domingo, 20 de julho de 2014

Os Últimos Dias (Los Últimos Días) - 2013

12/03/2014
Nota: 5.0 / 6.0 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Àlex y David Pastor
Elenco: Quim Gutiérrez (Marc), José Coronado (Enrique), Marta Etura (Julia), Leticia Dolera (Andrea), Iván Massagué (Lucas), Pere Ventura (Rovira), Lluis Soler (el vecino.

Crítica:
Histórias de apocalipse sempre me chamam atenção. É curioso imaginar o que faríamos na situação dos personagens, essa é a principal motivação ao assistir aos filmes do gênero. Quanto mais real as decisões dos personagens, e menos coincidências fictícias, melhor é o filme.

Os Últimos Dias acompanha a jornada Marc e Enrique através dos prédios e subterrâneo de Barcelona. Tudo começa com o dia a dia de Marc, em casa, no trabalha, mostrando como sua vida é comum. No trabalho vem enfrentando o novo gerente e a reformulação do seu setor. Em casa vem discutindo a possibilidade de ter filhos com sua namorada.

Tudo isso assistindo aos noticiários, até perceber que algo de errado está acontecendo no mundo. O problema fica mais claro quando seu chefe demite um dos seus colegas por ele estar a mais de um mês dormindo na empresa, sem sair do prédio em nenhum momento. Mas ao ser força a sair do prédio pelos seguranças da empresa, o funcionário começa a passar mal, Marc, percebendo o que poderia estar acontecendo, arrasta o colega para dentro do prédio, mas ele morre instantaneamente.


A história é contada com flashbacks, no presente, Marc se encontra no prédio da sua empresa, todo destruído, com as pessoas se organizando para distribuir água. Ninguém mais consegue sair dos prédios, ninguém vai para rua. Para sair do prédio, alguns voluntários perfuram a para encontrar a túnel subterrâneo do metrô.

O surto mundial seria algo semelhante à agorafobia, fobia de lugares abertos, ficcionalmente exagerada, que leva as pessoas à morte instantânea. O pânico espalhou-se pelo mundo inteiro, a maioria não sabe se está doente, mas não arriscam sair ao ar livre.

Marc precisa encontrar sua namorada, e percebe que seu novo chefe está se preparando para sair do prédio. É sua chance de juntar forças para encontrá-la. Os dois entram num acordo, e saem em busca da moça. Assim, a jornada se desenrola, com os dois sofrendo com o caos que a humanidade virou. Grupos se juntam para sobreviver e a lei do mais forte é o que prevalece agora. Passam por vários confrontos até cada um atingir seu objetivo.


A ideia do filme era bem promissora, procura analisar e mostrar o que o ser humano é capaz de fazer quando o caos está instaurado. A nosso necessidade de leis e sanção é algo inerente à nossa sociedade. 
O que se tentou foi bem próximo ao que Um Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness) - 2008 fez: colocar em evidência o animal que há dentro de nós. Mas se perdeu ao tentar inserir mais ação do que o necessário. A cena do urso exemplifica bem isso. Totalmente desnecessária, e ainda utilizou efeitos digitais esdrúxulos para a tecnologia atual.

Além do já citado, existem filmes melhores do mesmo gênero como: O Nevoeiro (The Mist) - 2007, A Estrada (The Road) - 2009 e O Abrigo (Take Shelter) - 2011. Qualquer um desses, apesar de não serem perfeitos, são bem melhores que esse.

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