terça-feira, 7 de julho de 2015

A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars) - 2014

24/01/2015
Nota: 7.0 / 8.0 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Josh Boone
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber
Elenco: Shailene Woodley (Hazel Grace Lancaster), Lily Kenna (jovem Hazel Grace Lancaster), Ansel Elgort (Augustus Waters), Nat Wolff (Isaac), Laura Dern (Frannie Lancaster), Sam Trammell (Michael Lancaster), Willem Dafoe (Peter van Houten), Lotte Verbeek (Lidewij Vliegenthart), Mike Birbiglia (Patrick)

Crítica:
Romances adolescentes estão em alta na mídia escrita, vários livros vêm sendo lançados, autores como John Green escrevem quase um livro por ano. Para isso, os autores tem uma fórmula bem conhecida de todos, muda-se o contexto, mas o padrão de escrita é o mesmo. Essa crítica é combatida pelo gosto do público, sabemos dessa fórmula e gostamos assim mesmo, queremos ela. Claro que inovações são sempre bem vindas e é preciso.

Se um livro vende bem, Hollywood está atenta a todos eles, pois se faz milhares de dólares, o filme fará milhões ou bilhões. E assim aconteceu com o romance “A Culpa é das Estrelas”, apesar de ser uma história com todos os clichês e a mesma fórmula de sempre, como dito, o livro atingiu o número 1 na lista de best-sellers da Amazon.com e Barnes & Noble em junho de 2012.


É sempre difícil transpor uma história da mídia literária para o cinema, cada um tem sua imaginação dos personagens, e conseguir atender as expectativas dos fãs é sempre complicado. Mas o filme A Culpa é das Estrelas começou muito bem quando os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber foram contratados, basta assistir 500 Dias com Ela (500 Days of Summer) - 2009 para descobrir que a escolha foi acertada.

No enredo acompanhamos uma adolescente de 17 anos que sofre de câncer em estado avançado. Hazel Grace está naquela fase de que desistiu da vida, nada mais a motiva, até conhecer Augustus Waters nos encontros de pessoas com câncer. Waters é um garoto de 18 anos que além câncer tem parte da perna direita amputada, mas sua doença está regredindo com o tratamento, com isso percebemos que as fases um do outro são bem diferentes. O garoto possuindo ótimo senso de humor e uma incrível vontade de viver, diferentemente de Grace, mas essas diferenças começam a fortalecer os dois.

Dentre outras coisas, Waters percebe que Grace tem grande admiração pelo livro fictício “Aflição Imperial”, que conta a história de uma menina com câncer e que termina sem ter um final. Assim, Augustus consegue entrar em contato com o autor do livro, que mora em Amsterdã, e consegue que ele receba a visita dos dois para um bate papo sobre os porquês do livro não ter fim. Tudo vai bem até descobrirem que o autor é um tremendo babaca, contrariando todas as expectativas de Grace, que gostaria de saber se seu fim será como o da personagem do livro.


Toda a história vai surpreendentemente bem até o terceiro ato, apesar da reviravolta ser interessante, os clichês e dramatizações para levar o espectador ao choro são os mesmos de outros filmes do gênero, tornando-o previsível.

Mas não podemos analisar um filme somente pelo seu final, pois temos um roteiro bem estruturado, atuações convincentes, e uma história que nos faz repensar nossas vidas.

Doenças é uma das poucas coisas que nos tornam iguais na sociedade atual. Não importa se você é rico ou pobre, sua cor, sua nacionalidade, elas estão aí para todos. Nesse momento temos que valorizar a vida, pois todos nós temos problemas, e o meu problema não é maior e nem menor que o seu, o importante é ter saúde e ser feliz com o que conquistamos todos os dias. Para mim esse é a principal mensagem do filme e por isso vale a pena assisti-lo.