terça-feira, 18 de setembro de 2012

Deus da Carnificina (Carnage) - 2011


16/09/2012 - 70
Nota: 6.0 / 7.2 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Yasmina Reza
Elenco: Kate Winslet, Christoph Waltz, Jodie Foster, John C. Reilly

Crítica:
Filme escrito e dirigido por Roman Polanski, baseado na peça teatral "God of Carnage", da dramaturga francesa Yasmina Reza. Conta a histórias de dois casais que resolvem se encontrar para discutir sobre o desentendimento e briga entre seus filhos, de aproximadamente 11 anos de idade.
A premissa do filme é muito boa, pois nesse assunto é possível aprofundar bastante, há muita polêmica e normalmente os pais tem opiniões divergentes, principalmente quando se trata de seu próprio filho. É difícil separar o amor num momento desses. Por isso, fiquei curioso para saber em qual lado a história puxaria a discussão. Mas é aí que em minha opinião o roteiro pecou. Ele se aproveita de um fato isolado para fazer críticas à sociedade como um todo, o tema principal é praticamente deixado de lado após os primeiros quinze minutos de projeção. Passando assim, a criticar os relacionamentos dos casais de hoje; a tecnologia, com o uso indiscriminado do celular; o capitalismo, em que o trabalho está sempre acima de qualquer coisa; entre outras. Isso tudo tentando fazer um pouco de comédia, muitas vezes exagerada, tornado as cenas chatas e irreais.
Tinha tudo para ser uma história e discussão muito bacana, mas acabou descambando para outros lados e ainda tirando a seriedade dos assuntos. Não chegou nem a ser bom, um regular para esse filme está ótimo. Minha expectativa era outra.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sucker Punch - Mundo Surreal (Sucker Punch) - 2010


09/09/2012 - 69
Nota: 7.0 / 6.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Carla Gugino, Oscar Isaac, Jon Hamm, Scott Glenn, Gerard Plunkett

Crítica:
Na quarta superprodução de Zack Snyder pudemos ver seu desempenho em um filme com roteiro original, que ele mesmo escreveu. Todos os outros filmes: 300, Watchmen e Legend of the Guardians - The Owls of Ga'Hoole, foram baseados ou adaptados.
Um drama visualmente com referências aos mangás e aos games. A história começa em funeral, onde se vê Babydoll acompanhando o enterro de sua mãe, com seu padrasto ao fundo com um sorriso no rosto. Em casa, o padrasto demonstra suas intenções sobre a herança e o que pretende fazer com Babydoll e sua irmã, mas um acidente acaba por ajudá-lo e seus planos mudam e Babydoll vai para em um hospício.
Babydoll passará por uma lobotomia, mas antes disso ela precisa encontrar um jeito de fugir, assim, ela se vira para sua mente e em fantasias surreais passa a enxergar o hospício como um bordel e suas apresentações (dança sensual) passam a ser missões militares ao redor de guerra fictícias: samurais, primeira guerra mundial, robôs, orks, são alguns de seus adversários nas batalhas.
É preciso fazer um esforço para gostar do filme, principalmente pelo visual fetichista e da forma ficcional com que o filme trata assuntos sérios. Lobotomia era uma cirurgia cerebral muito utilizada na época para curar esquizofrenia. Hoje não é mais utilizada devido aos efeitos colaterais, que tornava a pessoa incapaz o resto da vida.
Numa analogia, o filme lembra muito a história por trás de outro filme, Ilha do Medo. Mas como foram usados temas exagerados da ficção para contar a história. Muitas pessoas não gostaram principalmente os críticos. Acredito que quem gosta de Ilha do Medo, deve gostar de Sucker Punch. A essência é a mesma.
Há alguns fatores que levam o enfraquecimento da história. As cenas das batalhas são essencialmente demonstração de ação, computação gráfica e técnicas de filmagem. Se forem retiradas não interfere em nada, mas visualmente são impecáveis.
O destaque nas atuações vai para Oscar Isaac, que faz o cafetão do bordel e o médico chefe do manicômio.
Realmente gostei do filme, esperava coisa pior, pelas críticas negativas, mas consegui entrar no filme e entender a mensagem.