Nota: 7.5 / 8.1 (IMDB)
Formato: HD
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix (Theodore Twombly), Amy Adams (Amy), Rooney Mara (Catherine), Olivia Wilde (Blind Date), Scarlett Johansson (Samantha), Chris Pratt (Paul), Matt Letscher (Charles), Sam Jaeger (Dr. Johnson), Luka Jones (Mark Lewman), Kristen Wiig (GatinhaSexy), Bill Hader (Amigo na Sala de Chat #2), Spike Jonze (Criança Alienígena), Portia Doubleday (Surrogate Date Isabella), Soko (Isabella), Brian Cox (Alan Watts)
Há um tema bastante
exibido nos cinemas: até onde a evolução tecnológica pode ir, e quais serão as
consequências dela na humanidade. Na maioria dos filmes vemos as máquinas
dominando a humanidade, seja por guerras ou por invadir a sociedade e aos
poucos criar sua própria personalidade e se revoltar, alguns exemplos são: The
Matrix - 1999, o mais lembrado recentemente; O Exterminador do Futuro (The Terminator) – 1984, o
clássico dos anos oitenta, mas que rende sequências até hoje; Eu, Robô (I, Robot) - 2004, bom filme que
exemplifica bem a evolução da personalidade e a revolta para se tornar guerra.
Temos também boas animações que se aventuram sobre o tema: WALL·E - 2008 da
Disney/Pixar e 9 - A Salvação (9) - 2008. Mas poucas vezes vemos algo do tema
relacionado ao gênero romance.
A história de Ela se
passa num futuro próximo, onde as redes sociais e tecnologias afins evoluíram
num ponto em que todos os humanos vivem conectados em seus celulares, tudo é
feito por comando de voz.
Theodore é um escritor
deprimido que se encontra perdido após a separação com sua amada esposa. Para
se ter uma ideia da relação dos humanos com a tecnologia, ele escreve através
de comando de voz, ditando o texto.
Sua vida está monótona,
até que adquire um novo sistema operacional para seu aparelho celular. Com uma
inteligência artificial altamente evoluída, o software aprende baseado nas
respostas que recebe, as entonações de voz, os suspiros e sentimentos são
captados por ele. No início Theodore ficar surpreso com a interação que o
sistema tem com ele, com uma voz feminina, as conversas fluem naturalmente como
se estivesse conversando com uma mulher por telefone. A voz tem o nome de
Samantha, em poucos dias Theodore está apaixonado por ela, e assim, começam a
namorar. A relação é muito natural, como é uma coisa que está na sociedade,
ninguém estranha, então Theodore volta a ter um convívio social, saindo com
casais amigos, e todos conversando normalmente com Samantha. O filme se
desenvolve a base de diálogos, até o desfecho final.
Na minha visão o que foi
apresentado como crítica principal é o fato da tecnologia nos tornar cada vez
mais individuais e isolados perante a sociedade. De forma a ficarmos
dependentes dela para nos socializar.
Outro fato é a facilidade
de adaptação do ser humano para qualquer tipo de situação, e essa é a
preocupação do uso da tecnologia. Normalmente a tecnologia vem para facilitar a
vida das pessoas, mas na maioria das vezes nos torna preguiçosos e mal
acostumados.
Joaquin Phoenix mostra
mais uma vez que é um excelente ator. Uma interpretação impecável, onde é
possível perceber sua tristeza pela vida que leva até sua surpreendente paixão
por um sistema operacional e a mudança de comportamento, com alegria podemos
ver em seu rosto a autoestima mudando.
Agora, a voz de Samantha
é algo sensacional, Scarlett Johansson, qualquer uma se apaixonaria por essa
voz. Com dizer que sua atuação foi ótima, mas isso que aconteceu, qualquer
outra voz não daria a sensação que era preciso. Escolha perfeita.
Achei que a história é
uma previsão do futuro, e está bem dentro de uma realidade possível. É moderna
e nos faz refletir em vários sentidos. Qual será o caminho que a humanidade vai
seguir? Ou, para onde a indústria tecnológica vai nos levar? Essa história é
uma possibilidade. Mas para se perguntar e logicamente gostar do filme é
preciso entrar na história, sem debochar ou ver como impossível. Se colocar no
lugar dos personagens, tudo é possível! Sem isso, o filme será bobo e chato.
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