre uma conta bancária na Suíça.


Após dois anos de investigação, Denham prende Belfort durante as filmagens de um comercial. Belfort concorda em usar um fio para reunir provas contra os seus colegas. Mas Denham descobre que Belfort tentou alertar Azoff durante a conversa com bilhete. Agora Belfort resolve dizer tudo ao FBI, levando a mais de 20 prisões dentro da própria Stratton.

Belfort é condenado a três anos de prisão. No fim, ele aparece ensinando técnicas de vendas em palestras na Nova Zelândia.


Por se tratar de acontecimentos verídicos, o filme ganha uma proporção maior para o espectador, ainda mais que os fatos apresentados são extremamente fora da realidade do cotidiano social. Ainda mais que, em minhas pesquisas, descobri que Scorsese amenizou algumas passagens, que coisas piores aconteceram, mas não teve coragem que colocar no filme.

Leonardo DiCaprio atuou, mais uma vez, com excelência. Conseguimos ver em suas expressões a ganância de Belfort. Na cena em tomam uma droga vencida, demonstra todo o seu potencial para atuação. O restando do elenco completa bem o filme, com destaque maior para Jonah Hill, que fez Donnie Azoff.

Reparei algumas pessoas reclamando do tamanho do filme e de cenas desnecessárias, mas acredito que uma história verídica tem que ter todos os fatos importantes para se ter uma biografia completa e verdadeira. Acredito que poderiam cortar alguma cena, mas se tivesse algum fato mais importante para colocar. A história nos prende do início ao fim, nem percebi o tempo que fiquei assistindo.

Entrou para top 5 de DiCaprio e Scorsese, vale a pena assistir.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) - 2013


21/04/2014
Nota: 8.0 / 8.0 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Craig Borten, Melisa Wallack
Elenco: Matthew McConaughey (Ron Woodroof), Jared Leto (Rayon), Jennifer Garner (Dr. Eve Saks), Dallar Roberts (David Wayne), Lawrence Turner (Larry), Joji Yoshida (Dr. Hiroshi), Jane McNeill (Francine Suskind)

Crítica:
Clube de Compras Dallas conta a história verídica de Ron Woodroof, interpretado por Matthew McConaughey  um eletricista de sociedade tradicional no Texas, que descobre estar com AIDS. Tudo acontece no ano de 1986, quando o HIV ainda era um doença nova e desconhecida. Quando diagnosticado, Ron tenta tratamento em sua cidade, mas não consegue, assim ele começa a pesquisar meios alternativos para combater a doença, o que o leva ao Dr. Vass, um médico americano que, depois de perder sua licença, vai para o norte do México atuar clandestinamente. Vass desenvolve um coquetel que atua no organismo doente melhor que o AZT, pois os efeitos colaterais são mínimos. Assim Ron resolve juntar o útil ao agradável, montar uma mercado clandestino do coquetel, fornecendo aos aidéticos os medicamentos mediante uma fidelização.  Com a ajuda do transexual Rayon, que ficou amigo durante suas internações, eles criam o Clube de Compras Dallas, em que os associados pagam uma taxa de US$ 400 mensais para se tratarem por conta própria.


O filme  também nos apresenta o funcionamento da rede farmacêutica e laboratorial dos EUA, pois na prática o coquetel é comprovadamente mais eficaz que o AZT, mas com não é liberado pelo "Ministério da Saúde" não pode ser comercializado, e os doentes continuam morrendo. Por isso, Ron passa a ser perseguido por agentes federais e conta com a ajuda limitada de uma médica, que realizou seu tratamento no início da sua doença.


Nesse contexto o filme conta a história particular de  Ron Woodroof com todo o pano de fundo do início da descoberta da AIDS.

O valor histórico do filme faz com que alcance um patamar acima de outras produções, pois nem todos sabemos os detalhes dessa época. Os preconceitos eram exagerados, até mesmo Ron, como é mostrado, era homofóbico.


Além do valor histórico, o filme é muito valorizado pela atuação dos atores, Matthew McConaughey e Jared Leto estão muito bem. McConaughey  está tão magro que é difícil reconhecê-lo. Sua atuação nos permite ter a noção do quanto Ron foi determinado sobreviver e usou tudo ao seu alcance para isso, legal ou ilegalmente, moral ou imoral. Leto que faz o tranxessual, tem atuação perfeita, a retratação do seu sofrimento  é muito natural.

Acredito que pela história e pelas atuações vale a pena conferir.