segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Thor - O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World) - 2013

04/02/2015
Nota: 7.0 / 7.2 (IMDB)
Formato: HD 3D

Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus, Stephen McFeely, Don Payne, Robert Rodat
Elenco: Chris Hemsworth (Thor Odinson), Natalie Portman (Jane Foster), Tom Hiddleston (Loki Laufeyson / Loki), Anthony Hopkins (Odin), Christopher Eccleston (Malekith), Idris Elba (Heimdall), Kyle Jacobs (Bastyan), Kat Dennings (Darcy Lewis), Jonathan Howard (Ian Boothby), Stellan Skarsgård (Dr. Erik Selvig), Ray Stevenson (Volstagg), Clive Russell (Tyr Odinson), Zachary Levi (Fandral), Jaimie Alexander (Sif), Tadanobu Asano (Hogun), Alice Krige (Eir), Adewale Akinnuoye-Agbaje (Kurse, o Elfo Negro / Algrim, o Forte), Richard Brake (Capitão dos Einherjar), Rene Russo (Frigga), Chris Evans (Steve Rogers / Capitão América), Chris O'Dowd (Richard)


Crítica:
O que a Marvel Studios vem fazendo para o cinema é algo invejável, por isso agradeçam por estarem acompanhando essa fase histórica de Hollywood. Num futuro próxima, essa fase terá um título com os quadrinhos: fase de prata, fase de ouro etc. E não existe nada de especial, o estúdio está apenas traspondo os quadrinhos para nossa realidade, sem perder a essência de aventura e diversão das HQs.

No segundo filme do Thor, a aventura pouco fica na Terra, mostrando mais de Asgard e outros reinos ao seu redor. Isso demonstra o quanto estão procurando respeitar as histórias em quadrinho, por isso o resultado é bem melhor que o primeiro Thor - 2011. O drama e ação estão bem mais concisos, deixando mais claro a representatividade dos asgardianos e os terráqueos.


A trama começa depois de os eventos de Os Vingadores (The Avengers) - 2012, Loki se encontra preso em Asgard. Tudo parece bem, Asgard se prepara para coroar um novo rei, enquanto uma última batalha é realizada para trazer paz aos Os Nove Reinos. Até que uma nova ameaça surge, Malekth, o rei dos Elfos Negro, antiga raça que foi derrotada por Asgard, nos tempos em que Bor, avô de Thor, era o rei.

Na Terra Jane, que não vê Thor desde os eventos do primeiro filme, encontra uma fábrica abandonada onde as leis da física ficam irregulares em alguns pontos. Jane acaba sugada por um portal e é levada para o local onde um objeto chamado Éter foi guardado por milhares de anos por Bor. Esse objeto entra corpo de Jane e lhe poderes mais forte que um ser humano comum.


Heimdall conta a Thor que Jane sumiu da Terra, assim, faz uma busca por ela, quando a encontra, percebe ela está com uma força incomum, ele decide levá-la para Asgard. Odin revela que a situação de Jane faz parte de uma antiga profecia, que os Nove Reinos serão alinhados, e desse alinhamento portais serão abertos, como na fábrica.

Malekith e seu exército, vão em busca do Éter, atacam Asgard e matam a mãe do Thor. Odin ordena que seu filho permaneça em Asgard para proteger o reino. Mas após o funeral de sua mãe, Thor decide levar Jane para longe de Asgard para que Malekith não ataque o reino novamente.


Numa inesperada situação, Thor convence Loki ajudá-lo, oferecendo-o uma chance de vingar a morte de sua mãe adotiva. Os dois fogem com Jane em uma das naves dos Elfos e chegam ao mundo sombrio e encontram Malekith e Algrim. No confronto Loki apunhala Thor e entrega Jane a Malekith, mas tudo fazia parte do plano de Thor, para enganar Malekith e impedi-lo de se apoderar do Éter. Loki e Algrim se enfrentam, o segundo consegue acertar o primeiro, mas antes de morrer, Loki consegui explodir Algrim com um granada. Malekith acaba conseguindo, se apoderar do Éter. Thor e Jane conseguem fugir e vão à Terra através de um portal de outro portal.

Coincidentemente é em Londres que os nove planetas vão se convergir, e é para lá que Malekith vai, pois pretende usar o poder do Éter para destruir o Universo e fazê-lo voltar a ser pura escuridão. Thor e Malekith se enfrentam, enquanto Jane e seus amigos tentam fechar os portais com seus equipamentos científicos. Por fim, conseguem enviar Malekith ao portal do mundo sombrio, que aparentemente morre ao ser esmagado pela própria nave.

Em Asgard, Thor aparece conversando com seu pai Odin, recusa ser rei, dizendo que prefere continuar ajudando o reina nas batalhas que poderão surgir, mas não era Odin e sim, Loki utilizando seus poderes para enganar Thor e se apoderou do trono.


Como todo filme da Marvel o roteiro não é o forte, mas a diversão e os efeitos especiais são privilegiados. Thor: Mundo Sombrio segue a mesma fórmula, o roteiro é justamente o ponto fraco do filme, trazendo algumas coincidências absurdas, principalmente as que envolvem Jane, magicamente tudo acontece com ela, só para ser inserida na história.

Nesse não temos um vilão com os mesmos poderes do herói, mas suas motivações para fazer o mal não são estruturadas, a ideia é muito grande, devolver a escuridão ao universo, Porquê? Para quê? Se é algo tão grande assim, os Vingadores deveriam ser envolvidos.

Mas como disse nada disse prejudica a diversão, e quem sabe o próximo será melhor que esse segundo. Potencial tem.

Os Suspeitos (Prisoners) - 2013

04/02/2015
Nota: 7.5 / 8.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Aaron Guzikowski
Elenco: Hugh Jackman (Keller Dover), Jake Gyllenhaal (Detetive Loki), Viola Davis (Nancy Birch), Maria Bello (Grace Dover), Terrence Howard (Franklin Birch), Melissa Leo (Holly Jones), Paul Dano (Alex Jones), Dylan Minnette (Ralph Dover), Zoe Borde (Eliza Birch), Erin Gerasimovich (Anna Dover), Kyla Drew Simmons (Joy Birch), Wayne Duvall (Capitão Richard O'Malley), Len Cariou (Padre Patrick Dunn), David Dastmalchian (Bob Taylor), Jeff Pope (Elliot Milland)

Crítica:
Thriller investigativo é muito abordado em filmes, temos alguns bons exemplos como: O Silêncio dos Inocentes (The Silence Of The Lambs) -1991, Se7en - Os Sete Crimes Capitais (Seven) - 1995 e Zodíaco (Zodiac) - 2007. Os Suspeitos (Prisoners) - 2013 segue exatamente esse estilo, e não deixa nada a desejar para os citados.

Na trama acompanhamos Keller Dove, pai de uma família comum dos EUA, que tem boa amizade com a vizinhança, principalmente com a família de Franklin Birch. Em um dos encontros festivos das duas famílias, uma tragédia acontece, as filhas de seis anos das duas famílias desaparecem misteriosamente. Dove e Birch tentam encontra-las de qualquer maneira, enquanto a polícia está a caminho. O jovem detetive Loki é encarregado de investigar o desaparecimento, sem nenhuma pista, ele precisará buscar alguma dica que leva ao sequestrador e enfrentar o desespero e ansiedades de Dove.


Sabendo que a vida de sua filha está em perigo, Dover decide fazer sua própria investigação, no entanto suas emoções influenciarão na busca por suspeitos. O primeiro suspeito preso, Alex Jones, é pego dirigindo um trailer em frente à casa onde aconteceu o sequestro. Mas por falta de provas é solto. 

O desaparecimento vai tomando rumos perturbadores, principalmente pela investigação pessoal de Dove, enlouquecido na ânsia por trazer sua filha de volta ao lar, mesmo sendo um homem religioso, e seguidor da palavra de Deus, ele sequestra Jones, para arrancar uma confissão, e para isso usa a tortura com método. Além disso, vai à casa onde Jones mora com sua tia, Holly Jones, para interrogá-la, mas ainda assim, apesar de ser o principal suspeito, Dove não tem provas reais de Jones é o sequestrador, nessa altura, possível assassino.


Nessas cenas é que o roteiro nos coloca em conflito com a trama, Dove fica cada vez mais transtornado, e ao mesmo tempo "cego" para realizar uma investigação com parcialidade. A pergunta que nos vem à cabeça é: Até onde vamos para salvar nossos filhos? Esse dilema é bem exposto quando Dove mostra a Birch o que estava fazendo e pede ajuda para continuar. Dove sem nenhum receio e Birch procurando respeitar o senso comum e a moral.

Enquanto isso o detetive Loki se divide entre coletar provas concretas e vigiar Dove, para que não cometa nenhuma loucura.

São quase duas horas e meia bem intensas, o desenvolvimento dos personagens é bem valorizado, com Jackman e Gyllenhaal realizando um excelente trabalho. As mães das desaparecidas tem papeis secundários, tanto Viola Davis quanto Melissa Leo são pouco exigidas, mas quando aparecem não desapontam.


O roteiro respeita nossa inteligência, nenhuma pista é jogada para nos enganar, são concretas e vamos descobrindo o mistério juntamente com os personagens.

Mas é a frase final da esposa de Dover, Grace, que resume bem qual era a mensagem do filme: "Meu marido fez tudo o que era necessário. Graças a Deus. Ele é um homem bom”. Nesse momento Loki não emite um som se quer. O silêncio dele nos faz refletir, sobre as interpretações que os homens fazem em nome de Deus, muitas vezes transformando a mentira em verdade, para construírem a sua própria opinião do que é certo e do que é errado. E pior, alguns ainda tentam nos convencer de sua verdade mentirosa.

Sem Limites (Limitless) - 2011


03/02/2015
Nota: 7.0 / 7.4 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Neil Burger
Elenco: Bradley Cooper (Eddie Morra), Robert De Niro (Carl Van Loon), Abbie Cornish (Lindy), Anna Friel (Melissa), Jennifer Butler (Mulher dos negócios), Johnny Whitworth (Vernon Gant), Robert John Burke (Pierce), Tomas Arana (Tan Coat), T.V. Carpio (Valerie), Patricia Kalember (Sra. Atwood)

Crítica:
Depois de assistir Lucy - 2014 e ler algumas críticas, descobri que não havia assistido Sem Limites. Os dois filmes compartilham a mesma premissa: o ser humano atingir a utilização além da capacidade do cérebro.

Com expus na crítica de Lucy - 2014, o mito dos 10% do cérebro foi desmistificada há anos, mas ainda continua valendo para as ficções Hollywoodianas.

Eddie Morra é um escritor que está naquelas fases de pouca inspiração, mora num apartamento imundo em Chinatown, além de não ter dinheiro para nada, também perde sua namorada. Mas sua vida está prestes a ter uma reviravolta quando, por acaso, encontra seu ex-cunhado, que lhe oferece a solução para os seus problemas, uma droga em fase de testes chamada NZT. Essa droga oferece ao seu usuário acesso total ao cérebro, inteligência infinita.


Como sua vida estava um lixo, Eddie não pensa duas vezes, e acaba experimentando a novidade. Quando o NZT começa a fazer efeito, ele muda completamente. Logo percebe que consegue acessar detalhes de lembranças guardadas em seu cérebro. Em questão de minutos ele sabe tudo sobre direito, mercado financeiro, e começa a ganhar bastante dinheiro. O livro que escrevia sem inspiração sai do zero e em questão de horas está praticamente pronto.  Ao ouvir novos idiomas passa a ficar fluente na língua.

Quando vai atrás de Vernon à procura de mais NZT, encontra-o morto em seu apartamento. Então Eddie procura por mais droga, acha um pacote da droga e dinheiro.


Com mais NZT Eddie consegue um novo emprego na empresa de um influente homem de negócios, Carl Van Loon. Além disso volta com sua namorada Lindy. Ele enriquece rapidamente, mas logo vem as consequências do poder, fama e os efeitos colaterais da droga, pode matá-lo caso corte o consumo rapidamente. Além disso, Eddie passa a ser perseguido por um agiota, que lhe emprestou dinheiro para conseguir o capital inicial para ascensão no mundo dos negócios e para suas jogatinas.
Esse é o contexto geral da história, agora Eddie tem que lidar com todas consequências que uma droga traz, mesmo essa que tem um benéfico surreal.

Um dos acertos do roteiro e direção, foram os elementos gráficos desenvolvidos, ao tomar a pílula com droga a imagem passa de uma tonalidade azul fria, para um vermelho quente. Além disso, toda a história é bem construída e as atuações são boas o bastante para não comprometer o filme.


A diferença básica entre esse filme e Lucy - 2014, é que esse é uma ficção com os pés no chão, trazendo para o espectador uma ficção possível no futuro, Lucy - 2014 é completamente fora da nossa realidade, isso não quer dizer que é ruim, é apenas uma distinção das duas histórias.

Sem Limites é um filme acima da média, só de nos fazer pensar nas possibilidades de ter esse "poder", inteligência infinita, torna-o merecedor de ser assistido.

Ninfomaníaca: Volume 2 (Nymphomaniac: Vol. 2) - 2013

03/02/2015
Nota: 7.0 / 6.7 (IMDB)
Formato: HD

DireçãoLars von Trier
RoteiroLars von Trier
ElencoCharlotte Gainsbourg (Joe 35-50), Stacy Martin (young Joe 15-31), Stellan Skarsgård (Seligman), Shia LaBeouf (Jerôme Morris), Christian Slater (Joe's father),Jamie Bell (K), Uma Thurman (Mrs. H), Willem Dafoe (L), Mia Goth (P), Sophie Kennedy Clark (B), Connie Nielsen (Katherine (Joe's mother)), Michaël Pas (Older Jerôme), Jean-Marc Barr (the Debtor Gentleman), Udo Kier (The Waiter), Shanti Roney (Tobias (Interpreter)), Laura Christensen (Babysitter), Caroline Goodall (Psychologist), Kate Ashfield (Therapist), Tania Carlin (Renée), Daniela Lebang (Brunelda), Omar Shargawi (Thug 1), Marcus Jakovljevic (Thug 2), Severin von Hoensbroech (Debtor in greenhouse)


Crítica:

Parte 2


Depois de assistir a primeira parte, entendemos o porquê de Lars von Trier separar seu filme em duas partes. Foi apenas para conseguir contar toda a história que queria, sem ser cansativo, pois os dois filmes juntos devem ter em torno de quatro horas, isso com os cortes realizados.

A segunda parte narra a vida adulta de Joe até o ponto em que o primeiro filme começa. Na fase adulta, seu vício não é mais uma brincadeira, passa a ser uma necessidade, por isso, cada vez mais se afunda na podridão da sociedade. Sujeita-se a todo tipo de situação, sem ter sentimentos, medo, raiva, dó, desespero, nada disso passa por Joe. Ela simplesmente segue os instintos que seu vício lhe impõe.


Dentro de toda narrativa, desde o primeiro filme, entendemos um pouco de quem é Seligman. Um cara que viveu a vida para religião, sem mulheres, também tem seus fantasmas e na medida que Joe narra a história, percebemos que ele também é um ser humano com problemas, frustações etc.

O drama de Joe piora cada vez mais, mas até então a única prejudicada é ela mesmo. Até que fica grávida, a partir daí ficamos ainda mais chocados. O filho não impede Joe de seguir os instintos de eu vício, chagando ao ponto de larga-lo sozinho para participar de sessões sadomasoquistas. É incrível o tanto que muda nossa perspectiva quando uma criança é envolvida em qualquer conflito.


A narrativa se desenvolve mostrando o lado negro da hipertextualidade até chegarmos ao ponto de início. Quando Joe termina a história, Seligman está psicologicamente envolvido com ela. As últimas cenas von Trier deixa claro que queria nos mostrar algo além do desejo sexual hiperativo, pois, em minha opinião, todos nós temos diferentes problemas, desvios de comportamento, ou até vícios ocultos, uns mais outro menos, uns expositivos outros introspectivos. 

Muitos ficaram sem entender o final, mas o ato final vai muito além da ação em si. Para humanidade há muitos mistérios, muitos deles explicados por Deus. A ciência tenta há milhares de anos explicar a imensidão do universo ou de onde viemos, para as religiões não há explicação, há Deus. Mas Lars expõe um dos mistérios que ninguém consegue explicar, o cérebro humano.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Ninfomaníaca: Volume 1 (Nymphomaniac: Vol. 1) - 2013

03/02/2015
Nota: 7.0 / 7.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Lars von Trier
RoteiroLars von Trier
Elenco: Charlotte Gainsbourg (Joe 35-50), Stacy Martin (young Joe 15-31), Stellan Skarsgård (Seligman), Shia LaBeouf (Jerôme Morris), Christian Slater (Joe's father), Jamie Bell (K), Uma Thurman (Mrs. H), Willem Dafoe (L), Mia Goth (P), Sophie Kennedy Clark (B), Connie Nielsen (Katherine Joe's mother), Michaël Pas (Older Jerôme), Jean-Marc Barr (the Debtor Gentleman), Udo Kier (The Waiter), Maja Arsovic (Joe 7 years), Sofie Kasten (B 10 years), Ananya Berg (Joe 10 years), James Northcote (Young Lad 1 on Train), Charlie G. Hawkins (Young Lad 2 on Train), Jens Albinus (S), Felicity Gilbert (Liz), Jesper Christensen (Jerôme's Uncle), Hugo Speer (Mr. H), Cyron Melville (Andy A), Saskia Reeves (Nurse), Nicolas Bro (F), Christian Gade Bjerrum (G)


Crítica:

Parte 1

Em primeiro lugar a duologia Ninfomaníaca não são filmes pornô, na verdade passa longe disso. Ninfomania ou hipersexualidade é nome dado ao vício desenvolvido em mulheres por ter apetite sexual excessivo a ponto de causar prejuízos à vida pessoal.

O filme narra a vida de Joe, uma mulher com hipersexualidade desde a infância. Qualquer tipo de vício traz males, normalmente irreversíveis para a vida das pessoas, sejam eles por drogas, álcool, jogo ou sexo.


A história foi dividida em dois filmes o primeiro começa com Joe sendo achada largada e bastante machucada em um beco por um homem mais velho, Seligman, que lhe ajuda e a leva para sua casa, onde possa deitar-se e recuperar dos ferimentos. Quando acorda, os dois começa a conversar até que Seligman pergunta sobre detalhes da vida de Joe, que resolve contar com tudo aconteceu para que chegasse àquele ponto. Assim, inicia a narração das suas aventuras sexuais da infância/adolescência até a vida adulta.

No início tudo parecia brincadeira, vivia uma vida quase normal, estudos, frequentava escola, tinha amigas. Uma das cenas marcantes acontece quando ela e mais uma amiga fazem uma aposta: vão fazer uma viagem de trem e quem conseguir transar com mais homens até o fim da viagem ganha um saco de balas.


O sexo é bem explícito, sem mostrar diretamente o ato, pois como a história é impactante e dramática, essa explicitude fica em segundo plano, e passamos a focar no ser humano. Nossos pensamentos vão às possibilidades de uma pessoa chegar a tal ponto, de fazer qualquer coisa para saciar seu apetite sexual.

Lars von Trier mais uma consegue nos chocar, ele é mestre nisso, em expor a verdade nua e crua, da forma que nos traz à realidade das nossas vidas, mostrando que as situações são reais, e o quanto a cabeça do ser humano é uma incógnita, para nós leigos e para a ciência.

Quem for esperando um filme sexual, nem precisa começar a assistir, pois as cenas não causam excitação, e sim, ojeriza e muitas vezes nojo.

Continua... Ninfomaníaca: Volume 2 (Nymphomaniac: Vol. II) - 2013