domingo, 31 de maio de 2015

No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow) - 2014

06/01/2015
Nota: 8.5 / 8.0 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Doug Liman
Elenco: Tom Cruise (Major William Cage), Emily Blunt (Sergeant Rita Vrataski), Bill Paxton (Master Sergeant Farell), Brendan Gleeson (General Brigham), Kick Gurry (Griff), Dragomir Mrsic (Kuntz), Charlotte Riley (Nance), Jonas Armstrong (Skinner), Franz Drameh (Ford), Masayoshi Haneda (Takeda), Tony Way (Kimmel), Noah Taylor (Dr. Carter)

Crítica:
No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow) - 2014 é uma adaptação baseada em “All You Need Is Kill”, obra literária de Hiroshi Sakurazaka. Logicamente a história foi adaptada para os padrões hollywoodianos. Dentro da história há um tema muito que intriga muitas pessoas: viagem no tempo, ou algo semelhante. Todos os filmes com esse tema acabam por chamar mais atenção.

Em um cenário futurista, o planeta Terra é invadido por alienígenas, nomeados de mímicos. A guerra entre as duas espécies já dura anos, a próxima batalha vem sendo trabalhada para ser uma das maiores, algo semelhante ao dia D, e às primeiras cenas da invasão da Normandia em O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan) - 1998.

Major William Cage trabalha como secretário de imprensa para o exército estadunidense. Nessa guerra contra alienígenas, ele é responsável pelo marketing do exército norte-americano, participando de entrevistas com intuito de passar uma imagem vitoriosa dos militares. Mas quando é escalado para cobrir o "dia D", resolve enfrentar o general britânico responsável pela operação, pois sabia que seria um massacre. Como represália é enviado à força para a batalha, mas não para cobrir a ação, e sim, para combater os mímicos. Sem treinamento e coragem, ele se vê em meio a um massacre, quando quase que sem querer consegue matar um dos aliens, que o cobre com uma gosma azul. Mas no momento seguinte é morto por outro mímico.


Sem muitas explicações, acorda no início do mesmo dia, horas antes de embarcar para a invasão. Sem entender muito, vê tudo acontecendo novamente, até sua segunda morte. Quando acorda na mesma situação, descobre que agora possui o estranho "poder" que lhe permite retornar ao início do dia que irá embarcar para a batalha toda vez que morre.

Sem muitas opções, Cage procura formas de entender o que está acontecendo, e percebe que se ele não vencer aquela batalha continuará voltando. No seu dia a dia do mesmo dia, acaba chegando em Rita, um soldado de destaque da batalha anterior. Rita se destacou por ter o mesmo "dom" de Cage, e logo descobre que seu poder veio de um mímico especial, o Alpha. Assim, os dois se juntam para conseguir chagar ao mímico "Mãe", o Ômega, que destruído colocará fim à guerra.

Rita começa treinando Cage, que vai se tornando mais habilidoso e sua confiança aumenta a cada morte, à medida que também chega mais perto de descobrir como derrotar os mímicos de vez. Aos poucos as regras da viagem no tempo são evidenciadas, como a forma de perder o poder fazendo uma transfusão de sangue. Algumas das regras são bem semelhantes ao bom e engraçado Feitiço do Tempo (Groundhog Day) - 1993.


A aventura se desenrola até Cage chegar ao Ômega, e é a cena final que nos deixa um pouco intrigados. Alguns acham que é uma falha do roteiro, outros buscam explicações que estão além do filme. Mas há uma explicação razoável com a próprias regras apresentadas durante a história.

[SPOILERS] Ao matar o Ômega, Cage absorve não o poder dele, que é superior ao do alpha. O poder do Ômega é reiniciar os Alfas, assim Cage reiniciava o dia sempre que morria, pois agora tinha o poder igual aos dos Alfas. No final ele consegue o poder do Ômega, é o sangue do Ômega que cobre Cage, o Alfa estava "congelado". Com o poder do Ômega ele não está mais preso no loop, agora ele controla o poder temporal, podendo voltar no dia em que quiser e reinicia-lo sem morrer, Cage comando o poder dos Alfas. 

Outra explicação é que o Ômega é o mesmo no passado e no futuro. Sendo o mesmo Ômega, matando o Ômega do futuro, o Ômega do passado não poderia existir, portanto, os aliens não tem mais como saber o que os humanos vão fazer, e vencem a guerra. [SPOILERS]


Tom Cruise ainda é um dos atores mais completos do cinema, apesar de nos últimos anos aparecer mais pelas suas excentricidades, nesse filme mostra que ainda está em forma. A atuação de Emily Blunt como Rita, par romântico de Cage, traz uma boa personagem para o espectador se apagar, sua participação é tão boa que consegue dividir a história com o ator principal, em alguns momentos se torando a atriz principal deixando Cruise em segundo plano.

Toda computação gráfica utilizada nos efeitos especiais estão perfeitas, mas não tem como não fazer comparações entre os mímicos e as sentinelas da Trilogia Matrix, o que não atrapalha em nada.
Gostei demais dessa ficção, que não tem nada de original, mas é divertida e o final nos deixa pensando em explicações convincentes para a situação apresentada, e essa é a melhor parte para mim.