Nota: 7.0 / 7.3 (IMDB)
Formato: HD
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: John Gatins
Elenco: Denzel Washington, Kelly Reilly, Bruce Greenwood, Nadine Velazquez, Don Cheadle, John Goodman, Brian Geraghty, Tamara Tunie, James Badge Dale
Crítica:
Robert Zemeckis está de volta ao
live action, depois de três filmes com captura de movimentos: O Expresso Polar
(Polar Express) - 2004, A Lenda de Beowulf (Beowulf) - 2007 e Os Fantasmas de
Scrooge (A Christmas Carol) - 2009. Seu último filme com live action foi
Náufrago (Cast Away) - 2000.
Neste, Zemeckis trabalha com
temas morais, procurando mostrar até onde vai a honestidade humana e como
convivemos com a pressão que sociedade exerce sobre nós. O que é certo e o que
é errado são conceitos opostos, mas que andam lado a lado, trazendo sérias
discussões.
[SPOILERS...] O Voo começa com
uma cena mostrando os excessos da vida de William "Whip" Whitaker
(Denzel Washington), um piloto veterano que logo percebemos seus problemas com
álcool e drogas. A cena se desenrola com o piloto chegando para assumir um voo
num dia com tempestade.
A decolagem é extremamente tensa,
com Whip fazendo a aeronave subir a máxima altitude para ultrapassar as nuvens
carregadas, com bastante turbulência e temor de seu copiloto, Brian Geraghty
(Ken Evans), ele consegue, o sol aparece e tudo fica tranquilo.
Para relaxar Whip mistura duas
garrafinhas de vodca em seu suco. A cena muda, e mostra o piloto dormindo, com
Geraghty no comando do voo. Quando a aeronave apresenta uma pane, Whip acorda
com solavancos, toma para si o manche e começa os procedimentos para manter a
nave no ar. Tudo indica que não haverá como salvá-los, mas Whip numa manobra
instintiva, orienta o copiloto e uma das aeromoças, a executarem tarefas para
que ele consiga virar a nave de cabeça para baixo. A manobra é feita, e se
sustenta até aproximar-se de um campo
aberto. Assim, ele desfaz o giro e executa um pouso forçado. Dos 102
passageiros, 96 sobrevivem, vários com ferimentos leves, outros, mais graves.
Whip acorda no hospital, ao abrir
um dos olhos vê que seu amigo Bruce Greenwood (Charlie Anderson) o espera, no
dialogo ele o explica que está sendo visto como herói, mas o pessoal do
sindicato e um advogado precisam lhe passar maiores explicações sobre as
consequências de seus atos. Assim, Whip é informa que exames de sangue foram
feitos em todos os tripulantes e que foi detectado álcool e cocaína no seu. Em
princípio ele nega, mas o advogado o convence dizendo que preparou sua defesa
de forma que tornará seus exames inválidos. [FIM SPOILERS]
Nesse contexto a história
continua, com Whip sofrendo com alcoolismo, sem admiti-lo, e com o
dever moral de dizer a verdade, mesmo com todas as estratégias para
inocentá-lo. Se for indiciado, um processo criminal poderá levá-o à prisão perpétua.
As atitudes de Whip são extremamente reais, Washington fez um grande trabalho, sua interpretação de bêbado e depressivo foi algo impressionante, expõe claramente o maior problema dos drogados e alcoólatras: admitir que é um dependente.
As atitudes de Whip são extremamente reais, Washington fez um grande trabalho, sua interpretação de bêbado e depressivo foi algo impressionante, expõe claramente o maior problema dos drogados e alcoólatras: admitir que é um dependente.
Esse tema é bastante atual, a
situação de Whip no filme é um caso discutível, pois em certos aspectos ele
está certo, em outros, errado. Percebemos isso claramente durante a história, ele salvou 96 pessoas ou matou 6 pessoas? Assim, trazemos a ficção para a vida real, o nosso dia a dia é feito de decisões morais, somos testados a todo
o momento, seja para respeitar uma fila, ou até mesmo dar socorro ao atropelar
um ciclista. E nesses casos não há dúvidas de qual é o caminho moral. Venho
percebendo, que em todas as classes sociais, a moral e a honestidade são sempre deixadas de lado. Vejam nossos governantes, temos algum
confiável?
Muito bom filme, gostei da forma que vc tratou o post, massa!!!
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