quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Poder Sem Limites (Chronicle) - 2012


24/12/2012
Nota: 6.5 / 7.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Josh Trank
Elenco: Dane DeHaan, Michael B. Jordan, Alex Russell, Michael Kelly, Ashley Hinshaw, Anna Wood, Bo Petersen

Crítica:
Poder Sem Limites segue a tendência dos filmes de super-heróis. Com a popularização dos quadrinhos no cinema, cada vez mais vemos filmes sendo produzido com esse tema. Dessa vez, o diretor Josh Trank resolveu utilizar a câmera amadora. O uso desse tipo de câmera começou com A Bruxa de Balir (1999) e se popularizou com Cloverfield (2008). Ela simula uma filmagem amadora com se os personagens estivessem sempre com a câmera em mãos, filmando eles próprios. Esse recurso procurar trazer realidade à ficção, e na maioria das vezes funciona com perfeição.

[SPOILERS] A história narra três adolescentes, Andrew, Steve e Matt, que por acaso, ao ter contato com alguma coisa dentro de um buraco, adquirem superpoderes. Movem objetos e pessoas com a força do pensamento, os arremessado com superforça. Aos poucos vão aperfeiçoando os poderes até conseguirem voar.

No início eles usam os superpoderes apenas para brincar e fazer “pegadinhas” com as pessoas. Mudam carro de lugar no estacionamento, arremessam brinquedos dentro de supermercados, entre outros. A coisa fica mais séria quando Andrew usa os poderes para jogar um carro para fora da pista, após o motorista buzinar pedindo passagem. O carro cai em um lago, mas Steve consegue salvar o motorista. Isso causa revolta a Steve  e Matt, e faz com que eles criem regras para utilizar os poderes.

Andrew vem tendo problemas em casa, sua mãe está doente, em fase terminal e seu pai sempre o xinga e espanca, por qualquer motivo, e em desses momentos Andrew usas seus poderes para se defender contra ele, revoltado voa para as nuvens, em meio a uma tempestade, Steve o localiza, e tenta convencê-lo a descer, muitos relâmpagos estão em volta dos dois, quando de repente, um acerta Steve, que morre. Andrew continua com problemas psicológicos, tenta de qualquer maneira encontrar dinheiro para comprar remédios para sua mãe. Ao assaltar uma loja de conveniência, o vendedor reage, no confronto o posto explode, Andrew fica seriamente ferido e é levado para o hospital. É quando seu pai o visita, revoltado, ele destrói a quarto. Matt vê tudo pela TV e vai ao encontro do amigo para tentar acalma-lo, mas chegar ao local descobre que Andrew está totalmente transtornado, os dois lutam, Andrew vai destruindo a cidade, casando várias mortes e feridos, até Matt consegue matá-lo.

A história é levada para questões morais, criticando a sociedade em que vivemos e mostrando como nossos adolescentes são alienados e inconsequentes. É interessante, pois a todo o momento ficamos com esperança deles procurarem fazer o bem. Em nenhum momento passa pela cabeça deles ajudar as pessoas, sempre pensando neles mesmo, e em levar vantagens. Mostra também, como o poder pode ser mortal, se utilizado em momentos de raiva ou de forma equivocada, isso é uma analogia com os poderes que atribuímos aos nossos governantes, ao até mesmo dentro de empresas, com gerente e “chefes” que abusam do poder.
Fiquei surpreendido com filme, pela forma que foi filmado e pelas mensagens que estão por traz da história. Pra mim, valeu a pena assistir, apesar de não ser o melhor dos filmes.

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