terça-feira, 22 de julho de 2014

Gravidade (Gravity) - 2013

26/03/2014
Nota: 9.0 / 8.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Alfonso Cuarón
Roteiro: Alfonso Cuarón, Jonás Cuarón
Elenco: Sandra Bullock (Dra. Ryan Stone), George Clooney (Tenente Matt Kowalsky), Ed Harris (Controle da Missão em Houston), Orto Ignatiussen (Aningaaq), Paul Sharma (Shariff Dasari), Amy Warren (capitã da Explorer.), Basher Savage (capitão da Estação Espacial Internacional)

Crítica:
2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey) - 1968 foi um marco na história do cinema. O realismo científico, efeitos visuais, imagens psicodélicas, e o pouco uso de diálogos, foram surpreendentes para época. Apesar da recepção da crítica não ter sido favorável, hoje é considerado um dos melhores filmes já feitos. 

Então, ao comparar um filme a esse clássico, indica que não é um filme qualquer, e é por isso que Gravidade, no mínimo, está bem acima da média.

O diretor Alfonso Cuarón ficou longe das telas por 7 anos, e pelo que vimos, esse tempo fez muito bem pra ele. Cuarón tem uma filmografia pequena, mas com uma alta qualidade. Além desse, destacam-se Filhos da esperança (Children of Men) - 2006 e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (The Prisoner of Azkaban) - 2004. Esse último considerado o melhor da octologia Harry Potter.


Em Gravidade, Cuarón conseguiu nos transportar para o espaço numa realidade incrível, esse é o principal ponto forte do filme. Ficamos tão impressionados com essa realidade que nós faz entrar no filme, sentimos a gravidade e o quão desesperador é a situação das personagens.

[SPOILERS] A história inicia mostrando três astronautas no espaço fazendo ajustes num satélite. A Dra. Ryan Stone é uma engenheira médica em sua primeira missão no espaço. O tenente Matt Kowalsky é um veterano astronauta e comandante da equipe, está em sua última missão e aposentar-se após a expedição Explorer. O terceiro astronauta é Shariff Dasari, um engenheiro de vôo que se encontra à bordo do Explorer. 

Tudo vai bem, com os três conversando descontraidamente, até que o contato com a Terra avisa que a Rússia acabou de destruir um de seus satélites, e que os destroços estão na mesma órbita que eles. Em princípio não entendem como um risco, mas logo percebem que terão problemas, pois a velocidade dos destroços poderá atingi-los.


Tudo acontece muito rápido, os destroços destroem tudo. Dasari morre. Stone e Kowalsky vagam pelo espaço, mas com Kowalsky está com um propulsor, consegue resgatar Stone. 

Nesse contexto é que começa a tensão do filme, com os dois em busca da sobrevivência, e de achar uma forma de voltar para Terra. Falta de oxigênio, naves destruídas, mais destroços, além do drama psicológico que envolve a vida de Ryan, são as dificuldades que eles precisarão enfrentar. [FIM SPOILERS]

Com descrito, a história é bem simples, mas o suspense intenso de cada cena não nos deixa nem piscar, a cada movimento de Ryan achamos que algo ruim está para acontecer. A apreensão é constante.  Junte isso ao visual perfeito, temos um filme excelente.

Li alguns comentários sobre a realidade no espaço, e muitos ex-astronautas disseram que grande parte das cenas são idênticas ao que eles vivenciaram. Alguns detalhes errados foram citados, mas que não comprometem o filme. Um deles é o fato do cabelo da Ryan não sofrer os efeitos da falta de gravidade.


George Clooney, que fez o papel de  Matt Kowalsky, tem boa interpretação, mas Clooney é o tipo de ator que não se adapta aos personagens, por isso cabe aos diretores identificarem que a personagem se enquadra no seu jeito de atuar. E nesse caso, Clooney foi acertadamente escolhido. O seu jeito de dialogar, e sua voz tranquila são essenciais para a composição do filme.

Sandra Bullock não foi a primeira escolha de Cuarón, mas bons diretores tem que ter sorte. Acho que se fosse outra atriz não ficaria tão bom. Para mim, Bullock fez sua melhor atuação até o momento. Soube dosar os momentos dramáticos, os angustiantes e os poucos de alegria. Uma sensação anestésica é passada por ela com grande perfeição, acho que é assim que nosso corpo se comporta percebendo a morte tão perto.

Com certeza assistirei novamente, ainda mais que não assiste em 3D, e mesmo tendo sido convertido na pós-produção, acho que é um filme perfeito para o uso dessa tecnologia.

Filme altamente recomendado!

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