sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Ela (Her) - 2013

23/07/2014
Nota: 7.5 / 8.1 (IMDB)
Formato: HD

Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix (Theodore Twombly), Amy Adams (Amy), Rooney Mara (Catherine), Olivia Wilde (Blind Date), Scarlett Johansson (Samantha), Chris Pratt (Paul), Matt Letscher (Charles), Sam Jaeger (Dr. Johnson), Luka Jones (Mark Lewman), Kristen Wiig (GatinhaSexy), Bill Hader (Amigo na Sala de Chat #2), Spike Jonze (Criança Alienígena), Portia Doubleday (Surrogate Date Isabella), Soko (Isabella), Brian Cox (Alan Watts)

Crítica:
Há um tema bastante exibido nos cinemas: até onde a evolução tecnológica pode ir, e quais serão as consequências dela na humanidade. Na maioria dos filmes vemos as máquinas dominando a humanidade, seja por guerras ou por invadir a sociedade e aos poucos criar sua própria personalidade e se revoltar, alguns exemplos são: The Matrix - 1999, o mais lembrado recentemente; O Exterminador do Futuro (The Terminator) – 1984, o clássico dos anos oitenta, mas que rende sequências até hoje;  Eu, Robô (I, Robot) - 2004, bom filme que exemplifica bem a evolução da personalidade e a revolta para se tornar guerra. Temos também boas animações que se aventuram sobre o tema: WALL·E - 2008 da Disney/Pixar e 9 - A Salvação (9) - 2008. Mas poucas vezes vemos algo do tema relacionado ao gênero romance.

A história de Ela se passa num futuro próximo, onde as redes sociais e tecnologias afins evoluíram num ponto em que todos os humanos vivem conectados em seus celulares, tudo é feito por comando de voz.
Theodore é um escritor deprimido que se encontra perdido após a separação com sua amada esposa. Para se ter uma ideia da relação dos humanos com a tecnologia, ele escreve através de comando de voz, ditando o texto.


Sua vida está monótona, até que adquire um novo sistema operacional para seu aparelho celular. Com uma inteligência artificial altamente evoluída, o software aprende baseado nas respostas que recebe, as entonações de voz, os suspiros e sentimentos são captados por ele. No início Theodore ficar surpreso com a interação que o sistema tem com ele, com uma voz feminina, as conversas fluem naturalmente como se estivesse conversando com uma mulher por telefone. A voz tem o nome de Samantha, em poucos dias Theodore está apaixonado por ela, e assim, começam a namorar. A relação é muito natural, como é uma coisa que está na sociedade, ninguém estranha, então Theodore volta a ter um convívio social, saindo com casais amigos, e todos conversando normalmente com Samantha. O filme se desenvolve a base de diálogos, até o desfecho final.


Na minha visão o que foi apresentado como crítica principal é o fato da tecnologia nos tornar cada vez mais individuais e isolados perante a sociedade. De forma a ficarmos dependentes dela para nos socializar.
Outro fato é a facilidade de adaptação do ser humano para qualquer tipo de situação, e essa é a preocupação do uso da tecnologia. Normalmente a tecnologia vem para facilitar a vida das pessoas, mas na maioria das vezes nos torna preguiçosos e mal acostumados.

Joaquin Phoenix mostra mais uma vez que é um excelente ator. Uma interpretação impecável, onde é possível perceber sua tristeza pela vida que leva até sua surpreendente paixão por um sistema operacional e a mudança de comportamento, com alegria podemos ver em seu rosto a autoestima mudando.
Agora, a voz de Samantha é algo sensacional, Scarlett Johansson, qualquer uma se apaixonaria por essa voz. Com dizer que sua atuação foi ótima, mas isso que aconteceu, qualquer outra voz não daria a sensação que era preciso. Escolha perfeita.



Achei que a história é uma previsão do futuro, e está bem dentro de uma realidade possível. É moderna e nos faz refletir em vários sentidos. Qual será o caminho que a humanidade vai seguir? Ou, para onde a indústria tecnológica vai nos levar? Essa história é uma possibilidade. Mas para se perguntar e logicamente gostar do filme é preciso entrar na história, sem debochar ou ver como impossível. Se colocar no lugar dos personagens, tudo é possível! Sem isso, o filme será bobo e chato.

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